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3.8.2022
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Em 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou dados alarmantes em relação ao número de mortes por erros médicos: pelo menos 2,6 milhões de casos de erro médico por ano.
Em uma profissão como a Medicina, que lida diretamente com a vida das pessoas, é de total importância e responsabilidade que se crie um cenário onde o estudante consiga testar seus conhecimentos e habilidades sem colocar em risco a vida de seus pacientes. É aí que entra a simulação médica.
Com esse objetivo, a simulação médica realística surge como uma técnica que consiste em disponibilizar, por exemplo, manequins com características humanas reais como respiração, fala e pulsos. Esses instrumentos são imprescindíveis para um estudo completo e sem riscos durante a formação médica. Esse modelo de estudo também ajuda a desenvolver novas técnicas e ampliar o conhecimento em todas as áreas da profissão.
Apesar de parecer uma especialidade ultra moderna, as primeiras simulações aconteceram ainda na Idade Antiga. Nessa época, eram realizados com manequins esculpidos em argila para que fosse possível mostrar os efeitos de doenças no corpo. Já na Idade Média, várias técnicas eram demonstradas em animais.
Na França, no século XVIII, surge o primeiro manequim obstétrico criado por Grégoire, que de tão importante levou a uma queda no índice de morte em partos daquela época.
Porém, a origem da simulação médica como a conhecemos hoje vem da aviação. Em 1929 foi criado o primeiro simulador de voo por Edwin Albert Link, chamado “Blue Box”, com a capacidade de reproduzir movimentos e sensações de um avião em movimento.
Uma das pioneiras em simulação no Brasil, a UEL (Universidade Estadual de Londrina), começou em 2002 a implementar essa especialidade que, na época, não fazia parte da grade curricular, mas já acontecia esporadicamente nos laboratórios.
Houve um crescimento dessa técnica no país devido ao CSR (Curso de Simulação Realística) do Hospital Albert Einsten. A partir daí, muitas faculdades começaram a desenvolver esse modelo de estudo em suas grades.
A Abrassim (Associação Brasileira de Simulação na Saúde) surge neste ano, fundada por professores que defendiam que toda faculdade voltada para a área da saúde precisa da simulação na grade curricular de forma frequente para formar profissionais de qualidade.
Hoje, a simulação realística é considerada um complemento essencial para os estudantes juntamente com outras estratégias desde o primeiro ano de faculdade. Por meio dessa técnica, o professor consegue identificar quais as competências e habilidades de seus alunos. Além de trazer um ambiente próximo do real e também totalmente seguro para todos.