Escrito por
Dr. Guilherme Carneiro Rodrigues
Publicado em
8.2.2024
Escrito por
Equipe Afya Educação Médica
Dr. Guilherme Carneiro Rodrigues
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O mundo mudou e a Medicina mudou com ele.
Se, antes, determinados procedimentos, processos e técnicas pareciam distantes, hoje o que vemos é uma verdadeira revolução da área no Brasil e fora dele.
Novas frentes de trabalho vêm sendo abertas todos os dias, contribuindo para uma análise de dados mais rápida, uma previsão de resultados mais precisa e diagnósticos ainda mais personalizados.
Mas quem quer realmente se preparar para os próximos anos não pode se ater apenas ao desenvolvimento da tecnologia ou ao estudo teórico da Medicina.
No post de hoje, a gente te conta o que mais os médicos precisam saber se quiserem alavancar suas carreiras médicas no futuro.
Continue lendo para saber mais sobre as maiores tendências da área!
Além do que já te contamos aqui, outras tecnologias vêm tomando forma no futuro da Medicina.
São elas:
A aplicação da impressão 3D na Medicina é um campo em constante evolução e promete avanços contínuos.
A perspectiva é que ela seja empregada para fabricar órgãos como rins, pâncreas e coração, além de medicamentos, vasos sanguíneos, pele sintética, ossos, moldes de gesso e outros componentes.
Conhecida como nanomedicina, a nanotecnologia quando aplicada na Medicina envolve o uso de partículas extremamente pequenas para diagnóstico e tratamento de casos clínicos.
Os nanomateriais podem ser direcionados para áreas específicas do corpo, permitindo terapias mais precisas, enquanto os nanosensores podem ser empregados para detecção precoce de doenças.
Também, os nanorrobôs têm o potencial de realizar tarefas específicas no nível celular.
A cirurgia robótica envolve o uso de sistemas robóticos para auxiliar médicos cirurgiões em procedimentos complexos.
Esses sistemas oferecem maior precisão, mobilidade e visão tridimensional, possibilitando intervenções cirúrgicas menos invasivas, de recuperação mais rápida, com menos complicações pós-operatórias e menores períodos de internação hospitalar.
Mesmo com uma grande divergência de opiniões a respeito do sucesso ou fracasso da tecnologia, a verdade é que, com a chegada do metaverso, a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA) acabaram por se popularizar, tendo chegado, inclusive, na área médica.
Por meio da RV, é possível realizar simulações imersivas de procedimentos complexos, treinamento cirúrgico e visualização anatômica avançada.
Já a RA vem sendo utilizada na prática clínica, com cirurgiões utilizando óculos de RA para sobrepor informações vitais durante procedimentos, o que pode proporcionar uma visão mais detalhada e precisa.
Com o advento da Internet e a popularização de ferramentas de buscas como o Google, acessar uma informação sobre uma doença, por exemplo, é muito fácil para os pacientes.
Desta maneira, eles vêm se tornando mais empoderados, cientes do assunto, de seus sintomas e tratamentos, bem como têm participado de maneira mais ativa dos seus diagnósticos.
Para lidar com este novo momento, os médicos precisarão desenvolver suas soft skills, que vão além do que é aprendido na faculdade de Medicina.
Habilidades interpessoais como empatia, capacidade de escuta, flexibilidade e resiliência estarão em alta daqui para frente, e deverão ser utilizadas para lidar com os pacientes, suas famílias e as equipes de trabalho.
“O foco deve ser sempre o acolhimento. O principal protagonista de todo nosso trabalho e inovações/revoluções será sempre o nosso paciente, independente de qualquer coisa. O futuro será mesclado, preenchido por inovação e empatia humana”, revela o médico e editor de conteúdo da Afya Educação Médica, Dr. Guilherme Rodrigues.
As especialidades em alta, de igual maneira, tendem a mudar muito durante os próximos anos, de acordo com o contexto vivido pela população e o avanço da tecnologia.
A Geriatria, por exemplo, por conta do envelhecimento da população mundial e maior expectativa de vida, deve ganhar, cada vez mais, mais espaços e novos adeptos da especialidade.
Por outro lado, com o crescimento da inovação e com novas inteligências artificiais (IA’s) invadindo a rotina médica, áreas voltadas para a Oftalmologia e para a Radiologia também serão destaque, esta última aliada ao aumento da capacidade de processamento de supercomputadores.
Os números voltados para a quantidade de médicos no Brasil e seus respectivos gêneros, da mesma forma, seguirão sofrendo alterações, com uma tendência de as médicas mulheres serem maioria.
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil 2023, elaborado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em 2024, as mulheres serão maioria no quadro de médicos do País, representando aproximadamente 50,2% da categoria profissional.
A tendência acompanha algo que se viu nos últimos onze anos, com duplicação neste número: em 2011, eram 141 mil profissionais do sexo feminino, contra 260 mil em 2022.
Além disso, a pesquisa afirma que, devido à expansão e criação de novos cursos de Medicina, o Brasil poderá atingir a marca de 1 milhão de médicos até o ano de 2035.
Um número bem expressivo, não é mesmo?
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