Dislipidemia: entenda causas, sintomas e tratamentos dessa condição associada ao aumento do colesterol.
A dislipidemia é uma condição caracterizada por alterações nos níveis de lipídios no sangue, como colesterol e triglicerídeos.
Esses desequilíbrios podem parecer silenciosos em um primeiro momento, mas estão diretamente associados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil e no mundo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima-se que cerca de 40% da população brasileira apresenta algum grau de aumento do colesterol, sendo que boa parte desconhece o problema. Esse cenário reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico contínuo.
Continue a leitura para saber mais!
O que é dislipidemia?
A dislipidemia é definida como a presença de valores alterados de lipídios plasmáticos. Ela pode se manifestar de diferentes formas:
- hipercolesterolemia: níveis elevados de colesterol total e LDL (“colesterol ruim”);
- hipertrigliceridemia: aumento dos triglicerídeos;
- baixos níveis de HDL: redução do “colesterol bom”;
- formas mistas: quando há mais de uma alteração lipídica associada.
Por ser uma condição geralmente assintomática, muitos pacientes só descobrem a dislipidemia após exames de rotina ou quando já apresentam complicações cardiovasculares.
Por isso, alerta: os check-ups são muito importantes. E incentivar a realização periódica de exames é, portanto, algo que deve fazer parte da rotina do profissional da saúde.
Quais são as causas da dislipidemia?
A dislipidemia pode ser classificada como primária (de origem genética) ou secundária (relacionada a fatores adquiridos). Confira mais detalhes a seguir!
Primária
Geralmente ligada a mutações genéticas que comprometem o metabolismo dos lipídios, como na hipercolesterolemia familiar.
Secundária
Causada por fatores externos, como sedentarismo, dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos simples, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Doenças como diabetes, hipotireoidismo e síndrome metabólica também podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
Quais são os sintomas e fatores de risco?
Na maioria dos casos, a dislipidemia não apresenta sintomas. Esse é um dos principais desafios para o diagnóstico precoce, já que muitos pacientes não percebem a gravidade da condição até a ocorrência de eventos cardiovasculares.
Entre os principais fatores de risco associados à dislipidemia estão:
- idade avançada;
- histórico familiar de doenças cardíacas;
- obesidade abdominal;
- hipertensão arterial;
- diabetes mellitus;
- estilo de vida sedentário.
O conjunto desses fatores aumenta significativamente a probabilidade de complicações graves, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
E quais são as complicações da dislipidemia?
A principal preocupação em relação à dislipidemia é o desenvolvimento da aterosclerose, que consiste no acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. Esse processo reduz o fluxo sanguíneo e pode causar complicações sérias, como:
- infarto agudo do miocárdio;
- acidente vascular cerebral (AVC);
- doença arterial periférica;
- insuficiência coronariana.
Essas complicações reforçam a necessidade de atenção ao diagnóstico e tratamento adequado, já que o controle dos lipídios no sangue é determinante para a prevenção de doenças cardiovasculares.
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Quais são os tratamentos para a dislipidemia?
O tratamento da dislipidemia tem como objetivo reduzir os níveis alterados de gordura no sangue — como colesterol e triglicerídeos — e evitar complicações cardiovasculares. Para isso, a abordagem combina mudanças no estilo de vida e, quando necessário, o uso de medicamentos específicos.
Veja mais detalhes a seguir!
Mudanças no estilo de vida
Antes de pensar em remédios, a primeira recomendação é sempre olhar para os hábitos do dia a dia. Ajustes simples, mas consistentes, fazem uma grande diferença. Dê uma olhada!
Alimentação equilibrada
Os cuidados com a alimentação são um grande pilar em tudo isso. Dar preferência a frutas, verduras, legumes, cereais integrais e alimentos ricos em fibras. Ao mesmo tempo, é importante reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, presentes em frituras, embutidos e produtos industrializados.
Atividade física regular
Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida leve, bicicleta ou natação, ajudam a reduzir o colesterol LDL (“ruim”) e os triglicerídeos, além de aumentar o HDL (“bom”). Assim, é importante orientar os pacientes sobre a relevância dessas práticas.
Controle do peso corporal
Manter o índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa saudável é essencial para o equilíbrio dos lipídios.
Abandono do cigarro e moderação no álcool
Parar de fumar e evitar o excesso de bebidas alcoólicas potencializa os resultados e protege o coração.
Essas medidas devem ser adotadas de forma contínua, pois, além de melhorar o perfil lipídico, contribuem para o bem-estar geral.
Tratamento medicamentoso
Em alguns casos, só as mudanças de estilo de vida não são suficientes. Quando os exames continuam mostrando níveis elevados de colesterol ou triglicerídeos, o médico pode indicar medicamentos. Os mais utilizados são:
- estatinas: principais fármacos no tratamento, atuam reduzindo a produção de colesterol pelo fígado;
- fibratos: ajudam principalmente na redução dos triglicerídeos;
- ezetimiba: diminui a absorção do colesterol presente nos alimentos;
- inibidores de PCSK9: indicados para situações mais graves ou resistentes, proporcionando uma queda significativa do LDL.
A escolha do remédio e da dose leva em conta o perfil lipídico de cada pessoa, a presença de outros fatores de risco, como hipertensão ou diabetes, e o histórico familiar de doenças cardiovasculares.
Qual é a importância do acompanhamento médico?
O controle da dislipidemia é um processo contínuo, que exige acompanhamento regular com exames laboratoriais e consultas médicas. Esse cuidado é fundamental não apenas para ajustar o tratamento, mas também para orientar o paciente sobre a importância da adesão às mudanças no estilo de vida.
Como vimos, os problemas cardiovasculares são potencialmente fatais. Alertar os pacientes sobre essa estatística de modo humanizado e fazê-los entender a relevância de um bom acompanhamento para controle das taxas é, portanto, essencial.
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, confira também nosso conteúdo sobre colesterol alto, que explica em detalhes a relação entre esse marcador e o risco cardiovascular.
A dislipidemia é uma condição silenciosa, mas com grande impacto na saúde, já que está diretamente associada ao risco de doenças cardiovasculares. Conhecer suas causas, fatores de risco, complicações e opções de tratamento é fundamental para médicos que desejam oferecer um cuidado mais seguro e eficaz a seus pacientes!
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