A importância da orientação médica no combate ao tabagismo

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 160 mil mortes provocadas direta ou indiretamente pelo hábito de fumar poderiam ser evitadas no país todos os anos se as medidas de combate ao tabagismo fossem mais eficientes.  

Para lembrar a sociedade sobre a importância de lutar contra o tabagismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 31 de maio como o Dia Mundial Sem Tabaco.  

O tabagismo é responsável por 12,6 % de todas as mortes que ocorrem no Brasil em pessoas com mais de 35 anos. Diariamente, a doença mata quase 430 brasileiros.  

Diante desse trágico contexto, é importante lembrar que o combate ao tabagismo é, na verdade, uma luta pela vida - e o médico tem papel fundamental neste processo.

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O que é o tabagismo?  

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O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina , uma das centenas de substâncias presentes nos cigarros comuns.    

Segundo dados da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (Vigitel), do governo federal, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1%, sendo 11,8% entre homens e 6,7% entre mulheres. Cerca de 1,3 bilhão de pessoas são fumantes no mundo.

Quais os efeitos do cigarro no corpo humano?

O uso contínuo do cigarro cria um sistema de dependência muito complexo e difícil de ser revertido. Funciona assim:

• A nicotina presente no cigarro altera o funcionamento do cérebro;  
• Entre as sensações causadas pela nicotina estão o relaxamento e bem-estar temporário;
• O fumante passa a ter a necessidade de consumir o cigarro constantemente para produzir os mesmos neurotransmissores responsáveis por essas sensações.

Malefícios do uso do cigarro

O hábito de fumar altera de forma significativa o corpo humano.  

• Provoca dependência química pela nicotina, obrigando a pessoa a a fumar várias vezes todos os dias;

• O cigarro afeta vários órgãos do corpo, podendo gerar doenças graves como cânceres, infarto do miocárdio, aneurisma de aorta, acidente vascular cerebral, além de aumentar a incidência de infecções;
• O uso constante do cigarro também tem impacto sobre as finanças do paciente, que gasta uma parte importante da sua renda com maços e acessórios como isqueiros;
• Além de afetar diretamente o fumante, o cigarro gera danos ao ecossistema - por meio de resíduos como bitucas - ou até mesmo os incêndios florestais. Estima-se que 20% dos incêndios são causados pelo cigarro.

Além do imenso número de mortes todos os anos, o tabagismo também representa um enorme peso no bolso dos contribuintes brasileiros. Os custos médicos com o tratamento de câncer e outras doenças causadas pelo consumo do cigarro gira em torno de R$ 39,4 bilhões para os cofres públicos.

Orientação profissional

Parar de fumar não é tarefa fácil. A dependência química causada pelo cigarro desperta  efeitos psicológicos sobre os pacientes, que simplesmente não conseguem reduzir a quantidade de cigarros fumados por dia. Parar de fumar repentinamente também é muito difícil.  

Dessa forma, uma pessoa que está em busca de abandonar o vício no cigarro precisa de orientação multiprofissional. Neste processo, médicos e demais profissionais da saúde exercem um papel fundamental.  

Vários especialistas também podem ajudar:

• Médicos cardiologistas: podem orientar de forma incisiva sobre os efeitos do cigarro sobre a saúde cardíaca e recomendar terapias físicas e medicamentosas para ajudar os pacientes cardíacos a superarem o vício;  
  
  Quer saber mais sobre essa especialidade? Explicamos no blog sobre a carreira na Cardiologia.
  

• Psicólogos: conseguem encontrar estratégias psicológicas de superação do vício, como a psicoterapia, a superação da dependência emocional, entre outras técnicas;
• Médicos psiquiatras: podem, por exemplo, orientar o paciente sobre como funciona o vício, os processos químicos envolvidos e sugerir tratamentos medicamentosos para auxiliar no abandono da nicotina.  
• Educadores físicos: o esporte e o exercício físico são aliados da superação de diversos processos de vício.

E você, já enfrentou o vício no cigarro? Tem familiares nessa situação?

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