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O impacto do design na jornada digital do paciente

O impacto do design na jornada digital do paciente

O nosso cotidiano, com o passar dos anos, se tornou cada vez mais rodeado de tecnologias e ferramentas digitais para resolução dos mais diversos problemas.

Na área da Saúde, não foi diferente.

Hoje, a digitalização está presente em diversos momentos na vida do médico e do paciente, seja em um momento de agendamento de consulta, na visualização de exames e até em tratamentos avançados ou nos bastidores da gestão e administração.

Essa adoção de tecnologias digitais no campo da saúde vem com o potencial de melhorar a experiência de todos, em especial do paciente, otimizar resultados de tratamentos e aumentar a eficiência operacional.

E uma área que pode contribuir muito, não somente na transição das soluções para o mundo digital, mas na sua constante evolução, é a área do Design.

Quer saber como? É só continuar a leitura!

Entendendo a jornada e a experiência do paciente

A jornada do paciente diz respeito à experiência que o mesmo tem desde a identificação do seu problema e a sua chegada à instituição de saúde, até o acompanhamento posterior e possível alta.

Adaptado da área de Marketing, onde temos a jornada do cliente, o conceito surgiu ao se observar um padrão ou tendência nas interações dos pacientes com os serviços de saúde.

Quando alguém procura uma clínica ou consultório, geralmente segue uma série de etapas, influenciadas pelo seu perfil e pelas características da instituição.

Basicamente, existem cinco fases na jornada do paciente:

  1. Conscientização do problema
  2. Diagnóstico do paciente
  3. Tratamento do problema
  4. Mudança de hábitos
  5. Cuidado contínuo

Como o Design consegue contribuir para essa jornada

Como sabemos, o Design é o nome que se dá ao processo de criação de soluções funcionais e estéticas para problemas específicos, aplicando princípios de arte e engenharia.

Ele envolve a concepção, o planejamento e o desenvolvimento de objetos, sistemas, estruturas ou experiências, levando em consideração fatores como funcionalidade, usabilidade, estética e impacto social.

Nesse sentido, assim como temos uma jornada do paciente, existe todo um design centrado também nele, fundamental para criar soluções digitais eficazes.

É como se, ao se desenvolver algo, os profissionais da área colocassem o paciente no centro de tudo.

Assim, designers trabalham para entender as necessidades, as dores e os comportamentos de cada um deles e transformar todo este aprendizado em artefatos intuitivos e acessíveis, o que pode incluir:

  • Desenvolvimento de aplicativos para monitoramento da saúde;
  • Desenvolvimento de plataformas de telemedicina;
  • Desenvolvimento de sistemas de prontuários eletrônicos;
  • Entre outros.

O objetivo é garantir que as soluções digitais sejam não apenas funcionais, mas também empáticas e acolhedoras.

O papel dos designers nas empresas de saúde

Nas empresas de saúde, os designers têm um papel estratégico, colaborando com médicos, enfermeiros e administradores para desenvolver produtos que atendam às exigências regulatórias e às expectativas dos pacientes.

São eles os responsáveis por traduzir complexidades médicas em experiências simplificadas, garantindo que a tecnologia seja uma aliada, e não uma barreira no cuidado ao paciente.

Além disso, o design na saúde busca também otimizar os fluxos de trabalho, reduzir erros e promover uma comunicação eficiente entre profissionais e pacientes.

Profissionais de Medicina e designers: união é essencial

Para médicos e estudantes de Medicina, é importante abraçar essa mudança e todos esses avanços tecnológicos, reconhecendo o valor que um bom design pode agregar ao cuidado do paciente e à prática médica como um todo.

Esse processo colaborativo em que todos os atores de diferentes áreas se unem, com foco na centralidade do paciente, contribui para a criação de soluções mais eficazes.

Os médicos estão na linha de frente do atendimento ao paciente e, portanto, estão em uma posição única para fornecer feedback sobre como as soluções de design estão funcionando na prática.

Esse feedback é fundamental para o aprimoramento contínuo das ferramentas digitais e garantem que essas soluções sejam verdadeiramente centradas no humano.

Em um contexto de paciente cada vez mais exigente com a experiência digital, na expectativa de receber a mesma facilidade de outros serviços também nas suas interações com a área da Saúde, a colaboração de médicos e designers só vem a contribuir para a construção de soluções digitais com impacto em melhores resultados de saúde e uma experiência mais positiva para os pacientes.

Dicas de leitura para se aprofundar

Health Design Thinking: Creating Products and Services for Better Health.  Bon Ku e Ellen Lupton.

Isto é Design de Serviço na Prática: Como Aplicar o Design de Serviço no Mundo Real. Marc Stickdorn, Markus Hormess.

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