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17.11.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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No Brasil, a prática da teleconsulta entre médico e paciente foi um dos diferenciais para a assistência à saúde durante a pandemia de Covid-19, desde 2020. Assim, essa modalidade ganhou espaço, notoriedade e mais adeptos. Médicos e outros profissionais da saúde viram como uma importante solução para minimizar os impactos do coronavírus.
Com esse crescimento, outros ramos dessa metodologia — como a telemedicina aumentada — passaram a integrar a realidade brasileira. Diante dessas novas possibilidades, que envolve telessaúde e cuidado com o paciente, a população foi beneficiada por essa inovação tecnológica.
Gostaria de saber mais sobre a importância da telemedicina aumentada na prática clínica? Aproveite a leitura!
Embora seja senso comum pensar que a telemedicina é uma ferramenta recente, isso é um equívoco. Na verdade, a popularização desse recurso foi maior durante a pandemia, mas ela é anterior à era digital, inclusive.
Para se ter uma ideia, a telemedicina foi criada década de 1950, em Israel. Na época, foram usadas tecnologias ainda bastante rudimentares se comparados aos equipamentos modernos que a Medicina tem à disposição na atualidade.
Assim como a telemedicina tradicional, a aumentada corresponde à adaptação das práticas médicas para oferta do serviço à distância. Porém, esse recurso é acoplado com novas tecnologias que permitem uma visualização melhor de órgãos e estruturas em exames, por exemplo.
Outra diferença é em relação à ampliação desses serviços. Antes, a telemedicina era disponível apenas para certas camadas da sociedade. Porém, desde o advento da internet e a globalização, o uso desses recursos se tornou mais comum e transformou a maneira de pensar a promoção e a prevenção da saúde.
Atualmente, o uso de Realidade Aumentada nos equipamentos novos permite revolucionar tais serviços, oferecer terapias digitais e ampliar a assistência.
De fato, o que aconteceu de diferente nos últimos anos — e colocou a telemedicina no centro das atenções — foi a regulamentação das teleconsultas pelos órgãos competentes. Isso serviu para popularizar os serviços e aumentar a oferta de procedimentos médicos digitais, antes muito limitados.
No Brasil, o serviços voltados para a telemedicina, principalmente aplicada no teleatendimento, exames à distância e emissão de laudos online já ganhou um espaço considerável. Porém, o uso da Realidade Aumentada nesses serviços ainda é novidade tanto para profissionais como para os pacientes, sobretudo para o monitoramento de doenças raras.
Assim, a adesão a esse formato de atendimento precisa se consolidar e acompanhar a tendência mundial. Desde que a telemedicina começou em Israel, esse recurso se expandiu muito rapidamente. Embora já existam inúmeras modalidades de serviços, o foco desse tipo de assistência está nas vantagens de atendimento médico remoto e também no envio de laudos à distância.
Por esse motivo, muitas empresas que atuam na gestão de saúde, hospitais e instituições que oferecem formação em Medicina trabalham ativamente para promover e disseminar os benefícios da telemedicina. A meta é aumentar a adesão e atrair mais profissionais para esse ramo.
Depois da experiência da pandemia da Covid-19, algumas das melhores universidades de Medicina do país estão implementando mudanças na grade curricular médica. O objetivo é privilegiar esse modelo de atendimento e chamar a atenção dos futuros médicos para as vantagens que a Realidade Aumentada representa para a prática clínica.
Diante dos benefícios, a tendência é que a telemedicina cresça cada vez mais. Assim, desde o início da graduação, os futuros médicos estão sendo treinados em procedimentos voltados para essa prática. Ter essa base é essencial para, depois, utilizarem os recursos da telemedicina aumentada.
Também há um fomento por parte do Governo Federal ao desenvolvimento e implantação de mais programas de assistência centrados no teleatendimento. A realidade da saúde pública requer ampliação urgente da oferta de serviços com vistas à cobertura da demanda, sobretudo pelo SUS, como demonstra o TIC Saúde 2021.
Essa ferramenta é útil para atendimento, tratamento, monitoração de doenças crônicas e também para a prevenção e promoção da saúde. Assim, a telemedicina aumentada pode simbolizar o caminho para ampliar o acesso à saúde da população e promover a inclusão, de fato.
Em vias gerais, a inteligência artificial (IA) é um interessante campo de pesquisa que utiliza recursos tecnológicos avançados. A meta é explorar mecanismos ou dispositivos específicos para potencializar a aplicabilidade de determinados serviços. Por meio da IA, é possível reproduzir diversas habilidades e capacidade do ser humano.
Na prática, o avanço da tecnologia possibilita até mesmo imitar características que, antes, eram exclusivamente humanas. Um exemplo clássico é a capacidade de solucionar problemas. Hoje, na área médica, já existem alguns procedimentos de telemedicina que se valem dessa “racionalidade” tecnológica para resolver problemas.
Por esse motivo, a inteligência dos computadores — também conhecida por Machine Learning — traz benefícios bastantes significativos quando aplicada à saúde. Tanto para abordagens diagnósticas quanto para tratamento, tais recursos fazem a diferença na rotina médica.
Ou seja, a cada dia mais, a IA têm sido amplamente empregada para auxiliar na detecção de diagnósticos em diferentes tipos de exames e doenças como o câncer. Para essa função, por exemplo, utiliza-se uma ampla base de dados, acoplados a ferramentas extremamente específicas.
Assim, a eficácia desses serviços é um dos aspectos que mais influenciam a disseminação dessa metodologia de trabalho. Por meio da inteligência artificial é possível identificar alterações milimétricas, com cerca de 90% de acurácia na identificação dos detalhes de grande importância diagnóstica.
Atualmente, explorar os benefícios que a telemedicina aumentada proporciona gera, por si só, vantagens competitivas aos profissionais das mais diversas áreas da saúde. Globalmente, essa metodologia ficou conhecida como eHealth ou “saúde digital”. Nesse contexto, as projeções são excelentes, apesar da consciência de que ainda há muitos desafios a serem superados.
Originalmente, a Realidade Aumentada foi aplicada em jogos. Hoje, porém, ela se tornou uma importante aliada da telemedicina. Por tal razão, a aplicação desse conceito na Medicina nunca foi um recurso tão valioso.
Conceitualmente, pode-se afirmar que a Realidade Aumentada ou (RA) promove uma interação do mundo real com elementos digitais projetados em uma tela 2D, como os smartphones. Provavelmente, você deve se lembrar do jogo de celular Pokemon-Go. Quem sabe, você até já tenha participado e caçado Pokémons por vários locais da cidade, não?
Entre as características que tornam a telemedicina tão importante destacam-se a praticidade, a otimização do tempo e a maior acessibilidade. Graças a essa possibilidade, é possível oferecer diagnósticos e atendimento de qualidade para quem vive em regiões isoladas. Afinal, tudo isso pode ser feito com alguns cliques em um aparelho conectado à internet.
Como aconteceu durante a pandemia de Covid-19, essa tecnologia possibilita, de forma eficaz, que médicos de diferentes lugares do globo compartilhem seus conhecimentos e se unam para a realização de procedimentos remotos. Tal prática representa um salto enorme para a Medicina, que está evoluindo bastante e conquistando novos espaços no mercado da saúde.
Como você percebeu, é incrível o que os recursos de tecnologia integrados à saúde podem nos proporcionar. O uso da Realidade Aumentada na Medicina ainda está sendo utilizado globalmente. Além disso, há investimentos em pesquisas, sobretudo em cirurgias de grande porte e que podem ser realizadas por meio dessa ferramenta.
Assim, a cada dia surgem novas tecnologias capazes de aprimorar processos já existentes e agregar valor à prática clínica. Com isso, novas especialidades também estão sendo contempladas com o trabalho à distância. Profissionais de Psiquiatria e Nutrologia, por exemplo, estão explorando essa ferramenta para monitorar tratamentos remotos.
Elencamos alguns dos diferenciais que tornam a telemedicina aumentada um sucesso entre os diferentes campos da saúde. Veja quais são!
O cenário atípico da pandemia exigiu a busca de novas estratégias para remodelar o atendimento e prover a assistência necessária aos pacientes. Por isso, os especialistas utilizaram as ferramentas disponíveis e compartilharam seus conhecimentos com outros profissionais.
Assim, a telemedicina aumentada permitiu que profissionais de saúde de diferentes pontos do planeta, incluindo os mais remotos, alcançassem a população doente durante a pandemia. Ou seja, esse foi um recurso essencial, pois possibilitou diagnósticos mais detalhados, seguros e confiáveis à distância e ajudou a salvar vidas.
Cardiologistas, neurologistas e pneumologistas estão entre os profissionais que podem explorar os benefícios da telemedicina aumentada. Com os recursos de IA e de RA, o médico pode visualizar melhor as estruturas e definir condutas mais específicas, conforme o grau de comprometimento da doença.
Além disso, exames como eletrocardiograma, eletroencefalograma com mapeamento cerebral, mapa de pressão arterial, registros de holter e teste de bronco-dilatação também podem ser feitos à distância. O paciente pode realizar o procedimento à distância e ser monitorado, em tempo real, pelo seu médico.
Por meio de um protocolo específico, os dermatologistas também estão aptos a prestar atendimento em teledermatologia. Para tanto, esses profissionais podem utilizar fotografias para detecção de lesões, alergias, acompanhar a evolução de procedimentos faciais ou outros quadros comuns a essa especialidade.
A neurocirurgia foi uma das primeiras especialidades a se utilizar desse recurso tecnológico, já no início do século XXI. Primeiramente, os profissionais fizeram aplicações endovasculares, e, posteriormente, utilizaram essa ferramenta para desenvolver o primeiro endoscópio neurocirúrgico com RA.
Desde 2016, após diversas publicações de artigos nessa temática, houve mais discussão sobre o uso desse tipo de tecnologia para ressecção de tumores. Outras áreas que cresceram muito foram as de cirurgias neurovasculares abertas, procedimentos invasivos na coluna vertebral e ressecção cortical em tratamentos para epilepsias.
De certo, este é um recurso altamente valioso para quem atua na Medicina. Independentemente do nível de formação médica, atualmente, é necessário manter-se alinhado às novidades que surgem nesse campo. Na verdade, as projeções futuras estão, praticamente, direcionadas para as práticas centradas em tecnologias da saúde.
Por ser uma área muito complexa, o ideal é que o médico faça cursos focados nesse tema. Como a tecnologia evolui muito depressa, quem almeja ser um profissional de destaque deve acompanhar as tendências da tecnologia para a saúde.
Em linhas gerais, os recursos de RA possibilitam que os médicos realizem procedimentos como cirurgias visualizando detalhes do corpo humano. E o que é melhor: sem pôr em risco pacientes reais. De maneira bem interativa, é possível mesclar o real com elementos digitais e simular aspectos dimensionais, mas em consonância com a realidade da rotina médica.
Vale destacar, ainda, que para atuar por meio da telemedicina aumentada, basta apenas obter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), como já é previsto para o trabalho presencial. Mesmo que não se exija nenhum treinamento ou certificação específica para atuação na área, o ideal é fazer uma especialização e ficar por dentro do que há de novo nesse campo.
Apesar de ser acessível para muitos, algumas particularidades fazem com que nem todos os especialistas possam trabalhar remotamente. Mesmo os que podem, como os clínico-gerais, sofrem perdas em sua atuação quando feita à distância. Sendo assim, convém ficar ciente dos desafios inerentes a essa adaptação tecnológica. Os mais relevantes são:
Como você notou, ainda que a telemedicina aumentada proporcione inúmeras vantagens, essa modalidade também apresenta algumas limitações. Sob essa ótica, é preciso estar a par dos desafios que ainda precisam ser superados.
Além do mais, em certas situações, o atendimento presencial se torna necessário. Mesmo nesses casos, ainda é possível explorar os recursos digitais e flexibilizar soluções. Ou seja, ainda que apresente limitações, há muito mais vantagens em investir nos recursos de Realidade Aumentada na Medicina.
Portanto, é possível afirmar que a tecnologia tem se mostrado uma excelente ferramenta para facilitar a rotina em diferentes nichos da saúde. Por meio dos seus avanços significativos, a telemedicina aumentada representa flexibilidade de soluções e maiores possibilidades de melhorar a assistência. Afinal, há muitas razões que ajudam a entender porque a telemedicina veio para ficar!
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