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30.8.2023
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Um fungo é uma espécie de organismo que pertencente ao reino Fungi, que sobrevive ao lado de animais, plantas e protozoários. Esses microrganismos eucarióticos são distintos, com formas de bolores, leveduras e cogumelos. Eles são microscópicos, diversos, com estruturas ramificadas parecidas com fios denominados hifas.
Os organismos crescem formando uma massa vegetativa, são semelhantes a uma raiz, que não depende da fotossíntese e absorve nutrientes do ambiente. Alguns podem ser ingeridos, trazendo uma enorme variedade de nutrientes, mas outros podem trazer malefícios.
Neste artigo, mostraremos as principais doenças causadas por fungos e os riscos que eles oferecem à saúde. Eles podem causar não apenas intoxicações, quando ingeridos, mas também, por contato, condições ginecológicas ou dermatológicas – como candidíase e micose.
Quer saber como os fungos se desenvolvem e quais são os diferentes tipos existentes? Continue a leitura!
Fungos são organismos eucarióticos, multicelulares e heterótrofos que não produzem os seus alimentos. A sua função é fazer a ciclagem de nutrientes que fazem parte de um ecossistema, sendo que eles se reproduzem assexuadamente e de forma sexuada. Os microrganismos também podem se associar a bactérias e plantas.
Um fungo pode causar doenças em vegetais, animais e seres humanos. Alguns deles são multicelulares, enquanto outros são unicelulares, chamados de leveduras. As células dos fungos têm organelas e um núcleo, mas são desprovidas da celulose que existe nas plantas. Suas paredes contêm quitina: uma substância encontrada nos artrópodes e insetos.
As hifas, por sua vez, são divididas em compartimentos ou paredes conhecidas como septos e têm uma forma tubular. Essas células podem ter mais de um núcleo e organelas que conseguem se mover entre eles, em um processo chamado fluxo citoplasmático. Os fungos são encontrados na água, solo e na matéria orgânica em decomposição.
Os fungos são heterótrofos, ou seja, precisam obter nutrientes de materiais orgânicos com o auxílio das hifas, as quais se ramificam e se alongam rapidamente. Elas permitem que o micélio do fungo aumente de tamanho com agilidade por meio dos rizomorfos, que o prendem ao substrato onde ele cresce. Observe abaixo mais detalhes sobre o assunto!
Os fungos são classificados com base no seu método de reprodução em filos. O primeiro é a quitridiomicose cuja linhagem é a mais antiga e que vive em ambientes aquáticos, atuando como parasita de plantas, insetos e anfíbios. O zygomycota se alimenta de materiais em decomposição e atua como parasitas de insetos.
O ascomycota abrange a maioria dos fungos conhecidos e incluem as espécies comestíveis, por exemplo, as leveduras e os cogumelos. Porém, há alguns que agem como parasitas e produzem metabólitos tóxicos. Os basidiomycota têm nódulos inchados na extremidade terminal de suas hifas, as quais funcionam como órgãos reprodutivos.
Esses microrganismos são oportunistas e se alimentam de várias fontes. Isso quer dizer que a sua nutrição ocorre em uma ampla gama de circunstâncias ou condições ambientais. Há fungos conhecidos como sapróbios, que retiraram nutrientes de matéria orgânica morta por serem decompositores capazes de se livrar de organismos mortos durante o processo.
Existem microrganismos que causam doenças nas plantas porque são parasitas. No entanto, os fungos também podem ter relações mutuamente benéficas com bactérias fotossintéticas, algas e raízes de vegetais. A associação simbiótica com uma raiz de planta é chamada de micorriza e quando ela envolve um animal que faz fotossíntese é denominada de líquen.
Os fungos podem se reproduzir de forma assexuada e sexuada. Na reprodução sexual, indivíduos separados fundem suas hifas, com um ciclo de vida que depende da sua espécie. Os organismos multicelulares têm um estágio haplóide, um diplóide e outro dicariótico, no qual estão envolvidos dois conjuntos de cromossomos que permanecem separados.
Já a reprodução assexuada ocorre pela fragmentação micelial, quando o micélio se separa em vários pedaços que crescem separadamente ou com a liberação dos esporos. Essas células microscópicas se dispersam de seu fungo parental, geralmente com o auxílio da água ou do vento e podem ficar adormecidas por bastante tempo até encontrar condições favoráveis ao seu crescimento.
Os fungos com esporos fechados podem desenvolver mecanismos de dispersão de esporos. Os parasitas utilizam estruturas hifais especializadas para penetrar nas células hospedeiras e obter os nutrientes necessários. Esses microrganismos se distinguem pela estrutura dos corpos e dependem dos substratos orgânicos para conseguir energia química para a manutenção da vida.
Os fungos contam com as hifas filamentosas e ramificadas que em conjunto formam a sua parte vegetativa, conhecida como micélio. Os microrganismos são classificados com base na natureza das estruturas reprodutivas que formam e nos tipos de esporos. Abaixo, vamos mostrar as características das categorias mais comuns:
Os microrganismos podem ser patogênicos, mas muitos deles podem ser úteis para a preparação e preservação de alimentos como cerveja, vinho, pão, produtos à base de soja e queijo. Além disso, alguns fungos como trufas e cogumelos são uma importante fonte de alimento. Várias espécies também são usadas para produzir antibióticos como cefalosporina, penicilina e vitaminas.
Normalmente os fungos não são perigosos, mas alguns podem ser prejudiciais à saúde. As doenças causadas por fungos geralmente decorrem de microrganismos comuns encontrados no ambiente. Existem infecções fúngicas primárias ou oportunistas e outras sistêmicas que afetam muitas áreas do corpo. Há também aquelas que atingem apenas uma região localizada.
Paracoccidioidomicose, coccidioidomicose e histoplasmose são exemplos de infecções fúngicas primárias que acometem pessoas com um sistema imunológico normal. Esses fungos podem causar sérios problemas de saúde e são mais comuns em certas áreas geográficas, além de se desenvolverem lentamente ao longo dos anos.
Para a maioria das pessoas, as infecções fúngicas não se espalham para órgãos profundos do corpo. Quando as defesas do corpo que são responsáveis por manter os fungos sob controle são perturbados, os fungos podem atacar. Alguns antibióticos matam esses organismos nocivos, mas também podem matar bactérias úteis. Consequentemente, o crescimento fúngico pode ficar descontrolado.
As infecções fúngicas localizadas geralmente envolvem áreas como unhas, pele, vagina, seios da face e boca. Com o tempo, os fungos ganham crescimento excessivo, podem causar sintomas variados, embora sejam tipicamente leves. Na maioria dos casos, o problema geralmente se resolve de forma rápida assim que a bactéria começa a crescer novamente e o equilíbrio natural é restaurado.
Uma infecção fúngica pode atrapalhar a saúde de qualquer pessoa, inclusive quem for relativamente saudável, basta entrar em contato com fungos diariamente. Afinal, ninguém que respira esporos de fungos todos os dias consegue continuar por muito tempo sem ficar doente, ainda que alguém com um sistema imunológico enfraquecido seja mais propenso a desenvolver problemas físicos.
Certos medicamentos do mercado, por exemplo, corticosteroides e quimioterapia contra o câncer, podem diminuir a capacidade do corpo de combater doenças causadas por fungos. Algumas pessoas podem desenvolver uma doença que ataca o sistema imunológico, como HIV e outras já nascem com um sistema imunológico fraco. Além disso, quem trabalha ou mora em locais úmidos pode ter irritação da pele e doenças respiratórias.
Os fungos mais comuns causam infecções de pele, micose e pé de atleta, ou seja, uma infecção fúngica comum nos dedos dos pés. O sapinho é uma infecção fúngica comum na boca e da vagina, que não é grave e não se espalha profundamente pelo corpo. Esse fungo dificilmente afeta os órgãos internos: pulmões, coração e cérebro.
As doenças causadas por fungos são oportunistas, tendo em vista que elas se aproveitam do sistema imunológico enfraquecido das pessoas. Os pacientes que já estão com o organismo e suas defesas comprometidas, por exemplo, por causa de problemas médicos que diminuem a imunidade são os mais impactados. Veja a seguir as enfermidades mais comuns provenientes de fungos!
Trata-se de uma infecção causada por um tipo de fungo chamado cândida, que normalmente vive no corpo: garganta, boca, vagina, intestino e pele, sem causar nenhum problema. O fungo pode se disseminar se as condições dos órgãos genitais mudarem para estimular seu crescimento. As alterações no sistema imunológico, medicamentos e hormônios podem ser a sua causa.
A cândida ataca quem tem imunidade fraca pelo uso de quimioterapia, esteroides, antibióticos e outros componentes. Para reduzir as chances de contrair a candidíase, o ideal é usar roupas íntimas de algodão. Confira algumas informações relevantes sobre essa doença causada por fungos:
A candidíase vaginal originada por fungos gera sintomas como dor durante a relação sexual, corrimento anormal, coceira e desconforto ao urinar. Algumas mulheres podem sofrer infecções graves que originam inchaço, vermelhidão e rachaduras na pele da vagina. Os problemas ocorrem com mais frequência em pacientes infantis, gestantes, diabéticas e que fazem uso de pílulas anticoncepcionais.
Já a cândida na garganta e boca é chamada candidíase orofaríngea que pode atingir o esôfago. Os seus sintomas são rachaduras e vermelhidão nos cantos da boca, dor ao comer ou dificuldade para engolir, perda de paladar, sensação de algodão na boca, manchas brancas na parte interna das bochechas, céu da boca, língua etc.
Essa doença de pele também conhecida como micose da praia ou pitiríase versicolor é causada pelo fungo malassezia furfur. Esse microrganismo produz uma substância conhecida como ácido azelaico, que impede a produção de melanina quando o paciente se expõe ao sol. Diante disso, nos locais onde está o fungo, os tecidos epiteliais não ficam bronzeados como no resto do corpo.
O pano branco se caracteriza pelo aparecimento de pequenas manchas brancas na pele e é mais comum em climas úmidos e quentes. Sendo assim, é uma enfermidade muito comum no Brasil, considerada como uma doença tropical. A pitiríase versicolor é tratada com pomadas antifúngicas aplicadas na região afetada. Analise algumas dicas relevantes:
As possíveis causas de pano branco e o crescimento do fungo malassezia furfur na pele e, desse modo, pode atingir qualquer pessoa. Entretanto, esse microorganismo é mais comum em casos de predisposição genética, suor e calor excessivo e oleosidade da pele. As pessoas com sistema imunológico enfraquecido, idosos, crianças e pessoas com doenças autoimunes têm maior probabilidade de serem atingidas.
A esporotricose é uma infecção causada pelo sporothrix, um fungo que vive no solo e na matéria vegetal, feno, musgo, esfagno e roseiras. Os pacientes contraem essa doença ao entrar em contato direto com os microrganismos que ficam no ambiente. Eles causam infecção cutânea ao adentrar a pele por meio de um pequeno arranhão ou corte.
Isso geralmente acontece quando alguém toca na matéria vegetal contaminada e, em virtude disso, a pele dos pés, pernas, mãos ou braços é afetada. Mas existem outros tipos de esporotricose, por exemplo, a pulmonar que é mais rara, porém, pode acontecer depois que a pessoa respira esporos fúngicos do ambiente. Veja outros dados interessantes:
É possível diminuir a chance de contrair esporotricose ao usar luvas, roupas de proteção e mangas compridas ao lidar com plantas que podem causar ferimentos. O tratamento da pele requer o uso de medicamentos antifúngicos, como o iodeto de potássio supersaturado e o itraconazol, que deverá ser administrado por via oral entre 3 a 6 meses.
Já a esporotricose grave, que afeta os órgãos internos ou o sistema nervoso central, é tratada com anfotericina B intravenosa. Depois disso, o paciente pode usar o itraconazol por pelo menos 1 ano como parte do tratamento hospitalar antifúngico. Por outro lado, quem tem a doença nos pulmões também pode precisar de cirurgia para a retirada do tecido infectado.
Penicilose é uma da doenças causadas por fungos, causada por microrganismos do gênero penicillium, que causam infecções graves em pacientes que têm a sua imunidade comprometida. Ela é causada por um fungo dimórfico endêmico, que cresce como hifa e que em sua fase hifálica produz um pigmento vermelho. O organismo está presente no solo e ataca se houver exposição.
Os fungos penicillium causam doenças em pacientes que tenham anormalidades profundas em seu sistema imunológico, como a infecção avançada gerada pelo HIV, receptores de transplante de órgãos, pessoas com neoplasia hematológica ou que recebem drogas imunossupressoras. Essa infecção oportunista pode ser grave e conta com os seguintes aspectos:
Para tratar a penicilose, o médico pode receitar voriconazol, cetoconazol, itraconazol e anfotericina B. Os pacientes gravemente enfermos são tratados com anfotericina B intravenosa durante algumas semanas e, em seguida, com itraconazol por no mínimo mais 10 semanas. Os tratamentos com itraconazol são reservados para pessoas com doenças menos graves.
Infecções fúngicas nas unhas são muito comuns, podem afetar a população em geral e são causadas pelo trichophyton rubrum. A maioria dos sintomas causados por esse fungo nas unhas não são graves, contudo, ele pode causar dor e afetar a aparência. Os microrganismos vivem no ambiente e podem gerar pequenas rachaduras na pele.
Os germes entram na unha de qualquer pessoa e causam uma infecção que a deixa grossa, descolorida, frágil e rachada. As lesões são mais comuns em quem tem outras enfermidades, traumas, insuficiência venosa ou má circulação do sangue nas pernas, estreitamento das artérias que reduz o fluxo sanguíneo para os braços ou doença arterial periférica. Confira outros pontos importantes:
Depois do tratamento, as infecções fúngicas nas unhas podem voltar e o paciente terá que procurar novamente o médico para atendimento. Isso porque esses problemas podem estar intimamente relacionados com um fungo que atinge a pele e que pode se espalhar para outros lugares. Por esta razão, os pacientes discutem todas as circunstâncias com um profissional para garantir que todos os fungos sejam eliminados.
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