Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): o que é?

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A ansiedade é uma reação normal que qualquer pessoa pode sentir em determinadas situações, gerando expectativa, angústia, medo, suor excessivo, entre outros sintomas. Ela costuma se manifestar em momentos que antecedem situações como entrevistas de emprego, o nascimento de um filho, uma cirurgia, entre outros tantos desafios do dia a dia.

Nesses momentos, a ansiedade atua como uma forma de preparar as pessoas para enfrentar tais situações, bem como propiciar a adaptação a novas realidades da vida. Contudo, se essa sensação for muito intensa e estiver presente no dia a dia, a pessoa pode ter o chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada, ou TAG.

Neste post, vamos entender o que significa essa condição, as várias doenças relacionadas a ela, além de várias informações a respeito, para que você possa compreender, encaminhar e tratar seus pacientes adequadamente. Confira!

O que é a Transtorno de Ansiedade?

O Transtorno de Ansiedade é caracterizado pela preocupação excessiva ou pela expectativa com muita aflição, persistente e muito difícil de controlar, que dura por, pelo menos, doze meses, incluindo o período de descontinuação (desmame) dos medicamentos.

Esse tipo de ansiedade extrema é, de acordo com o manual das doenças mentais (DSM.IV), classificada com o CID (Cadastro Internacional de Doenças) F41.1. E, ainda que seja mais comum em mulheres, os transtornos ansiosos afetam pessoas de ambos os sexos e de todas as idades.

Um dado assusta: o Brasil ficou com a triste qualificação de campeão mundial de ansiedade no último relatório sobre o tema publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 9,3% de nós sofre, sofreu ou ainda vai sofrer de algum episódio de ansiedade extrema.

Cabe mencionar que tal distúrbio está relacionado ao modo de funcionamento do corpo humano e/ou às experiências em sua vida.

Quais são os tipos de transtorno de ansiedade?

A ansiedade pode se apresentar de várias formas, pois, os sintomas que a acompanham são muito diferentes. Por isso, a condição foi subdividida em vários tipos de transtornos ansiosos. Confira-os a seguir!

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

No Transtorno de Ansiedade Generalizada, os medos e as preocupações são constantes, fazendo com que a pessoa viva em eterno estado de alerta. Com isso, ela passa a sentir um cansaço extremo no corpo e na mente.

Os principais sinais são:

  • irritabilidade (nervos sempre à flor da pele);
  • dificuldade para se despreocupar (desviar o foco dos problemas);
  • cansaço físico e mental extremos (devido à atividade ansiosa ininterrupta);
  • problemas de sono (dificuldade em adormecer ou sono insatisfatório, sendo comum já acordar cansado) etc.

Se o Transtorno de Ansiedade Generalizada acontecer na infância, a criança pode ter sua performance na escola afetada, além de inúmeros receios como medo de terremotos, guerras e fantasmas. Já os adultos costumam ter preocupações elevadas com o trabalho, vida financeira, responsabilidades, doenças e atrasos em compromissos.

É importante ressaltar que, para ser considerado TAG, tais sintomas precisam ser constantes por, pelo menos, doze meses. A partir do diagnóstico, o médico inicia o tratamento para controlar a ansiedade até o paciente voltar às suas atividades normais.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Conhecido popularmente como TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo é uma condição em que, pelo menos, os dois sintomas a seguir precisam estar presentes:

  • pensamentos intrusivos;
  • rituais para amenizá-los.

Isso acontece porque a pessoa acredita que se não faz aquilo, algo ruim acontecerá. Tais pensamentos e rituais a serem realizados podem ser:

  • mania de limpeza — como precisar lavar as mãos o tempo todo, tomar vários banhos, limpar a casa sem parar;
  • mania de organização — ficar arrumando quadros, acreditar que não pode pisar em linhas ou formas específicas;
  • mania de verificação — como checar se trancou a porta por várias vezes, se desligou o fogão, a torneira da pia etc;
  • mania de repetição — achar que precisa repetir palavras ou fazer contas mentalmente, entre outros sintomas.

Transtorno de Estresse Pós-traumático

Esse tipo de ansiedade acontece depois que a pessoa experimenta um evento traumático (como um assalto, um acidente de carro, uma guerra, um sequestro, entre outros). Eles acontecem se a vida dessa pessoa ou de outras pessoas esteve sob ameaça. A ansiedade extrema acompanha a pessoa mesmo após meses ou até anos da ocorrência da fatalidade.

Neste caso, a pessoa fica revivendo o episódio ocorrido em sua mente e sente muita angústia e vários sintomas físicos, como se voltasse ao momento do trauma. Em geral, a crise vem a partir de um fator desencadeante que remete a pessoa à situação que originou o estresse.

Transtorno do Pânico

Quando acometido pelo Transtorno do Pânico, o indivíduo experimenta fases em que retorna à rotina e à "normalidade". No entanto, de repente, sem qualquer motivo aparente, a pessoa tem uma crise de ansiedade extrema com a duração que pode ser de poucos minutos a até uma hora.

Entre alguns dos sintomas presentes no ataque estão a plena sensação de que vai morrer, ficar sem controle de suas ações, dores fortes no peito, falta de ar, palpitação, formigamento e sensação de desmaio.

Nesse ponto, é preciso explicar que uma crise de ansiedade e de pânico não são a mesma coisa. Ainda que sejam quase sinônimos, os sintomas são muito parecidos, porém, para ser Transtorno de Pânico — uma doença — é necessário ter certas características como: durar por, pelo menos, um mês, e os ataques precisam ser recorrentes e acontecer de forma inesperada.

Além disso, a pessoa deve sentir preocupações que persistem como recear que novos ataques aconteçam ou temer o que eles possam causar (como sua própria morte), bem como realizar comportamentos visando evitá-los.

Agorafobia

A Agorafobia é caracterizada pelo medo de aglomerações ou daquelas situações em que conseguir um socorro é muito difícil. São exemplos o medo se elevador, túnel, shows lotados e até de se imaginar em um caixão (como se fosse corriqueiro que isso acontecesse com frequência).

Tais sintomas fazem a pessoa passar a evitar situações que tragam esses medos à tona. Além disso, elas evitam esses locais com medo de serem flagradas com medo. Tudo isso junto pode resultar em uma crise de pânico.

Fobia social

Na Fobia Social, estão presentes o medo extremo ou ansiedade paralisante quando o indivíduo é exposto em um ambiente social, ou precisa realizar algo em público. Na infância, por exemplo, apresentar um trabalho na escola pode resultar em uma crise.

Já na idade adulta, a dificuldade pode estar em apresentar um trabalho na faculdade, em sair com uma paquera, em conversar com pessoas estranhas, entre outras situações. Nestes casos, as pessoas costumam dizer que a pessoa é extremamente tímida ou tem timidez patológica.

Fobias específicas

Elas podem ser definidas como uma espécie de medo irracional e exagerados de determinados objetos, seres ou mesmo personagens (como de agulha, faca, barata, aranha, cobra, palhaço etc.), ou de certas situações (como de avião, altura, multidões, entre outros).

Os pacientes podem, inclusive, evitar até as imagens (como fotos de aranhas) ou, no caso das crianças, os brinquedos que retratem os gatilhos.

Quais são as causas e fatores de risco da Ansiedade Extrema?

A ansiedade generalizada pode ser uma consequência de longos períodos de vivência ansiosa sem o devido tratamento. Além disso, os fatores a seguir podem estar presentes como causa única ou combinada. Veja!

Hereditariedade e traumas

Em geral, o Transtorno de Ansiedade Generalizada envolve a hereditariedade, fatores psicológicos e exposição ao estresse.

Com isso, pessoas com familiares ansiosos têm maiores chances de desenvolverem a condição — tanto pela genética quanto por conviver com os sintomas destas pessoas e se prejudicarem com eles, além da tendência involuntária de copiar um comportamento.

Isso porque um ambiente com dificuldades financeiras e/ou experiências traumáticas podem contribuir para o surgimento da doença.

Determinadas profissões

Além disso, alguns grupos de pessoas também têm maior predisposição, como os profissionais de saúde que atuam com emergências, bancários, professores, estudantes de doutorado, além de gestores que agregam muita responsabilidade ou que não conseguem gerenciar sua rotina de trabalho e equilibrá-la com sua vida pessoal adequadamente.

Uso de certas substâncias

Pessoas que fazem uso abusivo de álcool (a “droga” lícita ou permitida) ou de drogas ilícitas estão sujeitas a um importante fator de risco de ter qualquer um dos tipos de ansiedade. Substâncias como maconha e cocaína podem gerar quadros agudos de ansiedade, semelhantes às crises de pânico.

É importante mencionar que em um primeiro momento, o álcool até pode aliviar os sintomas, mas quando o efeito passa ou quando o uso se torna frequente, a pessoa sente que precisa aumentar a dose para sentir o mesmo efeito, causando a abstinência, o que causa ainda mais ansiedade, levando a um círculo vicioso.

Além de tudo isso, para quem fuma, a falta de tabaco ou quem utiliza medicamentos sedativos (como os benzodiazepínicos) usados sem orientação médica podem sofrer de abstinência e, dessa forma, ficarem mais ansiosos.

Quais são os principais sintomas da ansiedade?

A ansiedade generalizada pode se manifestar de formas diferentes entre as pessoas — inclusive, porque existem tipos diferentes de ansiedade extrema dando nomes às várias doenças já apresentadas. Contudo, alguns deles costumam estar presentes na maioria dos casos, como mostramos a seguir!

Os sintomas "extremamente" comuns na ansiedade são:

  • dificuldade de concentração;
  • sudorese excessiva;
  • aperto no peito;
  • taquicardia;
  • falta de ar.

Mas, podemos dividir os sintomas em psicológicos e físicos. Na lista abaixo, incluímos todos os sintomas, inclusive os já mencionados.

Sintomas psicológicos da ansiedade

  • receio de enfrentar tragédias, incluindo catástrofes, ruínas ou adoecimento;
  • sensação de estar em perigo (real ou não);
  • pensamento de tragédia iminente;
  • ritmo de fala muito acelerado;
  • sensação de estar "no limite";
  • gesticulações exacerbadas;
  • sensação de incapacidade;
  • incapacidade de relaxar;
  • medo sem fundamento;
  • falta de concentração;
  • agressividade;
  • irritabilidade;
  • inquietação;
  • nervosismo;
  • apreensão;
  • angústia;
  • tristeza;
  • pânico;
  • insônia.

Sintomas físicos da ansiedade

  • formigamento (usualmente nos braços, pescoço, língua e/ou lábios);
  • urgência para usar o banheiro (como diarreias seguidas);
  • barulhos estomacais como se estivesse com fome;
  • hiperventilação (respiração rápida e curta);
  • sensação de bolo na garganta;
  • excesso ou falta de apetite;
  • problemas de memória;
  • sensação de desmaio;
  • sudorese excessiva;
  • tensão muscular;
  • ondas de calor;
  • dor no peito;
  • taquicardia;
  • boca seca;
  • falta de ar;
  • vertigens;
  • tremores;
  • náuseas;
  • calafrios.

O diagnóstico da doença leva em consideração a história de vida do paciente, sua rotina diária, além de uma a avaliação clínica (anamnese) criteriosa — incluindo a averiguação dos primeiros sinais de ansiedade em outras fases da vida sem o tratamento adequado.

Além disso, convém verificar se a pessoa também apresenta sintomas de depressão, se já teve sintomas depressivos no passado e, também, se há presença de familiares com algum tipo de transtorno de ansiedade ou depressão. Isso porque é comum que os pacientes desenvolvam as duas condições simultaneamente, além de existirem vários pontos de confusão entre ansiedade e depressão.

Por fim, como essa doença pode vir em conjunto ou se assemelhar a outros transtornos psicológicos e psiquiátricos, é importante afastar a possibilidade de outras doenças como o Transtorno Bipolar, a Síndrome do Pânico (outro tipo de ansiedade generalizada muito comum), o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), a Fobia Social, ou ainda, a Esquizofrenia.

Se o médico generalista julgar necessário, pode solicitar alguns exames complementares para afastar problemas cardiovasculares, por exemplo, que apresenta alguns sintomas em comum — como a pressão alta, a falta de ar e as dores no peito — ou labirintite — que causa tonturas, náuseas, vômitos, sudorese etc.

Quais são as formas de tratar esse transtorno mental?

O tratamento dos Transtornos de Ansiedade precisa ser multidisciplinar, ou seja, com alguns profissionais envolvidos.

Profissionais para tratar a ansiedade

É importante consultar um psiquiatra — que fará o diagnóstico e prescreverá medicamentos, e que também pode solicitar exames para afastar outras doenças. Mas, também é importante ir a um psicólogo — pois, nessa fase, sobretudo na mais aguda, a psicoterapia é fundamental para determinar as causas do problema e as formas de lidar com a situação em casa, no emprego e no meio social.

Importância dos medicamentos e suas classes

No tratamento de urgência ou emergência ambulatorial, ou em casos em que a internação for necessária, o médico plantonista clínico geral ou médico generalista, poderá fazer um tratamento inicial para diagnosticar a fase aguda da doença diferenciando-a de outras doenças com sintomas semelhantes, como um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Pode-se solicitar, inclusive um eletrocardiograma e exames de sangue. A partir daí, ele poderá tratar do paciente prescrevendo ansiolíticos a serem ministrados via soro tanto no ambulatório quanto para os casos que exigirem internação. Se na instituição hospitalar houver um psiquiatra disponível, convém que ele avalie o paciente.

Assim que o paciente tiver alta, oriente-o a procurar um médico psiquiatra para dar continuidade ao tratamento. Ele poderá prescrever as classes de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos ou, ainda, fazer uma combinação de ambos.

Em geral, o tratamento farmacológico deve ser mantido por um período que pode variar de seis a doze meses após o desaparecimento dos sintomas para que não voltem a aparecer. É fundamental que os medicamentos sejam descontinuados em doses decrescentes — ou seja, ir diminuindo as doses aos poucos, fracionando-as.

Importância da psicoterapia e seus tipos

Neste tópico podemos ser mais específicos ao mencionar os diversos tipos de terapia para diversos transtornos de ansiedade:

  1. Terapias da fala: colaboram na identificação de fatores que são gatilhos da ansiedade, como as falsas crenças, além de encontrar maneiras mais saudáveis para lidar com os sintomas e as dificuldades criadas por ele;
  2. Psicanálise e Terapias psicodinâmicas: podem ser úteis quando a causa dos vários tipos de ansiedade tem origem em traumas sofridos em várias fases da vida, sobretudo no passado, e deflagram após alguma situação específica;
  3. Terapia Cognitivo Comportamental (TCC): por seu caráter mais prático, é a que demonstra maior eficácia segundo evidências científicas. Para os sintomas de fobias, por exemplo, a estratégia pode envolver a exposição do paciente de maneira gradual às situações que geram o medo, objetivando o desenvolvimento da tolerância. Para quem não viaja de avião devido à extrema ansiedade, é possível tratar essas pessoas, inclusive, com simulações de que estão em uma aeronave;
  4. Terapias baseadas em mindfulness (meditar com atenção plena): elas unem fundamentos da meditação e da Terapia Cognitivo Comportamental;
  5. Neurofeedback ou Biofeedback: tratamento que possui o objetivo de melhorar o funcionamento cerebral por neuromodulação autorregulatória não invasiva. É realizado por neuropsicólogos;
  6. Meditação transcendental: esta técnica desperta atenção de pesquisadores e já existem evidências científicas das suas vantagens na ansiedade. Para praticar é muito simples: basta se concentrar na respiração ou nas sensações corporais, sem se fixar nas ideias que vieram à mente. Com o tempo, há um descentramento e, com isso, os pensamentos e as imagens mentais não são consideradas como "realidades", mas como simples "eventos mentais";
  7. Exercícios de respiração diafragmática: a respiração curta é muito comum e prejudicial a quem tem algum transtorno de ansiedade. Para essas pessoas, vale muito à pena procurar respirar profundamente, sentindo o ar entrar no pulmão e preencher todo o órgão. A dica é sentar-se confortavelmente e em um local silencioso para, então, começar a respirar profundamente pelo nariz e soltar o ar pela boca.

Além disso, outros profissionais podem ser consultados, como um terapeuta ocupacional — para que a pessoa se envolva em atividades que tragam prazer, gerem distração (tirando o foco da doença) e, ainda, podendo se tornar um ofício.

Já um profissional de Educação Física (presente nas academias) poderá indicar qual a melhor atividade física para aliviar sintomas como estresse, fadiga e a tensão muscular.

Além de tudo isso, vale a pena conhecer e aprender a fazer e praticar:

  • banhos mornos e quentes, que podem incluir sais e essências;
  • técnicas de relaxamento;
  • musicoterapia;
  • alongamento;
  • acupuntura;
  • massagens etc.

Por fim, você pode usar como um complemento aos tratamentos principais, as ervas como camomila e capim-cidreira em chás, bolsas térmicas, essências e travesseiros perfumados. Eles podem relaxar a mente e o corpo e favorecer o sono, mas, jamais abandone o tratamento médico.

Quais são os medicamentos indicados para tratar a ansiedade?

Segundo um artigo publicado no site The Lancet, um estudo comparou a eficácia dos principais fármacos à disposição dos médicos.

Para a pesquisa, os cientistas fizeram uma revisão sistemática e uma meta-análise de estudos randomizados em pacientes de ambulatório com Transtorno de Ansiedade Generalizada constantes de várias bases científicas (Web of Science, MEDLINE, Cochrane, ClinicalTrials.gov, FDA, registros farmacêuticos comerciais, entre outras bases).

Os resultados primários demonstraram a eficácia, medida pela Escala de Ansiedade de Hamilton e também pela aceitabilidade, ou seja, quem participou do estudo até o fim, e quem o descontinuou por qualquer motivo.

As drogas utilizadas no estudo pertenciam às classes de antidepressivos, anticonvulsivantes, antiepiléticos e benzodiazepínicos. Os medicamentos que mais se apresentaram eficazes em comparação com o placebo e com aceitabilidade positiva na Escala de Hamilton de Ansiedade foram:

  • duloxetina (classe: antidepressivo);
  • pregabalina (classes: anticonvulsivante e antiepilético);
  • venlafaxina (classe: antidepressivo);
  • escitalopram (classe: antidepressivo).

Se os pacientes não obtiverem melhora aos medicamentos anteriores, pode-se tentar os fármacos a seguir, que obtiveram uma eficácia um pouco inferior aos anteriores:

  • mirtazapina, sertralina, fluoxetina, buspirona e agomelatina (limitados em amostras pequenas);
  • quetiapina, que foi o medicamento com resultado mais positivo na Escala de Ansiedade de Hamilton, no entanto, foi mal tolerada quando comparado ao placebo;
  • paroxetina e benzodiazepínicos, que também foram eficazes, mas pouco tolerados.

A conclusão chegada no estudo foi de que a recomendação geral para os médicos psiquiatras é prescrever inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina como principais agentes para tratar o Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Eles podem ser combinados com as menores doses eficazes de anticonvulsivantes e benzodiazepínicos, nos casos agudos e mais graves ou combinados com outros transtornos mentais.

Além disso, alguns psiquiatras têm utilizado medicamentos antiepiléticos que combinam dois fármacos, o ácido valpróico e o valproato de sódio (Torval®), devido aos efeitos na “desaceleração” cerebral — sua atividade mais provável é o aumento dos níveis cerebrais do ácido GABA —, aliviando a ansiedade, sobretudo no Transtorno do Pânico.

Continue se informando!

Nesse artigo, você viu o que é ansiedade, sua diferença para o Transtorno de Ansiedade Generalizada e demais transtornos relacionados. Além disso, você conferiu quais os seus tipos, as suas causas principais, como diagnosticar e, também, a importância de um tratamento eficiente na emergência.

Em seguida, você conferiu a importância da equipe multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo e outros profissionais) para uma abordagem eficaz. Por fim, mostramos que, quando o tratamento é realizado o quanto antes, é possível evitar as recaídas e, dessa forma, a pessoa poderá levar uma vida normal.

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