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24.1.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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Uma das etapas mais importantes no desenvolvimento do conhecimento médico é o aprendizado baseado em simulação médica. Ela tem muitas vantagens, que vão desde melhorar a segurança do paciente a ser um diferencial na carreira do profissional. Confira, a seguir, tudo sobre a importância da simulação médica na formação do médico.
A simulação é a imitação ou representação de um ato ou sistema. De acordo com a Society for Simulation in Healthcare, as simulações de saúde podem ser consideradas com quatro objetivos principais:
Desse modo, cada um desses propósitos pode ser alcançado por uma combinação de dramatização, ferramentas de tecnologia e um ambiente completo realista. Assim sendo, a simulação médica é uma gama de atividades que compartilham um propósito grande e semelhante: melhorar a segurança, eficácia e eficiência dos serviços de saúde.
Já segundo estudo publicado na J Family Community Med, a educação médica baseada em simulação pode ser definida como qualquer atividade educacional que utiliza recursos de simulação para replicar cenários clínicos. Isto é, as ferramentas de simulação servem como alternativa ao paciente real e os estudantes podem cometer erros e aprender com eles sem medo de angustiar ou prejudicar o paciente.
Desse modo, afirma-se que a simulação apresenta diversas aplicações na área da saúde. Ela pode ser utilizada tanto no ensino quanto na avaliação do desempenho de estudantes, residentes e pós-graduandos, além de auxiliar no desenvolvimento de protocolos e projetos de instalações médicas.
O estudo “Ensino mediado por técnicas de simulação e treinamento de habilidades de comunicação na área da saúde”, publicado na Revista Médica de Minas Gerais, aborda como é a realidade da simulação médica no Brasil. Segundo a pesquisa, o aprendizado com simulação pode ser feito em várias áreas da medicina, como:
Além destes, podem ser realizados outros procedimentos como introdução de cateter nasogástrico, cateterismo vesical, aspiração traqueal, punção venosa periférica e central, cateterismo arterial, oxigenoterapia não invasiva, ventilação com pressão positiva, intubação endotraqueal, punção lombar e uso de desfibrilador.
Além disso, cenários recriando ambiente real, com bons e tecnológicos manequins ou atores vêm cada vez mais sendo utilizados. Dessa forma, ajudam no desenvolvimento de habilidades psicomotoras, cognitivas e afetivas diante de situações apresentadas.
Mas por que a simulação médica é tão importante? O relatório “To Err is Human”, publicado pelo Instituto de Medicina Americano (IOM), e algumas outras publicações publicadas no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA) abordaram os perigos dos sistemas de saúde associados aos erros médicos em todo o mundo.
De acordo com as pesquisas, há uma necessidade de melhorar a qualidade técnica dos profissionais para atender às necessidades de segurança dos pacientes. Com esse cenário, o relatório do IOM destaca o papel da simulação clínica como estratégia educacional efetiva para mudar esse panorama.
Portanto, os apelos para uma mudança nos métodos de ensino resultaram em currículos médicos inovadores. Com isso, enfatizam a importância da proficiência em várias habilidades clínicas por parte dos graduados em medicina. E um grande desafio para os graduandos de medicina é a aplicação de conhecimentos teóricos ao cuidado dos pacientes.
Assim sendo, o estudo e aprendizado com simulação médica tem várias vantagens, como: