Vacina contra osteoporose: como funciona?

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Saber sobre a possibilidade de uma vacina contra osteoporose é fundamental para se manter atualizado sobre as novidades na Medicina. Essa doença pode ser assintomática no início, mas pode levar a fraturas ósseas dolorosas, especialmente nos quadris, coluna vertebral e joelhos.

Em vista disso, vamos explicar o que é a osteoporose, como é o manejo desse quadro para evitar complicações e como a funcionam os tratamentos disponíveis, além das perspectivas de uma vacina própria para a condição. Acompanhe a leitura e saiba mais sobre essa temática!

O que é a osteoporose

A osteoporose é uma doença que pode se desenvolver silenciosamente por muitos anos, apesar de ser mais comum em mulheres após a menopausa. O quadro é caracterizado pela perda de massa óssea, que afeta a estrutura dos ossos.

Nesse caso, a redução da matriz óssea deixa os ossos frágeis e mais propensos a fraturas, principalmente em mulheres e em pessoas de mais idade. Após a menopausa, a situação tende a se agravar devido à diminuição dos níveis de estrogênio.

Isso acontece porque o estrogênio é um hormônio que ajuda a manter os ossos mais saudáveis. Como o nível desse hormônio cai após a menopausa, os ossos se tornam mais finos e frágeis.

No entanto, a osteoporose também pode afetar homens e, inclusive, jovens atletas. A explicação para esse fenômeno está associada a falhas nutricionais ou mediante condições patológicas ligadas ao metabolismo do cálcio. Por isso, uma nova vacina contra osteoporose pode representar soluções significativas para quem tem esse diagnóstico.

Fatores de risco

Geralmente, o risco de desenvolver osteoporose é influenciado pela idade. Contudo, existem fatores associados ao gênero, origem étnica e disfunções orgânicas que podem levar ao surgimento desse quadro em pessoas mais jovens.

Sobre o fator gênero, há evidências que apontam as mulheres como um grupo mais suscetível à perda de massa óssea do que os homens. Mas em se tratando de idosos, mesmo em homens, há uma tendência à fratura do quadril e da coluna vertebral resultante da osteoporose.

A etnia também é uma fator de risco importante, já que a osteoporose também é mais prevalente em pessoas de origem europeia ou asiática. Segundo os estudiosos e pesquisadores desse tema, essa propensão se deve, provavelmente, às diferenças na estrutura óssea e no pico de massa óssea.

Além disso, o desenvolvimento da doença também pode ter relação com certos medicamentos. Alguns remédios apresentam efeitos colaterais que causam o enfraquecimento dos ossos, o que faz aumentar o risco de fraturas provocadas por quedas.

Panorama da osteoporose no Brasil

Destacamos alguns dados divulgados pelo Ministério da Saúde a respeito da realidade dessa doença em território nacional. Os números são preocupantes, principalmente para quem atua na área médica e enfrenta desafios na rotina da prática clínica.

No Brasil, os gestores da Saúde Pública buscam meios de manejar a doença e reduzir os impactos causados por ela. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com esse quadro, principalmente naqueles com idade mais avançada.

Veja os números dessa doença, uma das que mais desafiam a carreira médica:

  • cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil e apenas 20% sabem ter a doença;
  • a osteoporose provoca 200 mil mortes por ano no país;
  • em homens e mulheres idosos, 90% dos ossos quebrados são resultado de uma queda;
  • a dificuldade de acesso à saúde contribui para a evolução do quadro e aumenta o número de óbitos por osteoporose como doença de base;
  • com o envelhecimento da população, cerca de 80% dos indivíduos que sofreram fraturas por fragilidade óssea permanecem sem tratamento;
  • 1 em cada 3 mulheres e 1 em 5 homens com 50 anos ou mais sofrerá uma fratura por fragilidade óssea;
  • nas mulheres, a fratura de quadril é mais comum que o câncer de mama, enquanto nos homens, é mais comum que a neoplasia de próstata.

Prevenção da osteoporose

Como já descrito, a vacina contra a osteoporose pode ser a solução para diminuir os impactos desse quadro sobre a saúde de nossa população. Sem tratamento, as pessoas que têm os ossos frágeis e quebradiços podem sofrer fraturas mais facilmente. Às vezes, em casos mais avançados, o osso quebra em incidentes como uma queda, uma pancada, movimento brusco ou até mesmo com um espirro ou tosse.

Mesmo que a perda óssea possa ser acelerada por algumas condições fisiológicas ou hereditárias ou étnicas, existe prevenção para a doença.

Para tanto, é necessário que algumas atitudes sejam tomadas a tempo. Veja as melhores alternativas e orientações para passar aos seus pacientes:

  • manter um estilo de vida saudável para os ossos: fazer exercícios físicos regularmente;
  • se possível, fazer exercícios com pesos e de fortalecimento dos músculos;
  • optar por uma dieta nutritiva rica em cálcio, vitamina D, proteínas e outros nutrientes importantes;
  • evitar hábitos nocivos para a saúde: dizer não ao tabagismo e ao consumo de bebidas alcoólicas.

Vacina contra osteoporose

Na Medicina, existem pesquisas em andamento para desenvolver novas terapias mais eficazes para tratar a osteoporose. Essa é uma área de grande interesse na Medicina Preventiva. Porém, até o momento, ainda não existe nenhuma vacina disponível e que seja especificamente para essa condição.

Por enquanto, a maioria dos pacientes utiliza remédios para aumentar a densidade dos ossos e evitar o risco de fraturas. Os melhores tratamentos são à base de suplementos de cálcio e vitamina D. Igualmente relevante é associar essas terapias a mudanças no estilo de vida, pois isso pode melhorar ainda mais os resultados.

Atualmente, o melhor tratamento para osteoporose é uma injeção de imunomodulador. O paciente toma essa injeção a cada seis meses para controlar a reabsorção óssea e fortalecer os ossos.

Mas a boa notícia é que um tratamento mais eficaz está em andamento. Segundo informações divulgadas pelo Jornal da USP, as expectativas sobre a nova injeção — considerada por muitos como vacina contra osteoporose — são animadoras. Isso porque a nova injeção poderá potencializar a formação óssea em até 20%.

Quem poderá utilizar o novo tratamento?

A nova injeção é indicada principalmente para pacientes de alto risco. Quanto ao modo de uso, os pacientes devem recebê-la mensalmente. Os idealizadores desse tratamento esperam resultados melhores e em menos tempo de uso.

A osteoporose é uma doença silenciosa e que exige atenção e cuidado

Raramente ela apresenta algum sinal antes de sua consequência mais grave: as fraturas. Logo, o ideal é manter as medidas de educação preventiva e oferecer o tratamento mais adequado aos pacientes até que a nova injeção ou até uma vacina contra osteoporose estejam disponíveis.

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