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5.1.2023
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Equipe Afya Educação Médica
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A ruptura precoce da imunização abriu o risco para novos surtos da Covid-19, tornando-se uma ameaça ao surgimento de novas variantes, derivadas da Ômicron — a mais prevalente no Brasil até hoje. Nas últimas semanas, o aumento na incidência da doença comprova o surgimento de mutações do vírus, gerando cada vez mais variantes resistentes e com maior potencial de disseminação. É por esse motivo que as vacinas bivalentes estão sendo produzidas.
Tais vacinas são bons exemplos do avanço tecnológico das imunizações, sendo responsáveis por melhorar a defesa do organismo contra a doença e aumentar a eficácia da imunização. Afinal, quando as novas variantes do vírus chegaram, vimos um crescimento descontrolado das infecções, mesmo em pessoas já vacinadas.
Neste artigo, explicaremos o que são as vacinas bivalentes e como elas funcionam, destacando as principais diferenças para os demais tipos de imunizantes. Acompanhe a leitura e confira!
O termo é utilizado para denominar uma vacina atualizada contra a Covid-19, que pode combater a Cepa original do Sars-Cov-2, assim como a variante Ômicron e suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5.
A nova vacina da Pfizer já é utilizada nos Estados Unidos, no Chile, no Canadá e na Europa. A medicação oferece maior proteção, principalmente contra infecções leves. Por isso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) exigiu que o governo oferecesse o mais rápido possível vacinas atualizadas para diminuir os efeitos dos novos casos de Covid, causados pela variante BQ.1, “parente” da Ômicron.
As bivalentes estimulam o sistema imunológico a criar uma linha de defesa mais específica e, consequentemente, mais eficaz contra as variantes do vírus. É o começo de uma nova fase na intensa luta para o fim da pandemia.
É importante destacar que o Ministério da Saúde anunciou que o primeiro lote de vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19 chegará ao Brasil ainda este ano. Serão duas novas versões do imunizante, porém o Governo Federal ainda não especificou quantas doses virão e qual público será contemplado.
Como já explicamos, o termo "bivalente" significa que o novo imunizante cria anticorpos contra dois tipos diferentes do vírus da Covid-19: a cepa original do vírus e a variante Ômicron e suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5.
As vacinas disponibilizadas no início da imunização combinam, na mesma aplicação, um estímulo para o desenvolvimento de anticorpos contra a proteína Spike — presente nas variantes iniciais da Covid-19 — e as mutações da Ômicron — mais especificamente para as subvariantes BA.4 e BA.5.
Nesse sentido, as vacinas bivalentes adequadas à Ômicron são um arranjo do atual imunizante da Pfizer, com a vacina integrada. Conheça as principais características das vacinas aprovadas:
Vale ressaltar que essas doses utilizam as mesmas tecnologias das primeiras gerações — de RNA mensageiro que estimula o organismo a sintetizar uma proteína e induz o sistema imunológico a combater o novo vírus.
Basicamente, apenas quatro vacinas receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem utilizadas no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das instituições AstraZeneca, Pfizer e Janssen.
Além disso, existem a Sputnik V, produzida na Rússia, a Covishield e a Covaxin, fabricadas na Índia, que foram autorizadas para importação excepcional. A seguir, listamos as principais características entre as vacinas para que você entenda a diferença entre as vacinas bivalentes. Confira:
A vacina do Butantan usa a tecnologia de vírus inativado, um método consolidado há anos e estudado amplamente. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não consegue causar a enfermidade, mas ocasiona uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos dessa vacina no Brasil foram feitos exclusivamente com profissionais da saúde, isto é, pessoas com alta exposição à doença.
Foi produzida pela farmacêutica AstraZeneca juntamente com a Universidade de Oxford. No Brasil, é feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A técnica adotada é chamada vetor viral. O adenovírus, responsável por infectar os chimpanzés, é manipulado para que seja introduzido o gene da proteína “Spike” do Sars-CoV-2.
A vacina da Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech é baseada na tecnologia de RNA mensageiro sintético — composto que disponibiliza as instruções ao organismo para produzir proteínas encontradas na superfície do coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune.
A vacina do laboratório Janssen, do grupo Johnson & Johnson, é aplicada somente em uma dose. Da mesma forma que o imunizante da AstraZeneca, usa-se uma tecnologia de vetor viral, com base em uma categoria específica de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se reproduzir em humanos.
Podemos dizer, por fim, que comparar a eficiência das vacinas contra a Covid-19 e tentar escolher a melhor entre elas pode levar a conclusões erradas. Afinal, os imunizantes foram criados por meio de técnicas distintas e testadas em períodos, locais e em pessoas com nível de exposição ao vírus diferentes.
No Brasil, a Anvisa aprovou a utilização emergencial de duas vacinas bivalentes da Pfizer. De acordo com o Ministério da Saúde, os imunizantes foram encomendados e devem chegar em breve no país, porém não definiu datas.
O que se sabe é que a vacina bivalente será dividida em duas doses para os grupos preferenciais, com intervalos de até seis meses, e somente uma dose para a população em geral. Ela também poderá ser usada como reforço único para quem tomou a primeira dose da monovalente, independentemente do fabricante.
Podemos dizer, portanto, que, mesmo em jovens saudáveis sem fatores de risco, há um aumento da incidência da doença e de formas mais graves, por isso a melhor estratégia seria vacinar todos novamente, com uma dose de reforço.
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