Escrito por
Dra. Carolina Felipe Soares Brandão
Publicado em
3.8.2022
Escrito por
Equipe Afya Educação Médica
Dra. Carolina Felipe Soares Brandão
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Há muitos anos a OMS (Organização Mundial da Saúde) têm apresentado dados alarmantes em relação ao número de mortes por erros médicos em todo o mundo.
A Medicina e demais profissionais da saúde, lidam diretamente com a vida das pessoas, cuja responsabilidade impacta diretamente na vida de seus pacientes.
A simulação é uma estratégia educacional que consiste em um ambiente seguro de aprendizagem, a partir de práticas procedimentais, atitudinais e conhecimentos que estimulem o diagnóstico diferencial a partir de pacientes simulados, como atores, manequins ou robôs que replicam características humanas reais como respiração, falas e pulsos. Esses instrumentos são imprescindíveis seja no mundo acadêmico ou educação permanente e sem riscos durante a formação na saúde. Esse modelo de estudo também ajuda a desenvolver novas técnicas e ampliar o conhecimento em todas as áreas da profissão.
Apesar de parecer uma especialidade ultramoderna, as primeiras simulações aconteceram ainda na Idade Antiga. Nessa época, eram realizados com manequins esculpidos em argila para que fosse possível mostrar os efeitos de doenças no corpo. Já na Idade Média, várias técnicas eram demonstradas em animais.
Na França, no século XVIII, surge o primeiro manequim obstétrico criado por Grégoire, que de tão importante levou a uma queda no índice de morte em partos daquela época.
Porém, a origem da simulação médica como a que conhecemos hoje, vem da aviação, da capacitação de pilotos,. Em 1929 foi criado o primeiro simulador de voo por Edwin Albert Link, chamado “Blue Box”, com a capacidade de reproduzir movimentos e sensações de um avião em movimento.
Uma das pioneiras em simulação no Brasil, a UEL (Universidade Estadual de Londrina), começou em 2002 a implementar essa estratégia educacional que, na época, não fazia parte da grade curricular, mas já acontecia esporadicamente nos laboratórios e com avaliações práticas, conhecidas como OSCE. A partir daí muitas instituições começaram a aplicar este método para além dos treinamentos regulares de protocolos internacionais, mas de diversos casos clínicos.
A SOBRASSIM (Sociedade Brasileira de Simulação na Saúde) surge em 2008, fundada por professores que sugeriram que toda faculdade voltada para a área da saúde se desenvolvesse também em simulação e que sua inserção curricular fosse frequente para formação de profissionais de qualidade.
Hoje, a simulação é considerada um complemento essencial para os estudantes e profissionais, juntamente com outras estratégias educacionais desde o primeiro ano de faculdade e na formação continuada. Por meio dessa técnica, o professor consegue desenvolver as competências necessários para cada público-alvo e garantir o principal objetivo que é a segurança dos pacientes.