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Alergia ao frio: entenda como ocorre

Alergia ao frio: entenda como ocorre

Durante o inverno, uma queixa recorrente nos consultórios médicos é a alergia ao frio. As alergias são reações do sistema imunológico a substâncias geralmente inofensivas, desencadeando respostas adversas. Elas acontecem quando o sistema imunológico interpreta, erroneamente, estímulos como ameaças, gerando sintomas alérgicos na pele.

A coceira intensa e queimação na pele geram um grande desconforto para quem é alérgico ao frio. A rápida identificação desse problema é fundamental para aliviar os sintomas, evitando complicações para o paciente.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, abordaremos como acontece a alergia ao frio, dermatose comum no inverno. Confira!

O que é alergia ao frio?

A alergia ao frio consiste em uma condição na qual a pele reage de forma alérgica ao entrar em contato com o frio ou mudanças repentinas de temperatura.

A exposição a baixas temperaturas faz com que a pele da pessoa que sofre desse problema desenvolva manchas vermelhas, coceira intensa e inchaço. Esse processo se dá a partir de uma resposta imunológica anormal, na qual o sistema imunológico identifica, incorretamente, o frio como uma ameaça.

Assim, conforme a pele é exposta ao frio, ocorre a dilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos na pele. As células imunológicas liberam histamina e demais substâncias químicas, que fazem com que a área afetada inche, coce e fique vermelha.

Vale ressaltar que a alergia ao frio se diferencia de outros tipos de alergia pelo fato de ser provocada especificamente pela exposição a baixas temperaturas, sendo uma resposta a estímulos térmicos. Enquanto outras alergias estão relacionadas a substâncias como pólen, alimentos ou medicamentos.

Quais são as suas causas?

As causas da alergia ao frio ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, existem alguns fatores específicos que podem contribuir para a manifestação desta patologia. Descubra, a seguir, quais são elas.

Histórico familiar

A predisposição genética é um importante agente no desenvolvimento da alergia ao frio. Quando há casos recorrentes na família, há uma probabilidade maior de o indivíduo manifestar o problema desde a infância.

Sensibilidade da pele

Pessoas com pele mais sensível podem ter mais chances de ter urticária ao frio, uma vez que o contato com baixas temperaturas pode causar uma reação mais intensa em suas células de pele e sistema imunológico.

Essa sensibilidade varia conforme as características de cada paciente e pode ser influenciada por fatores como a hidratação da pele, histórico de lesões cutâneas e outros fatores ambientais. Portanto, manter a pele bem cuidada e protegida do frio pode ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas em indivíduos com sensibilidade cutânea aumentada.

Condições médicas preexistentes

Em alguns casos, a alergia ao frio pode estar associada a outras condições médicas, como infecções virais, doenças autoimunes, como lúpus, ou distúrbios hematológicos, como a crioglobulinemia.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da alergia ao frio podem se apresentar em diferentes intensidades. E, inclusive, podem ser manifestados logo após a exposição ao frio ou demorar um tempo para aparecer. Veja quais são os sintomas mais comuns desta condição.

Erupções cutâneas

Uma das manifestações clínicas mais evidentes da alergia ao frio são as erupções cutâneas, identificadas por manchas vermelhas, inchadas com coceira na pele.

Coceira intensa

Muitas vezes persistente, a coceira é recorrente em pacientes alérgicos ao frio e pode levar à irritação da pele devido ao ato de coçar. Diante disso, é importante evitar coçar a área afetada, já que esse comportamento pode agravar as lesões cutâneas.

Inchaço

O inchaço é uma reação inflamatória do corpo à exposição ao frio. Embora esse sintoma seja frequentemente localizado e não represente uma ameaça à saúde em si, pode ser desconfortável e afetar a qualidade de vida da pessoa.

Quais são os tipos de alergia ao frio?

Há dois tipos de alergia ao frio que se diferenciam devido à sua gravidade: a urticária ao frio e a anafilaxia ao frio. Na urticária ao frio, a pele reage com manchas vermelhas, coceira e inchaço localizados. Geralmente, os sintomas são apenas cutâneos, não afetando outras áreas do corpo. Por isso, é considerada de menor gravidade.

Já a anafilaxia ao frio é a forma mais grave de alergia ao frio. Nesse quadro, a reação alérgica não se limita à pele, mas afeta todo o corpo. Os sintomas podem incluir dificuldade respiratória, inchaço dos lábios e garganta, tontura, náuseas e, em casos extremos, perda de consciência.

Sendo assim, passa a ser classificada como uma emergência médica que requer atendimento imediato, pois pode ser potencialmente fatal.

Quais são os tratamentos para alergia ao frio?

Após diagnosticar um paciente com alergia ao frio, o médico alergologista pode prescrever um conjunto de medidas terapêuticas que se baseiam na gravidade dos sintomas apresentados. Acompanhe quais são os tratamentos indicados para essa condição.

Uso de antialérgicos

Os medicamentos antialérgicos, como anti-histamínicos, são fundamentais para aliviar as manifestações clínicas, como vermelhidão, coceira e inchaço na pele, tendo em vista que ajudam a controlar a resposta alérgica.

Aplicação da epinefrina

Em casos raros de anafilaxia ao frio, a epinefrina (adrenalina) pode ser necessária. Ela é administrada em emergências para controlar os sintomas graves.

Adoção de antialérgicos tópicos

Dependendo da extensão das lesões cutâneas, o médico pode recomendar o uso de cremes ou loções antialérgicos tópicos para tratar a área da pele afetada.

Como prevenir o problema?

A área da Alergologia aponta diversas medidas que ajudam a prevenir a alergia ao frio. Antes de qualquer coisa, é necessário evitar o contato da pele com o frio, vestindo-se em camadas para manter o corpo aquecido.

Ademais, o uso de roupas apropriadas, como luvas, gorros e cachecóis, para cobrir áreas sensíveis ao frio, como mãos, cabeça e pescoço, impede o contato direto com o ar gelado.

O paciente deve ser aconselhado a não se expor prolongadamente ao clima frio e ao vento, especialmente em se tratando de temperaturas extremas, em invernos rigorosos, nem nadar na água fria.

As bebidas e alimentos gelados também podem ser evitados, pois podem servir de estímulos para desencadear sintomas em pessoas mais sensíveis a esse tipo de alergia.


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O desenvolvimento de alergia ao frio pode trazer um desconforto considerável para o paciente, podendo até mesmo causar reações sistêmicas graves. Contudo, com o tratamento e prevenção adequados, é possível controlar essa doença e minimizar as suas manifestações, devolvendo a qualidade de vida ao paciente.

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