A jornada do médico com seu paciente​

Autor(a)
Ronaldo Gismondi

Editor-chefe de medicina do Portal Afya e Whitebook; Coordenador da Cardiologia do Niterói D'or; Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF)

Na formação médica, o contato inicial com o paciente começa nas aulas práticas, ainda nos primeiros anos de graduação, e se desenvolve principalmente no internato, quando 90% da carga horária passa a ser dedicada a atividades assistenciais diretas. Mesmo assim, o recém-formado, o pós-graduando e o residente ainda se sentem inseguros em diversos momentos de sua atuação. “Qual a doença do meu paciente”, “Será que essa é a melhor opção de tratamento”, “O que eu faço se isso não der certo” são alguns dos pensamentos mais comuns nessa fase.

A incorporação de tecnologias durante a prática permite ao médico o acesso a informações indispensáveis para o correto diagnóstico e tratamento do seu paciente. Em muitos locais de atendimento, os médicos têm à disposição computadores e prontuários eletrônicos. Contudo, a navegação em sites especializados pode ser demorada, com informações conflitantes ou até mesmo bloqueadas pelo firewall da instituição. A presença de uma ferramenta digital “de bolso”, com fácil consulta, informações objetivas e diretas, e acesso mesmo offline (sem internet), permite ao médico obter as respostas que precisa em menos tempo e com mais acertos. O Whitebook se tornou o principal aplicativo móvel de apoio à prática médica e à decisão clínica justamente por oferecer todas essas respostas aos seus usuários.

Quando o médico recebe seu paciente, a primeira etapa é obter informações pela história (anamnese) e pelo exame físico. A seguir, deve formular hipóteses diagnósticas para o problema do paciente e direcionar exames complementares para confirmar o diagnóstico correto e fazer a avaliação da gravidade do quadro. A seguir, institui-se um tratamento e acompanha-se o paciente para ver a sua evolução, sempre no combate à doença e na promoção de saúde. A Figura 1 ilustra bem essa jornada do paciente.

Figura 1

O diagnóstico, o estadiamento e o tratamento são os três momentos nos quais as dúvidas são mais frequentes. O Whitebook apresenta diferentes ferramentas para auxiliar o médico nesse processo, como podemos ver nas Figuras 2 e 3.

Figura 2

Figura 3

Para facilitar a compreensão, vamos trazer um exemplo prático. Imagine que você está atendendo um paciente de 70 anos com queixas de palpitações. No exame físico, observa um ritmo irregular, além da presença de hipertensão arterial sistêmica. Então você faz um eletrocardiograma (ECG) do seu paciente e fica na dúvida sobre o traçado. Com o WB em mãos, você consegue avaliar:

  • Semiologia: no conteúdo “Batimentos anormais - palpitação”, há tudo que você precisa perguntar e examinar. Há, ainda, os principais exames a serem solicitados.
  • Diagnóstico Diferencial: uma ferramenta interativa que traz para você as doenças mais comuns em função da idade, sexo e queixa do seu paciente.
  • Guia de ECG: onde você compara o ECG que você realizou com imagens do nosso atlas.

Vamos supor que nesse exemplo o ECG mostrou um ritmo de fibrilação atrial. A seguir, você pode obter informações adicionais sobre:

  • Resumo do conteúdo com etiologias, avaliação clínica, exames complementares e tratamento.
  • Modelo de prescrição, seja para o paciente que seguirá ambulatorialmente, seja para aquele que você decidiu internar.
  • Calculadora do ChadsVasc, a fim de determinar o risco de eventos tromboembólicos.
  • Todas as opções de tratamento antiarrítmico e anticoagulante, incluindo as opções disponíveis no mercado brasileiro, ajuste por idade e função renal, e monitorização.
  • Como fazer o acompanhamento do paciente, quais exames de rotina são indicados, quando retornar para a próxima consulta.
  • Orientações ao Paciente: uma série de informações a serem transmitidas ao seu paciente, a fim de permitir que ela entenda sobre sua condição e realize os exames e tratamentos conforme sua prescrição.

O volume de conhecimento médico sendo produzido cresce exponencialmente. Estima-se que só na base de dados do Pubmed sejam publicados dois artigos por minuto, diariamente! É impossível ao médico dominar todo esse conhecimento só na sua memória. O uso de ferramentas digitais permite a ele confirmar informações, obter respostas rápidas, reduzir erros e aumentar sua acurácia.

O conteúdo do Whitebook é revisado anualmente e sempre por dois especialistas na área, que continuamente buscam o que há de mais concreto na literatura médica. Além disso, essas informações são preparadas com aquilo que de fato interessa para sua prática, economizando seu tempo para aquilo que é mais importante no seu trabalho: o cuidado ao seu paciente.

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