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Tecnologias para triagem de distúrbios neurológicos: o que há de novo?

Tecnologias para triagem de distúrbios neurológicos: o que há de novo?

Chamamos de distúrbios ou transtornos neurológicos aqueles que são decorrentes de problemas no cérebro, medula espinhal, nervos e/ou terminações nervosas. Em razão da quantidade de funções de controle corporal diferentes comandadas nessas regiões, os sintomas neurológicos podem ser muito variados.

Sendo assim, contar com tecnologias de triagem de distúrbios neurológicos vem se tornando cada vez mais importante. É sobre elas, e o que há de mais novo nesse campo, que vamos tratar neste artigo.

Principais sinais de distúrbios neurológicos


Antes de falar sobre o que há disponível para o diagnóstico de distúrbios neurológicos, é importante compreender quais são os principais sinais deles. A saber:


  • Agnosia
  • Amnésia
  • Afasia
  • Apraxia
  • Ataxia
  • Auras
  • Cefaleia
  • Convulsões
  • Coma
  • Delírios
  • Demência
  • Disfagia
  • Distonia
  • Fraqueza
  • Insônia
  • Inflexibilidade ou rigidez muscular
  • Perda de visão/visão ofuscada
  • Movimentos involuntários
  • Tremores
  • Vertigem

Contudo, identificar os sinais que podem indicar distúrbios neurológicos nem sempre é o bastante para chegar a um diagnóstico e iniciar o tratamento adequado de pacientes. Por tal motivo, a Medicina vem atuando para criar tecnologias de triagem que facilitem esse trabalho, como será possível ver a seguir.

Pesquisadores criam app capaz de identificar TDAH e Alzheimer

Imagine identificar distúrbios neurológicos como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Alzheimer a partir da análise dos olhos. Isso já é possível graças à tecnologia de um aplicativo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA).

Para que o aplicativo funcione de modo adequado, é necessário que o download seja feito em modelos que tenham câmera frontal com infravermelho, ou seja, que sejam capazes de fazer reconhecimento facial. Sendo assim, a partir da captura da imagem do olho, o app avalia como a pupila muda de tamanho, o que carrega dados sobre a condição cognitiva do indivíduo. Segundo os autores da pesquisa, o chamado teste de pupila é capaz de diagnosticar e monitorar diferentes distúrbios neurológicos.

O objetivo dos pesquisadores é trabalhar para que a tecnologia funcione também em dispositivos mais antigos, o que poderia ampliar o acesso a um tipo de triagem que, atualmente, depende de uma tecnologia muito mais cara e ainda inacessível para muitas pessoas, como a RM, especialmente idosos, mais suscetíveis a distúrbios neurológicos.

Tecnologia poderá diagnosticar Alzheimer com um único exame

Enquanto os pesquisadores americanos trabalham para que a triagem de doenças neurológicas possa ser feita sem que o paciente tenha que sair de casa, cientistas do Imperial College London, no Reino Unido, atuam para simplificar o diagnóstico de doenças como Alzheimer utilizando recursos tecnológicos que são velhos conhecidos, como é o caso da ressonância magnética (RM).

Para que isso fosse possível, os pesquisadores adaptaram um algoritmo para uso da classificação de tumores cancerígenos e o aplicaram ao cérebro. Em seguida, eles configuraram o algoritmo para que ele fosse capaz de identificar onde havia mudança dentro de 115 regiões cerebrais divididas e classificadas anteriormente. A partir dessa análise, o algoritmo se torna capaz de prever com precisão e precocidade a existência de Alzheimer. A abordagem foi testada em 400 pacientes e, em 98% dos casos, um teste único com RM foi capaz de identificar o Alzheimer.



Leia também: Doença de Alzheimer: causas, sintomas e como envolver a família no cuidado com o paciente

Exame de sangue, disponível no Brasil, promete contribuir para o diagnóstico de Alzheimer

Para além do campo da pesquisa, e já em uso clínico, quem deseja estar mais bem amparado antes de cravar um diagnóstico de Alzheimer pode contar, hoje, com exame laboratorial que faz uso da técnica espectrometria de massa. A partir dele, cientistas puderam averiguar a beta-amilóide também a partir do sangue e não apenas do liquor. Isso deve ampliar a possibilidade de realização do exame em muitos pacientes idosos, que, muitas vezes, sofrem de condições que impedem a retirada de liquor da coluna.

Como, atualmente, o diagnóstico conta mais com análises clínicas e de testes cognitivos, o avanço deve favorecer bastante o trabalho de neurologistas. 

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