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17.5.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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O gastroenterologista é o especialista responsável por diagnosticar e tratar as doenças não cirúrgicas do aparelho digestivo. Esse, por sua vez, é formado por boca, faringe, estômago, pâncreas, fígado, vias biliares, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Isso significa, portanto, que a gastroenterologia se ocupa de cuidar, sobretudo, da saúde digestiva dos pacientes – não à toa, são os distúrbios relacionados à digestão os mais frequentes, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
A Organização Mundial de Gastroenterologia estima que 20% da população sofra de algum tipo de distúrbio gastrointestinal. Entre os principais sinais de problema estão: náuseas, sensação de empachamento, refluxo alimentar e/ou de ácido gástrico, diarreia e/ou constipação, além de dor abdominal.
Entre as causas mais comuns para o surgimento desses sintomas estão:
Síndrome do Intestino Irritável (SII) – embora as causas do surgimento do problema sejam desconhecidas, especialistas acreditam que fatores como estresse e ansiedade, além de aspectos fisiológicos como alteração da motilidade intestinal, hiperalgesia visceral e fatores genéticos tenham influência sobre o SII, que é diagnosticado a partir de avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem (como colonoscopia) e sinais como perda ponderal e febre, por exemplo.
Dispepsia funcional – popularmente chamada de má digestão, é uma das principais causas de procura por atendimento médico e faz com que os pacientes cheguem ao consultório relatando dor ou queimação na parte superior do abdômen. Em geral, hábitos alimentares, como o excesso de ingestão ou refeições feitas com muita pressa são as principais responsáveis pelos casos.
Constipação intestinal – normalmente está relacionada também a hábitos de vida, como baixa ingestão de fibras (que podem ser obtidas a partir de frutas, legumes e verduras), consumo insuficiente de água e sedentarismo. Costuma ser mais comum entre o público feminino e se caracteriza por dificuldade para evacuar e/ou esforço; fezes endurecidas e de pequeno volume; sensação de defecação insuficiente.
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Embora os problemas listados acima sejam os que mais recorrentes, a lista de intercorrências que podem – e devem – ser tratados pelo gastroenterologista inclui também:
Diante de tantos eventos que podem comprometer a saúde digestiva, o papel do gastroenterologista é fundamental tanto no direcionamento para mudanças no estilo de vida, já que alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, estresse e outros problemas relacionados a hábitos comportamentais afetam o trato digestivo, assim como no diagnóstico precoce e preciso de problemas já instalados. Esse último ponto deve ser bastante considerado, principalmente em razão da semelhança que os sintomas iniciais podem ter. Para auxiliar o profissional na precisão do diagnóstico, exames como endoscopia, colonoscopia, manometria anorretal e retossigmoidoscopia devem ser indicados conforme a hipótese diagnóstica elaborada.
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A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as duas principais doenças inflamatórias intestinais. Além de serem doenças crônicas, elas podem ter manifestações periódicas bastante severas, que indicam danos inflamatórios importantes ao trato digestivo.
Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, os sinais desses danos são:
Já os sinais clínicos do paciente que sofre de DII podem se manifestar por:
Como as DII não têm cura, assim como nos demais casos de doenças que acometem o trato gastrointestinal, é fundamental orientar bem o paciente quanto à relevância da mudança de hábitos e indicar uso de medicamentos para redução do desconforto nas fases mais intensas do problema.
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