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Escrito por
Dr. Guilherme Carneiro Rodrigues
Publicado em
7.6.2024
Escrito por
Dr. Guilherme Carneiro Rodrigues
Tempo de leitura:
minutos
‘’ Empreendedorismo ‘’
‘’ Soft Skills ’’
‘’ Gestão médica ’’
‘’ Atualizações, protocolos, congressos e imersões ‘’
Vivemos hoje uma onda de novos - e EXTREMAMENTE importantes - tópicos para discussão e debate quando falamos sobre a carreira médica. Estes citados acima são apenas alguns dentre a gigante gama de skills exigidas na nova formação médica, que com muito orgulho apresentamos, difundimos e ensinamos em nossa instituição.
Ainda assim, com tantas expertises surgindo e em processo de desenvolvimento, torna-se delicado trilhar um caminho compartilhado entre tecnologias, valências pessoais e profissionais, petabytes de dados em constante mudança e inúmeras outras variáveis que circulam em torno do tema. Por este motivo, é importante voltarmos no ponto principal, de onde parte a nossa vida médica e também onde ela encontra seu ponto de resolução: o paciente.
Ele procura no médico não somente um tratamento, uma prescrição correta para controle da pressão arterial, mas um ponto de apoio para sua dor, seja ela física ou emocional. Quando o paciente nos procura, temos que pensar com cuidado em todo o caminho que ele percorreu para chegar até a cadeira do consultório.
A jornada do paciente em clínicas ou hospitais é um dos aspectos mais críticos e complexos da assistência médica moderna devido ao impacto no desfecho do tratamento e na importância com o cuidado global da saúde. Compreender cada etapa dessa jornada – desde o primeiro contato até o pós-tratamento – é essencial para proporcionar um atendimento de qualidade e centrado no paciente.
Estudos sobre a jornada do paciente mostram grandes lacunas de pontos sensíveis e pouco explorados que podem impactar negativamente a experiência e os resultados clínicos. A análise destes pontos fornecem insights e, principalmente, dados que podemos analisar para otimizar processos, reduzir esperas, custos, melhorar a comunicação e, sobretudo, humanizar o atendimento, assegurando que cada paciente se sinta valorizado e cuidado em cada etapa de sua jornada.
O impacto da transformação digital tem desempenhado um papel central na otimização da jornada do paciente. Ferramentas digitais como aplicativos de saúde, telemedicina e sistemas de gerenciamento de dados oferecem soluções inovadoras para muitos dos desafios enfrentados pelos pequenos e grandes centros de saúde. Por exemplo, a telemedicina permite consultas a distância ou até uma triagem otimizada, reduzindo o tempo de espera para atendimento e possibilitando o início de uma intervenção precoce, o que irá impactar diretamente no tempo de doença e na saúde do paciente. Sistemas de prontuários eletrônicos facilitam o acesso rápido e preciso às informações dos pacientes, promovendo um cuidado mais coordenado e eficiente.
Além disso, a integração de tecnologias avançadas como a inteligência artificial e o deep learning estão revolucionando a personalização do atendimento. Algoritmos de I.A. podem prever possíveis complicações e sugerir intervenções preventivas, enquanto ferramentas de deep learning analisam grandes volumes de dados para identificar padrões e tendências que podem melhorar os protocolos de tratamento. Essas tecnologias não só aumentam a eficiência operacional, mas também melhoram significativamente toda a experiência do paciente e seu desfecho clínico.
A digitalização da jornada do paciente promove uma experiência inclusiva, transparente e extremamente empoderadora. Plataformas digitais também podem permitir que os pacientes acessem facilmente seus registros médicos, marquem consultas online e recebam lembretes automatizados, aumentando a conveniência e a satisfação. A combinação de um estudo detalhado da jornada do paciente com a implementação estratégica de tecnologias digitais resulta em um sistema de saúde mais eficiente, altamente responsivo e centrado no paciente, onde cada indivíduo se sente respeitado e cuidado em todas as etapas do seu tratamento.
Devemos abraçar a tecnologia e inovação e utilizá-la para nos aproximar cada vez mais do principal protagonista da carreira médica. Lembrem-se: Nós tratamos o doente, não a doença. Por trás de cada sintoma, há um paciente que procura em nós um ponto de apoio, em todos os sentidos, onde há por trás uma história de vida única. Como o brilhante colega cardiologista Eduardo Lapa recentemente disse: ‘’ A doença se repete, o paciente não’’.
Vamos apontar e navegar em direção a um futuro onde a transformação digital irá liderar a simbiose médico-tecnologia, promovendo um cuidado que computador quântico algum é capaz de prever, onde o paciente é acolhido e ouvido desde o início de sua jornada.
Convidamos a Emanuela Gonçalves, especialista e Gerente de Tecnologia e Inovacao Digital, para falar sobre o Design aplicado na experiência do paciente com oobjetivo de garantir que os cuidados sejam personalizados, acessíveis e respeitosos, promovendo a dignidade, autonomia e participação ativa dos pacientes em suas próprias decisões de saúde.
Confira o texto dela completo, clicando aqui.
Convidamos também o Willian Alves, especialista em design de serviços e inovação, para falar do impacto das tecnologias do design na jornada do paciente.
Clique aqui e confira a matéria completa.
Na formação médica, o contato inicial com o paciente começa nas aulas práticas, ainda nos primeiros anos de graduação, e se desenvolve principalmente no internato, quando 90% da carga horária passa a ser dedicada a atividades assistenciais diretas. Mesmo assim, o recém-formado, o pós-graduando e o residente ainda se sentem inseguros em diversos momentos de sua atuação.
Para falar deste tema com propriedade convidamos o Ronaldo Gismondi, Editor Chefe Médico do Whitebook e do Portal Afya.
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