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Transtorno conversivo: o que é?

Transtorno conversivo: o que é?

Você sabia que o transtorno conversivo é uma forma de somatização? Isso significa que condições mentais, como traumas ou estresse, se manifestam na pessoa por meio de sintomas físicos, sem que existam mecanismos fisiopatológicos que expliquem essas manifestações.

Esse fenômeno acende um alerta sobre a saúde mental e a importância de mantê-la equilibrada. Afinal, o transtorno conversivo resulta da dificuldade que a pessoa tem em lidar com suas emoções, aspectos psicológicos e condições mentais que requerem tratamento.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo para entender exatamente o que é o transtorno conversivo, suas causas, sintomas, características, fatores de risco e opções de tratamento.

Como está a saúde mental da população?

Já não é mais novidade para os especialistas que aspectos relacionados à mente têm um grande potencial para afetar o equilíbrio da saúde física. Por isso, como explicamos na introdução, tem sido cada vez mais debatida a importância do cuidado com a saúde mental.

Inclusive porque, atualmente, cerca de um bilhão de pessoas no mundo convivem com algum tipo de transtorno mental. No Brasil, os casos de depressão são preocupantes, já que o nosso país concentra a maior quantidade de diagnósticos na América Latina.

Além disso, não podemos deixar de lembrar que existem fatores que acabam contribuindo para o agravamento da saúde mental das pessoas. Durante a pandemia de covid-19, por exemplo, a prevalência de ansiedade e depressão ao redor do mundo aumentou cerca de 25%.

Esse problema se refletiu até mesmo nos mais jovens, já que, na população com idade entre 15 e 24 anos, 19% disseram que, muitas vezes, se sentem deprimidos ou apresentam pouco interesse em fazer suas atividades. Outro problema relacionado aos mais jovens é o fato de que quase 80% desses pacientes que apresentam distúrbios ou problemas de saúde mental não têm o devido acompanhamento.

Mas, ao mesmo tempo em que tudo isso impacta a saúde e a qualidade de vida das pessoas, é preciso considerar que existem prejuízos financeiros. A ansiedade e a depressão, por exemplo, tem um custo de cerca de um trilhão de dólares por ano para a economia mundial. Sendo assim, é indispensável olhar para esse aspecto com mais atenção e formar especialistas na área.

O que é o transtorno conversivo?

O transtorno conversivo é um conjunto de sintomas neurológicos que não resulta de qualquer tipo de problema estrutural. Em outras palavras, ocorre uma série de fenômenos que comprometem a qualidade de vida da pessoa, mas as manifestações não são compatíveis com mecanismos fisiopatológicos e não parecem estar ligadas a vias anatômicas.

Essa condição também é conhecida como transtorno de sintomas neurológicos funcionais e pode ser classificada como um transtorno somatoforme. Assim, há a somatização de fenômenos mentais que se expressam como sintomas físicos, mesmo sem que a pessoa tenha uma condição física que justifique ou desencadeie essas manifestações.

Quais são as causas desse transtorno?

O transtorno conversivo é desencadeado por desequilíbrios da saúde mental. Assim, as causas são questões psicológicas – por exemplo, a pessoa viver um momento muito estressante ou de grande pressão.

Essa sobrecarga para a mente acaba desencadeando os sintomas neurológicos funcionais. Ou seja, a pessoa pode ter perda de sentido, paralisia ou convulsões. Isso porque a mente, de certa maneira, transforma o sofrimento emocional em sintomas físicos, nesse caso, de ordem neurológica.

Além do estresse intenso, o transtorno conversivo também pode ser causado por conflitos internos, depressão, ansiedade, experiências traumáticas entre outros fatores que causam sofrimento mental e a somatização dele.

Como o transtorno conversivo se manifesta?

A manifestação do transtorno conversivo pode ocorrer, muitas vezes, de forma abrupta. Após um evento extremamente estressante, a pessoa pode começar a apresentar os primeiros sinais do problema.

Por exemplo, em resposta a uma pressão intensa que esteja vivenciando, a pessoa pode, de forma súbita, perder a sensação em um dos membros ou ter convulsões.

Existem casos em que o transtorno conversivo se manifesta como um episódio único, mas também podem ocorrer episódios esporádicos de forma repetida. Há ainda a possibilidade de que os sintomas se tornem crônicos, embora, na maioria das vezes, esses episódios não tenham uma longa duração.

Quais são os sintomas mais característicos do transtorno?

Perceba que estamos falando a respeito de um transtorno de sintomas neurológicos funcionais. Por isso, essa condição desencadeia manifestações muito diversificadas. Assim, isso tende a variar de uma pessoa para a outra.

De toda forma, algumas das manifestações mais comuns são:

  • debilidade de um ou mais membros;
  • paralisia;
  • episódios de surdez ou cegueira;
  • convulsões;
  • perda de sensibilidade;
  • movimentos descoordenados ou muito bruscos.

Além de tudo isso, também pode ocorrer:

  • problemas na fala;
  • perda de equilíbrio;
  • falta de coordenação;
  • tremores;
  • alterações da consciência;
  • retenção urinária;
  • dificuldade para comer;
  • fraqueza.

Existem fatores de risco para o transtorno conversivo?

Uma vez que o transtorno conversivo está relacionado a condições de saúde mental, os fatores de risco para a manifestação do problema são, principalmente, essas condições, especialmente quando não recebem o devido acompanhamento e tratamento.

Pessoas com traços de personalidade mal-adaptativa também têm uma tendência maior a desenvolver o transtorno conversivo, assim como aquelas que enfrentam fatores estressantes com frequência ao longo da vida.

Além disso, indivíduos que já possuem alguma condição neurológica que provoca sintomas, como a epilepsia, apresentam um risco aumentado para a manifestação dos sintomas do transtorno conversivo.

Qual é o tratamento para transtorno conversivo

Para tratar essa condição, o ideal é que seja feita uma abordagem multidisciplinar. Primeiro, é necessário vencer o desafio do diagnóstico, já que é preciso descartar qualquer outra condição que possa estar desencadeando os sintomas.

Uma vez que o transtorno foi diagnosticado corretamente pelo psiquiatra, a pessoa será esclarecida sobre o seu quadro e encaminhada para a psicoterapia. O ideal é tratar a condição mental, modificando padrões de comportamento e de pensamento que podem contribuir para a manifestação dos sintomas.

Existem situações em que há necessidade, também, do uso de medicamentos. É o caso, por exemplo, das pessoas que apresentam quadros depressivos ou de ansiedade.

As sessões de fisioterapia costumam ser muito úteis para trabalhar a coordenação motora do paciente. Outras intervenções ainda podem ser adotadas conforme a orientação do especialista em Psiquiatria ou psicologia, de acordo com a necessidade do quadro de cada um.

De qualquer forma, é importante sempre lembrar que o transtorno conversivo tem as suas origens nas condições de saúde mental. Sendo assim, ao tratar o paciente, é necessário compreender o que está desencadeando esses problemas para que a abordagem alcance a raiz dele para promover equilíbrio para a mente e, por consequência, para o organismo.

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