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27.12.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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Por conta de sua importância, a saúde é uma das maiores preocupações da grande maioria das pessoas, seja para prevenção ou tratamento de doenças já existentes.
Embora este hábito seja realidade para muitos, também existe um grupo de pessoas que têm dificuldades na hora de lembrar de cuidar da saúde e investir em exames de prevenção. É por esta razão que são criadas campanhas como o Dezembro Vermelho, que conscientiza a população sobre a luta contra a AIDS.
Neste post, você vai conhecer um pouco mais sobre como o vírus do HIV se manifesta no corpo e por que a campanha Dezembro Vermelho é essencial no combate a doença. Por fim, também vai conhecer alguns cuidados para evitar a contaminação e o papel da Infectologia . Boa leitura!
Antes de entender a fundo o quadro médico, vale a pena destacar que o que antes era chamado de doenças sexualmente transmissíveis (DST), passou a ser chamado de infecções sexualmente transmissíveis (IST).
O motivo desta mudança, adotada inclusive por organizações como a OMS, é que é preciso salientar que mesmo que uma pessoa não manifeste os sintomas e sinta-se doente, ela ainda pode infectar outras pessoas.
De maneira geral, as infecções sexualmente transmissíveis são infecções causadas por vírus, bactérias ou parasitas, que têm a capacidade de infectar outras pessoas por meio de contato sexual. Isto é, quando há contato com secreções, ou mesmo contato com sangue infectado, pode ocorrer a contaminação.
As principais infecções sexualmente transmissíveis são: sífilis, AIDS, HPV, herpes genital e hepatites virais. Embora cada um destes quadros apresente sintomas específicos, a maioria das IST's, por atacar o sistema imunológico, pode apresentar sintomas como:
Ainda assim, é preciso frisar que muitas IST's podem não apresentar sintomas. Este é o caso da AIDS, aumentando ainda mais a importância de demandar que os pacientes façam exames regularmente e se protejam contra a infecção do vírus. Siga a leitura e entenda mais sobre este quadro.
Assim como outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, a AIDS, sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência humana, é propagada por um vírus. Este vírus tem o nome de HIV, sigla para vírus da imunodeficiência humana, em inglês.
Dessa forma, embora muitas pessoas usem os termos AIDS e HIV como sinônimos, esta equivalência não é verdadeira. Enquanto HIV se trata do vírus, a AIDS é a IST causada pela infecção deste vírus.
Com o tratamento retroviral correto, que envolve a administração de coquetéis que combatem as ações do vírus no organismo, é possível controlar a carga viral e evitar que este patógeno diminua a imunidade natural do corpo.
Quando este acompanhamento não ocorre ou o tratamento é negligenciado, doenças oportunistas podem se aproveitar do corpo e causar, inclusive, a morte destes portadores.
Segundo dados mais recentes da UNAIDS, embora cerca de 34,4 milhões de pessoas sejam soropositivas, isto é, possuam o diagnóstico de HIV, mais da metade, 28 milhões, têm acesso ao tratamento antiviral, inativando os efeitos do vírus e vivendo de maneira relativamente normal.
Embora a luta contra a AIDS tenha evoluído significativamente desde a epidemia de HIV na década de 1980, esforços e políticas públicas que abordem a importância da prevenção e das medidas sanitárias necessárias para evitar a contaminação são essenciais.
Além de conscientizar pessoas que não possuem o vírus HIV, campanhas voltadas para dar voz a pessoas com este quadro e que combatem os preconceitos a esta população são igualmente essenciais.
É justamente com este objetivo que surgiu a campanha Dezembro Vermelho. Já em 1988, a Organização Mundial da Saúde tinha instituído o dia 1º de Dezembro como "Dia Mundial da Luta contra a AIDS".
No Brasil, mais recentemente, em 2017, uma das políticas públicas criadas para aumentar ainda mais a conscientização e prevenção desta infecção sexualmente transmissível foi a campanha do Dezembro Vermelho.
A Lei 13.504/17, que regulamenta a campanha, institui a importância de atividades e mobilizações com o objetivo de falar sobre a AIDS, diminuindo os tabus e aumentando a informação sobre o tema.
Como você viu, ainda existe um grande número de pessoas que não têm acesso ao tratamento correto. Além de dados como este, a UNAIDS também afirma que no ano de 2021, quase 6 milhões de pessoas não sabiam que eram soropositivas.
É justamente com o objetivo de combater a desinformação que campanhas como o Julho Amarelo, Novembro Azul e o Dezembro Vermelho ganharam força, juntando inúmeros benefícios durante as atividades. Como principais benefícios, é possível citar a conscientização, discussão e o espaço de diálogo.
O principal objetivo da conscientização é informar para a população em geral quais são os principais cuidados necessários para evitar a contaminação, principalmente na população jovem, já que as infecções sexualmente transmissível na adolescência são um problema de saúde pública.
Assim, é possível compreender que não é possível ser contaminado pelo HIV em contatos como beijos e abraços, e evitar comportamentos como estes com portadores do vírus pode ser considerado como discriminação.
Outro benefício é a discussão de temas relativos à doença, já que isto ajuda a manter o assunto sempre em evidência e ajudar na produção de novas pesquisas. Embora a AIDS não tenha cura, são muitas as pesquisas para tentar erradicar o vírus do organismo humano.
Por fim, a campanha Dezembro Vermelho também é primordial para servir como espaço de diálogo, dando voz às pessoas soropositivas. Esta ação é importante porque a relação entre HIV e saúde mental demonstra que, sem o atendimento integral, pessoas com o diagnóstico também podem enfrentar sofrimento e estigma, que podem ser diminuídos com o diálogo e a compreensão.
Além disso, um espaço de diálogo fortalecido é importante para empoderar pacientes, processo que facilita a construção de opções terapêuticas mais benéficas entre pacientes e médicos.
Com toda esta leitura, é possível perceber como é fundamental entender como o vírus HIV é propagado e como evitar a contaminação para, assim, informar os pacientes. As principais ações para combater o vírus envolvem o sexo seguro e higienização de materiais pessoais.
Uma das principais formas de evitar a contaminação pelo vírus HIV é a utilização de preservativos, tanto masculinos quanto femininos. Além de evitar uma gravidez indesejada, este método contraceptivo previne o contato das secreções sexuais e, assim, da transmissão da IST.
Além de cuidados na relação sexual, é importante tomar cuidado com o compartilhamento de objetos perfurocortantes, como agulhas, seringas e outros objetos que possam lesionar a pele e entrar em contato com o sangue.
Assim, a utilização de seringas, agulhas e objetos descartáveis é essencial, lembrando também que objetos deste tipo devem ser de uso pessoal e nunca compartilhados e descartados de qualquer forma.
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Neste post, você entendeu em mais detalhes o que são as infecções sexualmente transmissíveis e, em especial, como o HIV e a AIDS se manifestam em nosso corpo.
Além disso, você conheceu a campanha Dezembro Vermelho e como ela é essencial para conscientizar a população e auxiliar na prevenção da AIDS e da contaminação pelo HIV.
Se você aprendeu com este conteúdo, compartilhe em suas redes sociais para que mais pessoas conheçam o Dezembro Vermelho e possam se conscientizar sobre a campanha!