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21.12.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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A utilização de dados é cada vez mais comum no mundo dos negócios, inclusive no setor de saúde. Um exemplo, é o uso do data driven na saúde (ou data-driven care), tecnologias feitas com inteligência artificial (IA), big data e machine learning que mostram a grande importância de, na atualidade, aderir à cultura data driven visando fomentar as estruturas de informação.
A seguir você entenderá o que é data driven, o que é ser uma empresa com "cultura data driven", como o conceito é aplicado na área da saúde, quais são os exemplos práticos, sua importância e os desafios superados a partir do data driven na saúde. Boa leitura!
Data driven, em tradução livre, significa gestão orientada por dados. Ou seja, é uma forma de gerenciar uma empresa que toma suas decisões com base em informações encontradas na análise e interpretação de dados.
A partir dessa estratégia, a empresa alcança dados consistentes capazes de personalizar produtos, mensagens e o fluxo de relacionamento com os clientes e demais envolvidos.
O avanço tecnológico é infindável, ou seja, estão surgindo e ainda vão surgir muitas ferramentas tecnológicas para serem usadas na Medicina. Confira as principais!
São os sistemas que possibilitam que grandes quantidades de dados sejam armazenadas e com muita segurança. Eles ainda garantem o acesso remoto e inteligente, o qual resulta em processos eficazes e em menor tempo.
Ao integrar os sistemas, fica possibilitado compartilhar em massa diversos dados, além de fazer com que diferentes setores de uma instituição de saúde funcionem de forma integrada. Esse é um dos pilares de uma cultura data driven, pois permite a visualização simultânea de dados de diferentes origens dentro da empresa.
Esta grande revolução tecnológica dos últimos anos está em constante evolução. A IA aumenta os recursos de sistemas e as ferramentas digitais com o objetivo de solucionar questões e gerar soluções mais eficientes.
O machine learning (aprendizado de máquinas) é a tecnologia embasada em algoritmos, computadores e aplicativos, proporcionando aos sistemas maiores capacidades de aprender com o processamento de dados e a identificação de formas de garantir um desempenho mais eficaz.
Big Data é um conceito que visa otimizar a capacidade de fazer coletas, de analisar e, finalmente, tratar vários dados. Sua meta é permitir decisões inteligentes e trazer resultados mais satisfatórios.
Uma empresa com cultura data driven direciona as decisões da gestão, por meio dos dados compilados a partir de uma estrutura centralizada e sistêmica. Com isso, ela conta com recursos, como Big Data e Business Intelligence (BI), para alimentar a sua base de dados.
Isso quer dizer que tudo o que é processado no sistema é considerado e utilizado como item que contém informações importantes. Dessa forma, por meio de processos e atividades, todos os setores produzirão dados a serem:
A título de comparação, da mesma maneira que uma cultura organizacional fundamenta os valores de uma empresa, o data driven cria um ambiente digital e competitivo. Além disso, a organização tende a ser mais moderna, ágil e transmite mais segurança para seus clientes.
A cultura do data driven engloba toda a instituição, sendo uma importante ferramenta de aperfeiçoamento de gestão hospitalar e clínicas de saúde. Por fim, sinalizamos que a cultura data driven tem cinco princípios básicos como pilares:
Primeiramente, é preciso iniciar a implementação de tecnologia (IA, Big Data etc.), visando automatizar a coleta de dados, acelerando seu processamento e, finalmente, gerar informações valiosas que são capazes de potencializar a capacidade de seus colaboradores para tomar decisões assertivas.
Além disso, é fundamental que todos os profissionais estejam alinhados para utilizar os dados processados para ajudar a fazer escolhas fundamentais nos setores em que estejam inseridos.
É preciso alinhar infraestrutura, tecnologia, profissionais bem treinados para aplicar o data driven na saúde, o passo seguinte é fazer o planejamento das ações com os recursos que foram desenvolvidos e serão utilizados objetivando salvar vidas.
É preciso verificar quais estruturas da clínica atuam de maneira integrada e automatizada, ainda que não haja um sistema. Essa fase é fundamental para que essa nova cultura cause impactos positivos ao ajudar no fortalecimento das mudanças.
Os funcionários da instituição de saúde devem ser os primeiros a conhecer o data driven e entender o que a gestão planeja com a aplicação dos seus conceitos. Se não existir esse engajamento e a adesão das equipes, o investimento na inteligência tecnológica não fará sentido.
Enfim, todos precisam se alinhar e se preparar para usar novas tecnologias e recursos, bem como a mudança de comportamento relacionada à coleta, tratamento e armazenamento de dados, conforme a LGPD.
Uma instituição de saúde integrada terá resultados mais eficientes, levando em consideração a velocidade e a confiabilidade como as informações se movimentam entre os setores. Além disso, a integração é capaz de uniformizar e padronizar a forma como os dados são gerados, facilitando a interpretação.
Um sistema eficiente precisa dar suporte à criação de métodos de mensuração e interpretação. Para isso, pode-se contar com a base tecnológica, o segredo do sucesso de aplicar a cultura data driven.
Com isso, vale a pena investir num sistema capaz de integrar setores e permitir a mensuração ágil de dados, visando o fornecimento de informações em tempo real para análise imediata da gestão hospitalar.
Dessa forma, o gestor consegue acompanhar a performance dos funcionários de uma forma prática, sem ter necessidade da locomoção ou promoção de reuniões descentralizadas, trazendo ganho em eficiência e tempo, sendo um fator fundamental e de competitividade.
O data driven na saúde também permite a otimização de todo o fluxo de trabalho da instituição de saúde, sendo essencial para atingir determinadas metas pela empresa. Isso é fundamental na área da saúde, em que o trabalho envolve o atendimento aos pacientes, é fundamental haver essa agilidade.
Isso porque, com a utilização dos dados como base para guiar as decisões, é possível potencializar resultados e ter poucas falhas práticas. A partir de um fluxo otimizado internamente, os serviços externos melhoram proporcionalmente, aumentando a satisfação dos pacientes e os resultados a longo prazo.
No data driven na saúde, também é essencial avaliar os resultados das mudanças criadas a partir da mensuração e da interpretação dos dados que foram coletados. Com isso, pode-se descobrir se os dados apurados têm relevância e quais os seus impactos positivos para sua empresa.
Além disso, avaliar os dados de maneira regular garante que você enxergue se a cultura data driven foi bem aplicada, explorando toda sua totalidade. Para isso, é preciso comparar o antes e o depois, quer seja no comportamento das pessoas, quer seja na assertividade das decisões tomadas pelos gestores.
A seguir, apresentamos os principais exemplos da utilização do data driven na área da saúde. Acompanhe!
O data-driven care veio para definir o conceito da gestão em saúde. E, assim como em outras áreas, quando falamos de processos complexos, não basta acumular dados, é necessário transformá-los em informação. E uma gestão eficaz das informações interfere diretamente nos cuidados com os pacientes.
Dessa forma, ao incorporar esses princípios consegue-se explorar a inteligência gerada com o manuseio adequado dos dados, favorecendo a performance dos recursos e assegurando a entrega dos melhores serviços aos pacientes através da tecnologia, seja pelo uso da inteligência artificial, seja pelo machine learning.
Até aqui falamos muito em gestores. Contudo, as equipes médicas e de outros profissionais de saúde que não atuam na gestão também se beneficiam desses recursos trazidos pelo data driven. Isso porque, eles podem se valer de algoritmos alimentados pela inteligência artificial visando diagnosticar mais precisamente várias doenças.
Com isso, pode-se chegar ao diagnóstico mais rapidamente, sem a perda de tempo ou de recursos com avaliações empíricas ou pouco concretas. Como exemplo podemos citar, as doenças respiratórias com sintomas muito parecidos, como a gripe (influenza), os resfriados, a covid-19, pneumonia, rinite, sinusite, bronquite, entre outras.
Elas apresentam sintomas muito semelhantes e, com a tecnologia, podem ser diagnosticadas com mais facilidade com base em dados anteriores — do mesmo paciente ou de outros — que ficaram armazenados no sistema.
É importante que estas ferramentas tenham interfaces intuitivas e fáceis de usar, para que médicos e demais profissionais de saúde consigam explorar o potencial do data-driven care.
Ao ser pautada em dados, uma empresa da área da saúde consegue identificar quais são os aspectos que requerem uma atenção especial. Além disso, os pontos fortes da instituição hospitalar são fundamentais para reconhecer o que há de positivo.
Dessa forma, ao mensurar dados pela utilização de indicadores é parte intrínseca das vantagens trazidas pelo data driven. Para que tudo isso seja possível, são utilizadas as ferramentas de business intelligence para indicar quais são os pontos que se destacam e os que precisam melhorar.
Com o data driven, tanto a área da diretoria das instituições de saúde quanto os gestores ficam muito mais confiantes para a apresentação de seus projetos e na elaboração das justificativas embasada por evidências e números.
Com o maior acesso aos dados de qualidade, os gestores podem tomar decisões muito mais assertivas. Isso acontece porque as informações orientam e guiam as ações, as quais podem refletir em vários processos dentro da instituição de saúde, como no gerenciamento de capacidades, por exemplo.
A tecnologia permite a gestão e o ganho de tempo em instituições hospitalares. Por isso, alcançar um atendimento ágil e eficiente, por meio do data driven é primordial.
Os processos ainda permitem o aperfeiçoamento ininterrupto dos processos em instituições de saúde. Como? Por meio de métricas de desempenho, as quais mensuram vários aspectos, como das finanças, além de ajustar e otimizar processos.
Enfim, os dados, relatórios e indicadores trazidos pela tecnologia facilitam o embasamento de decisões essenciais na administração, incluindo:
Por fim, cabe mencionar que partir da Lei nº 13.709, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) — a qual determina princípios, regras, direitos e deveres das companhias em relação ao uso e tratamento dos dados pessoais.
O maior desafio de trabalhar na área da saúde é a responsabilidade de dispensar o melhor cuidado às pessoas e, muitas vezes, salvar vidas — além de lidar com incertezas e angústias de pacientes e familiares.
A assistência à saúde é um serviço muito delicado, não havendo margem para erros. Dessa forma, os benefícios centrais do data driven na saúde é eliminar as falhas a partir de um ponto de vista estrutural.
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Nesse post, você viu tudo o que é importante saber sobre o data driven na saúde, como sua importância, os exemplos, as principias tecnologias e os desafios superados com o data-driven care nas instituições de saúde.
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