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21.8.2024
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Equipe Afya Educação Médica
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A Dermatologia Estética é uma das áreas que mais cresce no Brasil e no mundo.
Conforme um estudo realizado pela Grand View Research, o mercado global de medicina estética deve crescer até 14,5% entre 2022 e 2030.
Além disso, o Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos não-cirúrgicos no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), perdendo apenas para os Estados Unidos nesse quesito.
Os números confirmam que a área é promissora. E você também pode fazer parte dela.
Confira tudo o que você precisa saber sobre Dermatologia Estética no conteúdo de hoje!
A Dermatologia Estética, Dermatologia Cosmética ou Dermatologia Cosmiátrica é uma ramificação da dermatologia voltada para a clínica, cirurgia e tratamentos cosméticos da pele em geral.
Ao contrário do que muitos pensam, apesar do nome, a área não é voltada apenas à beleza ou à estética de pacientes, podendo também ser voltada para a realização de cirurgias de pequeno e médio porte, diagnóstico de doenças de pele e identificação de disfunções sistêmicas que se manifestam na mesma.
É claro que a Dermatologia Estética também cuida da autoestima de pacientes e procura melhorar a aparência de suas peles, deixando-as mais bonitas, sem manchas, rugas, melasmas, descamações, entre outros, a depender do tipo de tratamento realizado.
No entanto, vale ressaltar que, antes de ser um dermatologista estético, o profissional é também um dermatologista clínico, o que o chancela na hora de avaliar a saúde do maior órgão do corpo humano, a pele, e seus anexos.
“A área da Dermatologia Estética é uma área muito ampla que vai desde procedimentos mais leves como os peelings químicos até procedimentos mais cirúrgicos como blefaroplastia, transplante capilar, entre outros, mas o profissional tem que estar preparado para ver qual é a aptidão dentro desse hall de todos os procedimentos que ele consegue se adaptar melhor e seguir dentro dessa tendência”, explica o médico dermatologista, referência em embelezamento natural e professor da Afya Educação, Dr. Ricardo Kitamura.
A principal diferença entre um dermatologista estético e um dermatologista clínico reside nas áreas de especialização e foco de suas práticas.
O dermatologista clínico é especializado em diagnosticar e tratar uma ampla gama de condições e doenças da pele, cabelo e unhas, como acne, psoríase, eczema, infecções, câncer de pele, entre outras.
Ele pode realizar procedimentos médicos, como biópsias, remoção de lesões suspeitas, tratamento de infecções cutâneas e manejo de doenças crônicas da pele.
Já o dermatologista estético, além de possuir a formação clínica básica, se especializa em procedimentos voltados para melhorar a aparência estética da pele, como preenchimentos, toxina botulínica (botox), peelings químicos, laser, tratamentos de rejuvenescimento e remoção de cicatrizes.
Ah! E ele também pode realizar pequenas cirurgias estéticas, como a remoção de sinais, manchas e outras irregularidades da pele por motivos estéticos.
Seu objetivo principal, assim, é melhorar a aparência da pele, com foco na estética, enquanto o objetivo principal do dermatologista clínico é a saúde e o tratamento de possíveis patologias da pele.
O dermatologista estético está capacitado para realizar uma série de tratamentos e procedimentos, como peeling; limpeza de pele; aplicação de luz intensa pulsada a laser para depilação, tratamento da celulite e outros; e aplicação de toxina botulínica (botox) para tratar rugas e para hiperidrose.
Fora isso, preenchimento facial, procedimentos em lesões cutâneas benignas, correções de cicatrizes, manchas e marcas de sol, e remoções de tatuagens, além de procedimentos a laser, também estão inclusos no seu hall de procedimentos mais comuns.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) afirma que o procedimento mais buscado, geralmente, é o de aplicação de toxina botulínica.
Em 2018, ela correspondeu a quase 96% dos procedimentos estéticos não cirúrgicos mais realizados.
“Aqui no meu consultório, a toxina botulínica é o campeão, a gente faz todos os dias e acaba utilizando o Dysport da Galderma, também o Botox, o Prosigne, que é utilizado dentro do curso da Afya… Para cada situação, para cada paciente, a gente pode selecionar uma marca e utilizar. Depois vêm os preenchimentos faciais à base de ácido hialurônico, daí eu utilizo várias marcas, eu sou speaker de duas marcas de produtos, mas eu gosto de todas, a gente usa os produtos da Galderma, os produtos da Allergan, os produtos da Teosyal, os produtos da Ensofill, tem os produtos da Cristália Injectables também… São todos esses aí que a gente usa no mercado”, indica o Dr. Ricardo Kitamura.
O médico ainda completa: “E o outro tipo de tratamento estético não cirúrgico que a gente acaba fazendo bastante aqui também são os bioestimuladores, no qual a gente usa a hidroxiapatita de cálcio, Radiesse, e o ácido L-polilático, que é o Sculpta. Esses dois eu não abro mão, que são os melhores produtos mesmo do mercado. Depois tem peelings químicos, lasers, eu tenho um monte de aparelhagem aqui no consultório, e a gente acaba utilizando tudo isso”.
A pele, em especial a do rosto, é muito sensível e suscetível a lesões, alergias e infecções.
Desta maneira, utilizar produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um primeiro passo para que a saúde da pele dos pacientes não corra nenhum tipo de risco maior.
Com tantos casos alarmantes de pacientes que ficaram com as peles prejudicadas para o resto de suas vidas e até mesmo com o caso da morte do empresário Henrique Chagas, em São Paulo, após a inalação de fenol, vale ressaltar a importância de apenas médicos dermatologistas realizarem os procedimentos.
Em 2022, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região decidiu anular os efeitos de uma resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que concedia aos farmacêuticos a autorização para realizar técnicas de natureza estética e utilizar recursos terapêuticos nessa área.
Desta maneira, atualmente, somente dermatologistas estão autorizados a realizar procedimentos como laserterapia, cosmetoterapia, luz intensa pulsada, ultrassom estético e realização de peelings químicos e mecânicos.
“A recomendação é estudar muito, ler muita literatura médica, fazer cursos na Afya, ir para o exterior, ver tudo que você tem por aí e fazer tudo dentro de um ambiente controlado com exames prévios, sem achismos. Tudo que a gente vê dentro da literatura são tratamentos que estão padronizados, preconizados, que já foram testados por outros médicos, e a gente sabe que pode dar menos problemas”, recomenda o professor da Afya Educação Médica, Dr. Ricardo Kitamura.
Quem escolhe se especializar em Dermatologia Estética tem um mercado extenso a explorar pela frente.
Sua rotina e possibilidades de atuação não são muito diferentes de um dermatologista clínico, podendo o profissional atuar em hospitais públicos ou privados e em consultório próprio, com mais tranquilidade e sem a correria de plantões, por exemplo.
Isso porque grande parte dos atendimentos de um dermatologista é ambulatorial, e não emergencial.
Também pode atuar na indústria cosmética, em clínicas dermatológicas ou empresas farmacêuticas e de manipulação, além de instituições de ensino como preceptor, pesquisador ou professor.
O salário pode variar de acordo com a experiência e região onde o profissional atua.
Apesar de não existirem informações precisas quanto ao ganho médio desta área da Dermatologia na internet, de acordo com o site Vagas, a média salarial para um médico dermatologista no Brasil é de R$ 10.674,00.
“A última tendência na área da Dermatologia Estética são os tratamentos regenerativos, na qual a gente utiliza a própria gordura do paciente, utilizando um processamento que a gente chama de nanofat; o uso do PDRN, que é o polinucleotídeo que vem do DNA do salmão; e os exossomos, que é a última novidade que o pessoal está trazendo da Coréia. Dentro da Dermatologia Estética, a gente tem feito esse tipo de tratamento numa tentativa de regenerar o tecido sem ter que utilizar tantas substâncias sintéticas”, explica Kitamura.
Parte da Afya, o maior hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil, a Afya Educação Médica dispõe de um enorme portfólio de cursos voltados para a área da Dermatologia Estética, além da própria Pós-graduação em Dermatologia.
São workshops voltados para aplicação de peelings químicos faciais e corporais, aprimoramentos e atualizações focadas na prescrição cosmética na prática médica e em procedimentos dermatológicos faciais, entre outros.
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