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23.8.2023
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Equipe Afya Educação Médica
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Doenças como a anemia afetam muitas pessoas no mundo inteiro. Na hora de avaliar os exames de sangue um paciente que possivelmente tenha a enfermidade, os médicos percebem nitidamente uma baixa concentração sérica de hemoglobina. O que significa que a pessoa está com perda da capacidade de transporte de oxigênio aos tecidos.
Os sintomas são variados e dependem do tipo de anemia que o indivíduo tem. Algumas pessoas podem ter problemas com a ferritina e a anemia falciforme é uma das formas de manifestação do problema.
Pode-se dizer, inclusive, que essa é uma enfermidade considerada grave. Neste post, abordaremos vários tópicos relacionados ao tema.
Deseja saber mais sobre a anemia falciforme? Continue a leitura!
A anemia falciforme é uma enfermidade transmitida do pai para os filhos, portanto, ela é hereditária. A patologia se caracteriza pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue.
As células arredondadas modificam sua estrutura e se tornam semelhantes a foices. Por essa razão, o nome é falciforme. Nessas condições, as hemácias, por terem a sua membrana alterada, rompem-se com mais facilidade.
E, como a hemoglobina, é responsável por transportar o oxigênio e dar a cor aos glóbulos vermelhos, ela é indispensável para a saúde de todos os órgãos do corpo humano. Percentualmente, pessoas negras são mais afetadas pelo mal do que brancas ou pardas.
Cada indivíduo pode sentir sintomas diferentes. Isso porque cada corpo reage de uma maneira distinta. Em algumas pessoas, os sintomas podem ser leves ou moderados. Já em outras, os pacientes podem sentir desconfortos maiores.
Geralmente, os primeiros sintomas começam a aparecer na metade do primeiro ano de vida da criança. Abaixo, citaremos os principais sintomas. Confira!
Um sintoma que geralmente afeta as pessoas com esse tipo de enfermidade, é o da dor. Causada pela obstrução de vasos sanguíneos, pelos glóbulos com formato de foice. A dor pode acometer qualquer parte do corpo, mas, na maioria das vezes, ocorre nos ossos e articulações.
As crianças costumam ter crises de dor nas mãos e nos pés, ficando com essas partes do corpo inchadas e vermelhas.
Os indivíduos com esse tipo de mal podem ter infecções variadas, como pneumonias e meningites. Por essa razão, as crianças com essa anomalia nas células do sangue precisam receber vacinas especiais de prevenção contra essas complicações.
Ao primeiro sinal de febre, os pais devem levar o infante ao hospital para fazer exames. Isso ajudará bastante para um prognóstico positivo.
A partir da adolescência podem surgir feridas perto dos tornozelos. Tais úlceras podem levar anos para cicatrizarem, caso não sejam cuidadas desde o início do surgimento. Para a prevenção, os pacientes precisam usar meias grossas de compressão.
O baço é responsável por filtrar o sangue. E, em crianças com esse tipo de patologia, o órgão pode reter o sangue e aumentar de tamanho. Isso pode ser muito prejudicial para os pequenos, que tendem a ter falta de sangue em outros órgãos, como o coração e cérebro.
A doença pode ser detectada por meio do exame de eletroforese de hemoglobina. E o teste do pezinho, realizado no hospital, quando a criança nasce, também detecta precocemente o aparecimento de problemas com a hemoglobina. Esse é mais um motivo para reforçar a importância desse exame em recém-nascidos.
Esse tipo de anemia é causado pela mutação genética e é transmitido de pai ou mãe para o filho. Se a patologia for transmitida por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que também poderá passar para os seus descendentes.
O primeiro medicamento que se demonstrou eficaz para prevenir a anemia falciforme foi a Hidroxiuréia (hydrea). Tal medicação aumenta a produção de hemoglobina e faz com que exista uma redução do número de glóbulos vermelhos deformados.
Como resultado, existem menos frequência nas crises causadas pela doença. Mas esse medicamento não pode ser usado por todas as pessoas. Depende, apenas, da indicação médica feita ao paciente.
O tratamento dos pacientes que são considerados falcêmicos consiste na manutenção da qualidade de vida e na melhoria da sobrevida. Não existe um tratamento específico, mas são medidas gerais e preventivas. O procedimento básico, inclui:
Além dessas primeiras atitudes, o tratamento sugerido pelo médico especialista pode incluir o uso de medicamentos. Veja abaixo quais são eles!
A penicilina se demonstrou eficaz e pode ser administrada em recém-nascidos com esse tipo de anemia. Seu uso é feito duas vezes ao dia, a partir dos dois meses de idade e vai até os cinco anos.
A vacina pneumocócica (PVC-7), é recomendada para ser aplicada em crianças com anemia falciforme. Pode ser injetada entre os 2 a 5 anos dos pequenos.
Conforme citado acima, atua na prevenção de surtos da doença. E é um dos medicamentos mais indicados para o quadro.
Esse tipo de tratamento permite tratar e prevenir complicações. A terapia com transfusão de sangue contribui para a prevenção de derrames em crianças.
Outra opção eficaz é um transplante de medula óssea. Ele envolve certos riscos, mas pode ser a solução para alguns pacientes.
Vale salientar que aqueles que fazem esse tipo de procedimento precisam tomar medicamentos para suprimir seu sistema imunológico para o resto de suas vidas. Portanto, caso haja um diagnóstico, é necessário instruir o paciente para que ele tenha o acompanhamento médico adequado.
Ela foi detectada pela primeira vez em meados do ano de 1910, pelo médico norte-americano, James Herrick. Foram coletadas amostras de sangue de um indivíduo da ilha de Granada, no Caribe. Nos anos 1940, a doença ainda era pouco conhecida entre os médicos. Apenas alguns hematologistas tinham conhecimento da enfermidade.
Aos poucos, o problema se tornou uma questão de saúde pública e foi sendo cada vez mais estudado por meio da busca de tratamentos de saúde para as pessoas com esse tipo de anemia.
A Medicina avança diariamente. A intensa pesquisa sobre as moléculas dos eventos fisiopatológicos desse tipo de anemia tem permitido a procura de terapias moleculares curativas e celulares.
Com vários estudos clínicos sendo realizados ao longo de 30 anos, parece existir alguma possibilidade de tratamento mais eficaz. No entanto, além de ser caro, existem alguns entraves para a sua utilização que precisam ser resolvidos.
A utilização de RNA terapêutico, a edição gênica, e outras manipulações genéticas que visam aumentar a síntese da HbF, se demonstraram promissoras para o tratamento de cura da anemia falciforme.
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