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18.6.2020
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Amplamente utilizada no mundo, principalmente durante a pandemia de Covid 19, a telemedicina surgiu na década de 1960. Os primeiros registros de atendimento médico feito a distância pela internet foram no Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, durante esse período.
A experiência consistia em conectar o hospital ao centro de emergência médica do aeroporto de Boston, quase 10km distante. Dali em diante, o método de consulta remota mediada por computadores ganharia cada vez mais adeptos na comunidade médica.
Este tipo de atendimento foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no início dos anos 90. Nos EUA, também nesse período, surgiu a ATA (Associação Americana de Telemedicina). Lá, a telemedicina é utilizada de modo mais comum há pelo menos 30 anos em diversas áreas da medicina e em diferentes etapas de tratamento.
Também possibilitam o maior acesso de pacientes que moram em regiões afastadas, reduzindo custos.
No Brasil, a telemedicina ainda é alvo de muitos debates entre a comunidade médica local, porém, a pandemia fez o Conselho Federal de Medicina e o Ministério das Saúde acelerarem a autorização da prática no país.
Com o avanço do uso da tecnologia na Medicina, hoje é possível marcar consultas por aplicativos e ser atendido por um médico via celular por chamada de vídeo. Com a disseminação de aparelhos inteligentes portáteis como os smartwatch, aparelhos de pressão arterial conectados à internet e outros dispositivos, algumas redes privadas de saúde têm utilizado os dados produzidos nesses aparelhos para monitorar o quadro dos pacientes em tempo real.
Centros de referência nos EUA, Europa e Ásia também utilizam a tecnologia para tratar problemas dermatológicos por meio de videoconferência, realizar cirurgias por meio de braços robóticos controlados a distância, entre outras aplicações mais avançadas.
Uma pesquisa feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (cetic.br), integrado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostrou que, no segundo ano da pandemia, mesmo depois das flexibilizações do distanciamento social, 26% dos internautas brasileiros com 16 anos ou mais, se consultou com profissional de saúde online.
O estudo mostrou que a maior parte das consultas foram realizadas na rede pública - por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Já a maioria dos agendamentos de consultas e exames, e visualização de resultados realizados pela internet foram feitos, em grande parte, na rede privada.
E o principal recurso tecnológico usado para as consultas médicas - ou com outro profissional de saúde - foi o aplicativo de mensagens, o WhatsApp.
Este ano, um levantamento feito pela EBRAMED (Escola Brasileira de Medicina), revelou que, de cada 4 médicos, 3 não sabem fazer atendimento de pacientes via telemedicina ou não se sentem preparados para isso.
O estudo, que contou mais de 800 médicos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina, além de Maranhão e Rio Grande do Sul, escancara um problema histórico no país: a falta de conhecimento médico em tecnologia. Ficou evidente o alto percentual de profissionais da classe médica que ainda não tem experiência e domínio da telemedicina para a prática clínica.
Veja quais são os principais benefícios desse tipo de atendimento e saiba como aproveitá-lo da melhor maneira: