Vírus Marburg: conheça seus riscos

O vírus Marburg é da mesma família do Ebola, sendo capaz de provocar uma doença grave e letal. A Guiné Equatorial, país da África Central, enfrenta um surto desse vírus. De acordo com o Ministério da Saúde e Bem-Estar do país, já foram reportadas mais de oito mortes desde janeiro. Por essa razão, o Marburg já é uma preocupação mundial.

Diversos laboratórios do mundo estão desenvolvendo testes para conseguir diagnosticar com precisão o vírus e identificar os tratamentos, para evitar casos de morte. Em comparação ao vírus Ebola, o seu avanço é mais lento, e é possível contraí-lo ao ter contato com secreções de morcegos frugívoros e de humanos contaminados.

Continue a leitura e saiba mais informações a respeito do vírus Marburg!

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O que é o vírus Marburg e onde ele surgiu?

O vírus Marburg é zoonótico, isto é, pode ser transmitido de animais para seres humanos. Os estudiosos acreditam que os morcegos frugívoros africanos da espécie Rousettus aegyptiacus sejam o reservatório do Marburg, sendo que é possível encontrá-los nas cavernas do país.

O vírus foi reconhecido pela primeira vez em 1967. Quando surgiu, cerca de 32 pessoas foram contaminadas e apresentaram hemorragia e febre. Os primeiros indivíduos contaminados foram funcionários de um laboratório que estavam realizando autópsias em macacos de Uganda. Em seguida, os seus familiares e médicos também foram contaminados.

O surto da febre hemorrágica era provocado por um vírus desconhecido que recebeu o nome de Marburg — cidade que teve a maior quantidade de casos. A primeira epidemia aconteceu entre 1999 e 2000 e chegou a matar mais de 70% das pessoas contaminadas.

Para evitar problemas de contaminação, é preciso orientar os pacientes a evitar de ir às cidades em que o surto do vírus está ocorrendo. Afinal, a taxa de transmissão é elevada e eles podem propagá-lo para outras pessoas.

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Como ele se comporta?

O vírus Marburg é transmitido rapidamente pelo sangue ou por secreções do morcego ou do indivíduo contaminado. O período de incubação do vírus que provoca a doença é de 3 a 10 dias. Já a fase aguda da enfermidade ocorre entre 7 e 14 dias após a manifestação dos primeiros sintomas.

Esse vírus provoca febre elevada, dores musculares, náuseas, vômitos, cansaço extremo, mal-estar, dor de cabeça intensa, diarreia constante e, em algumas situações, hemorragias em diversas partes do corpo, como no nariz e nas gengivas.

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Por quais razões ele é tão letal?

O vírus Marburg é letal devido à elevada perda de sangue que provoca, podendo levar a pessoa a óbito entre 8 e 9 dias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse vírus é um dos mais letais do mundo.

No início, o paciente começa a sentir febre alta, dor de cabeça intensa e um forte mal-estar. O vírus atinge principalmente as células do sistema circulatório. Assim, ele afeta drasticamente a permeabilidade dos vasos dos sistemas circulatórios.

O vírus também é letal por conta do difícil diagnóstico, visto que ele apresenta sintomas semelhantes a outras enfermidades, como a malária. Logo, caso o tratamento demore, o infectado pode morrer em poucos dias.

Para um diagnóstico preciso, é fundamental que o profissional conheça o histórico do paciente, saiba quais os locais que ele visitou e se existem casos da doença na região. Alguns exames podem ser feitos para confirmar a presença do vírus, como o RT- PCR e o ELISA.

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O que acontece no organismo humano após a infecção?

O corpo humano, ao ser infectado pelo vírus Marburg, fica muito fragilizado, já que os sintomas são intensos. O indivíduo sente-se fraco e precisa de atendimento rápido, pois pode sofrer uma forte hemorragia e uma desidratação intensa. Caso não seja atendido por um profissional especializado, ele pode morrer.

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Quais cuidados estão sendo adotados pelos demais países?

O vírus Marburg é contagioso e letal. Por essa razão, é necessário que os países adotem uma estratégia eficiente e rigorosa de controle. Assim, alguns cuidados já estão sendo tomados, como o isolamento de pessoas afetadas.

Ainda não existe um tratamento eficiente, mas algumas ações podem ser realizadas para que a doença não avance nem cause mortes ao redor do mundo, como a administração de medicamentos que evitem a situação de mal-estar e desidratação.

Para diminuir a possibilidade de infecção, esforços precisam ser realizados com o objetivo de identificar os casos suspeitos e encontrar pessoas que tenham sido infectadas pelo vírus. Muitos países utilizam os canais de comunicação para conscientizar a população e para prevenir a doença.

Além do mais, um cuidado imprescindível é a utilização de roupas protetoras para tratar os doentes, como máscaras, óculos, toucas, entre outros. Diversos profissionais de saúde já estão sendo treinados para cuidar dos pacientes contaminados, uma vez que eles precisam estar preparados para realizar um atendimento rápido e preciso.

No Brasil, por exemplo, é indicado que os especialistas monitorem as pessoas que visitaram a região epidêmica e, também, orientem quanto à realização da quarentena para evitar que a população brasileira seja afetada.

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Já existe vacina e teste para o vírus?

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está desenvolvendo o PCR capaz de identificar o vírus Marburg. Dessa forma, a fim de evitar uma elevada quantidade de mortes, os estudiosos estão trabalhando em um teste para que o diagnóstico seja feito rapidamente e para que o vírus não se espalhe pelo mundo.

O Ministério da Saúde está atento à situação e os laboratórios referência no assunto já estão realizando a coleta de sangue de pessoas suspeitas. Para evitar qualquer agravamento, foram criadas unidades sentinelas. Nesses locais, o sangue dos indivíduos é coletado e examinado.

Os Estados Unidos também não ficaram de fora. O país já está elaborando um imunizante, e os resultados são promissores. A vacina já foi testada em diversas pessoas saudáveis e tem a finalidade de evitar a febre hemorrágica provocada pelo vírus.

Essa vacina é elaborada por meio de um adenovírus alterado de um chimpanzé, que não pode se replicar ou infectar alguma célula. A vacina apresenta uma glicoproteína capaz de produzir respostas imunes contra o vírus.

Durante o processo de estudo e elaboração da vacina, os resultados foram seguros e não existiram situações adversas. Os participantes que testaram a vacina apresentaram uma imunidade duradoura e forte à glicoproteína.

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Como foi o surto do Ebola e quais as relações com o surto do vírus Marburg?

Como já foi mencionado, o vírus Marburg é semelhante ao Ebola. Sendo assim, para entender os riscos e os problemas que podem ocasionar o Marburg, é válido ressaltar as características do Ebola.

O Ebola surgiu em 1976, na República Democrática do Congo. O vírus era algo desconhecido e matou centenas de pessoas na época. Com o passar do tempo, ele desapareceu, assim como aconteceu com outros surtos.

Com o decorrer do tempo, ele surgiu novamente na África Ocidental, primeiro na Guiné e, em seguida, nos países vizinhos. Com isso, a quantidade de óbitos foi aumentando. Na época, a diretora da OMS declarou que a situação era preocupante e que era necessário ter atenção.

Com o objetivo de evitar que os países fossem afetados, foi feita uma área de isolamento. Forças militares foram convocadas para impedir que as pessoas saíssem da área e levassem o vírus para outro local.

Os pacientes que apresentavam o vírus tinham febre alta, diarreia, falência dos órgãos, hemorragia interna, vômito e dor de cabeça. É possível perceber que os sintomas são parecidos com os do vírus Marburg.

O Ebola também é considerado uma zoonose, ou seja, uma infecção em animal capaz de atingir o ser humano. Assim, quando uma pessoa entra em contato com um animal contaminado, seja para comê-lo ou para pegá-lo, o vírus pode ser propagado. Desse modo, inicia-se o surto.

O diagnóstico do Ebola também não é simples, pois apresenta sintomas parecidos com outras doenças já conhecidas. Atualmente, o Ebola pode ser diagnosticado em laboratório, uma vez que já foram desenvolvidos testes eficientes.

O tratamento realizado com os indivíduos que apresentam o vírus é a hidratação. Além disso, os médicos buscam manter os níveis de oxigênio e pressão sanguínea dos pacientes. Durante os cuidados, os especialistas devem usar vestimentas apropriadas, para que eles não peguem a infecção e não a transmitam para terceiros.

Logo, para evitar que o Ebola e o vírus Marburg atinjam outras pessoas, é necessário tomar todos os cuidados necessários, tanto os profissionais quanto os pessoais. Como vimos, em caso de surto em alguma região, é primordial evitar ir ao local.

Caso o indivíduo tenha contato com alguém que visitou a região afetada pelo vírus, é necessário notificar as entidades competentes e ficar isolado durante os dias recomendados para evitar uma possível pandemia.

Diversos testes e soluções estão sendo desenvolvidos para que os vírus não se disseminem pelo mundo e provoquem óbitos. Mas, para alcançar o sucesso, é preciso ter cuidado e tomar todas as precauções possíveis.

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Qual a diferença entre surto, epidemia, pandemia e endemia?

Para compreender a situação atual e os riscos do vírus Marburg, é preciso conhecer alguns conceitos. Veja a seguir!

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Surto

O surto ocorre quando existe um aumento repentino da quantidade de casos de uma determinada doença em uma região específica. Para ser considerada uma situação de surto, a elevação de casos deve ser maior do que o estimado pelas autoridades, como é o caso do vírus Marburg na Guiné Equatorial.

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Epidemia

A epidemia acontece quando ocorre um surto de uma doença em diversas regiões. O vírus Marburg também é considerado epidêmico, pois já atingiu pessoas que estão perto da Guiné Equatorial. Os especialistas estão buscando meios de controle.

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Pandemia

A pandemia consiste em uma das piores situações, pois o vírus é espalhado para todas as regiões do planeta, como o que ocorreu com o Coronavirus. Assim, todas as pessoas têm a possibilidade de contrair a enfermidade. Caso o vírus Marburg se espalhe pelo mundo, será um caso de pandemia, e os órgãos governamentais deverão tomar medidas de controle.

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Endemia

A endemia não está relacionada à quantidade de pessoas infectadas. Uma doença é considerada endêmica quando é típica de uma região, ou seja, ela é recorrente apenas naquele lugar, podendo ser sazonal.

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Quais os riscos de uma disseminação mundial?

O risco da disseminação da febre de Marburg é elevado, já que o vírus pode ser transmitido pelo contato com secreções. A disseminação mundial pode ocasionar a morte de milhares de pessoas em poucos dias. Afinal, se o sistema de saúde ficar sobrecarregado, muitos indivíduos podem sofrer com a falta de atendimento.

Segundo a OMS, o risco de disseminação do vírus é considerado elevado nacionalmente, moderado regionalmente e baixo globalmente. Atualmente, as nações mais vulneráveis ao vírus são Gabão, Camarões e Guiné Equatorial.

Caso ocorra uma disseminação mundial, todos os países terão que tomar medidas eficientes para que o vírus afete um menor número de pessoas, visto que a letalidade é elevada.

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Qual a importância do infectologista?

O infectologista é o profissional capacitado e treinado para fazer o diagnóstico do vírus, recomendar o melhor tratamento e indicar a melhor forma de prevenir da doença. Isso porque, com os anos de estudo, ele se torna um especialista em infecções provocadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas.

O infectologista é o médico responsável por receitar o remédio ideal para a doença. Dessa forma, ao sentir febre, apresentar lesões da pele, dores de cabeça intensa e os outros sintomas mencionados, é válido buscar pelo profissional o mais rápido possível.

Ao seguir as recomendações dos profissionais, diversos males podem ser evitados. Saiba que é preciso ficar atento aos noticiários para conhecer a dimensão do problema e tomar atitudes que evitem a contaminação.

Como vimos, o vírus Marburg é uma importante infecção, que precisa de muita atenção e cuidado. A população deve ficar atenta às regiões afetadas, e os infectologistas precisam agir de forma rápida e precisa.

Todos os países já estão em alerta e tomando medidas para que não ocorra uma disseminação mundial, uma vez que as consequências seriam devastadoras e prejudiciais para a população. Com a adoção de boas estratégias, é possível evitar a contaminação do vírus e a morte de milhares de pessoas.

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