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12.10.2023
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Equipe Afya Educação Médica
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O tabagismo é uma das principais preocupações de saúde pública em todo o mundo. Milhões de pessoas são afetadas por esse vício devastador, que não apenas prejudica a saúde individual, mas também sobrecarrega os sistemas de saúde e a economia de um país.
Neste texto, exploraremos em detalhes os malefícios do tabagismo, suas consequências a longo prazo, apresentaremos dados sobre a situação do tabagismo no Brasil e no mundo e discutiremos estratégias que os médicos podem adotar para ajudar seus pacientes a se livrarem desse vício.
O tabagismo é uma das principais causas de morte evitável em todo o mundo. Os malefícios do tabagismo são vastos e abrangem uma série de áreas, incluindo a saúde física, mental e econômica dos fumantes.
A seguir, listamos alguns dos principais malefícios do tabagismo:
Os efeitos nocivos do tabagismo não se limitam apenas aos problemas de saúde imediatos. A longo prazo, o tabagismo pode ter um impacto devastador na vida de um indivíduo, para além da saúde física ou mental. Aqui estão algumas das consequências a longo prazo do consumo de tabaco.
Os fumantes têm uma expectativa de vida significativamente mais curta em comparação com os não fumantes. Isso ocorre devido à maior incidência de doenças graves relacionadas ao tabaco que citamos anteriormente, como câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, dentre outras.
Além de reduzir a expectativa de vida, as doenças relacionadas ao tabaco podem causar incapacidade e limitações significativas na qualidade de vida. Isso inclui dificuldades respiratórias, falta de energia e limitações nas atividades físicas.
Fumar pode afetar os relacionamentos pessoais, já que muitas pessoas são sensíveis à exposição à fumaça do cigarro. Isso pode levar ao isolamento social e à exclusão de atividades sociais.
O tabagismo é um hábito caro. Os gastos com cigarros ao longo da vida podem ser substanciais, comprometendo as finanças pessoais.
O tabagismo é um problema global, afetando pessoas em todos os cantos do mundo. No entanto, a prevalência do tabagismo varia de país para país. No Brasil, o tabagismo é uma preocupação significativa para a saúde pública. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019, publicada em 2021), 12,6% da população brasileira acima de 18 anos de idade fuma regularmente, o que representa mais de 20 milhões de pessoas.
No cenário global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 bilhão de pessoas sejam fumantes em todo o mundo. As taxas de tabagismo são particularmente altas em países de baixa e média renda, onde a regulamentação e o acesso a serviços de saúde são limitados.
Para ajudar os pacientes a se livrarem do vício do tabagismo, incluindo o cigarro eletrônico, os médicos desempenham um papel fundamental. Segundo o relatório "WHO report on the global tobacco epidemic 2019: offer help to quit tobacco use" da Organização Mundial da Saúde (OMS), oferecer ajuda para a cessação do tabagismo é um componente essencial de qualquer estratégia de controle do uso do tabaco.
Existem várias estratégias e abordagens que podem ser eficazes no tratamento do tabagismo. Separamos as principais delas abaixo.
Os médicos podem oferecer aconselhamento individualizado aos pacientes, destacando os riscos à saúde do tabagismo e os benefícios de parar de fumar. A orientação médica no combate ao tabagismo é essencial e o aconselhamento pode ser complementado por materiais educacionais e recursos online.
Nesta abordagem, pode-se sugerir que o fumante marque uma data para o início do seu processo, como forma de incentivo. Além disso, é importante explicar os sintomas da abstinência e sugerir estratégias para controlar a vontade de fumar, como tomar água, escovar os dentes e respirar fundo, quantas vezes for necessário.
A terapia de reposição de nicotina, na forma de adesivos, gomas de mascar, pastilhas e sprays, pode ajudar os pacientes a reduzir a dependência da nicotina gradualmente.
Existem medicamentos, como a bupropiona e a vareniclina, que podem ser prescritos para ajudar no tratamento do tabagismo. Esses medicamentos podem reduzir os sintomas de abstinência e os desejos por nicotina.
Encorajar os pacientes a participar de grupos de apoio ou programas de cessação do tabagismo pode ser altamente eficaz. O apoio de outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios pode ser motivador.
É essencial que os médicos acompanhem seus pacientes ao longo do processo de abandono do tabagismo. O acompanhamento regular permite ajustar o tratamento conforme necessário e fornecer apoio contínuo.
O tratamento do tabagismo muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar. Isso pode envolver a colaboração com psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde para abordar os aspectos físicos e psicológicos do vício.
A promoção de campanhas de conscientização sobre os perigos do tabagismo em nível nacional e local, tal como o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) pode ajudar a reduzir a iniciação ao fumo e encorajar fumantes a buscar ajuda para parar.
É importante disseminar a informação de que o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento do tabagismo, que inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa juntamente com a abordagem intensiva.
Gostou de saber mais sobre o tabagismo?
O tabagismo é um problema global que causa uma ampla gama de malefícios à saúde e à qualidade de vida. Tanto no Brasil quanto no mundo, é importante que os profissionais de saúde, em especial os médicos, estejam bem informados sobre os riscos do tabagismo e as estratégias eficazes para ajudar os pacientes a se livrarem desse vício.
O combate ao tabagismo exige uma abordagem abrangente que inclua aconselhamento, terapias de reposição de nicotina, medicamentos, apoio emocional e conscientização pública. Com esforços contínuos, é possível reduzir a prevalência do tabagismo e melhorar a saúde e o bem-estar das populações em todo o mundo.
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