Escrito por
Publicado em
10.1.2023
Escrito por
Equipe Afya Educação Médica
minutos
Surgida nos primeiros meses de 2020, a emergência sanitária causada pelo vírus SARS-CoV-2, o Coronavírus, causou grande preocupação entre os principais especialistas, mas também na população mundial, que precisou se acostumar com inúmeras medidas sanitárias.
Com a adoção do isolamento social e da vacinação em massa, as taxas de transmissão diminuíram em quase todos os países. Entretanto, a flexibilização das medidas de segurança traz o risco de novas ondas e mutações da doença que sejam imunes às vacinas existentes no mercado, o que exige a imunização com a vacina bivalente.
Neste post, você vai relembrar o surgimento e desenvolvimento da pandemia causada pelo Coronavírus, além de entender por que a taxa de transmissão de Covid tem aumentado e quais são as principais previsões para o cenário atual.
Embora o surgimento do vírus causador da Covid-19 tenha origens epidemiológicas desconhecidas, sabe-se que os efeitos deste agente patógeno começaram na província de Wuhan, próxima a região sudeste da China.
O que começou com um grande aumento no número de diagnósticos de síndromes respiratórias agudas, logo foi compreendido como sintomas associados ao Coronavírus. Embora a Classificação Internacional de Doenças salienta que este patógeno faz parte de uma família viral já conhecida, o chamado novo Coronavírus apresenta diferentes sintomas, entre os quais podemos citar:
Após se espalhar por países do continente asiático, por conta do grande fluxo de pessoas e conexões entre países, o vírus da Covid-19 chegou a outros continentes, como é o caso da Europa e também da América.
Segundo a Fundação SEADE, o Brasil soma hoje quase 40.000 casos confirmados da doença, e pouco mais de 690 mil mortes em todo o território nacional. No mundo todo, também houve estatísticas alarmantes, já que o número de óbitos ultrapassa os seis milhões.
Já durante as primeiras semanas da pandemia, um grande número de médicos, cientistas, pesquisadores e outros profissionais da linha de frente se uniram para combater o avanço do vírus e evitar mais mortes.
Com isso, algumas medidas de contingência que evitam a contaminação e também pesquisas sobre possíveis vacinas foram úteis para diminuir a curva ascendente de propagação do vírus. Continue a leitura e veja quais foram os principais fatores determinantes.
Um dos motivos pelos quais o vírus da Covid-19 se espalhou tão rapidamente é sua alta capacidade de propagação. O vírus é transmitido principalmente pelo contato com gotículas contaminadas expelidas pelo nariz e boca — ao falar, espirrar e tossir —, para além da transmissão indireta, por toque em superfícies contaminadas.
Por conta deste cenário, era essencial que houvesse medidas de isolamento social e também lockdowns mais severos, evitando que pessoas já infectadas contaminassem pessoas saudáveis.
Com o isolamento social e políticas de lockdown que fecharam temporariamente estabelecimentos que geram aglomerações, como bares e casas de show, o número de infectados parou de subir com tanta velocidade, dando tempo aos hospitais e instituições de saúde para abrir vagas de atendimento.
Além do fechamento temporário de estabelecimentos e incentivo para a população permanecer em casa, outro fator determinante foi a adoção de medidas sanitárias individuais pela maior parte da população.
O uso constante de máscaras, que impedem o contato do vírus com o sistema respiratório, auxiliaram no controle e diminuição da taxa de contaminação de Covid.
Da mesma forma, o uso de álcool em gel, que destrói a membrana protetora do vírus, também diminuiu a contaminação indireta por toque de superfícies contaminadas, além de aplacar outras doenças, já que a concentração de 70% de álcool da substância é muito efetiva.
Por fim, um dos fatores de maior importância para a diminuição dos casos foi a vacinação da população. Com mais de 80% da população com ao menos duas doses, um baixo número de pessoas sem proteção diminuiu a circulação do vírus.
Além de representar uma taxa menor, a vacinação também diminuiu a gravidade dos sintomas das pessoas que foram infectadas, melhorando o prognóstico e diminuindo as filas de espera nos hospitais e postos de atendimento.
Embora as últimas notícias da pandemia sejam animadoras, com pesquisas sobre o vírus e vacinas mais abrangentes, também existem motivos para continuar atento aos números.
Ainda segundo a Fundação SEADE, o número de casos por dia teve uma alta significativa durante o último mês de 2022. Em 3/11, por exemplo, foram registados 221 novos casos de Covid-19. Pouco mais de um mês depois, no dia 16/12, já eram registrados 7.553 casos confirmados da doença.
No cenário mundial, países como França, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido enfrentam novas ondas e precisam lidar novamente com políticas de lockdown e isolamento.
Os principais motivos deste aumento envolvem as medidas de flexibilização, que podem ter sido adotadas antes do momento ideal. Com a diminuição no uso de máscaras, álcool em gel para higienização e circulação de notícias falsas graças ao que se tem chamado de infodemia, o número de casos e mortes volta a preocupar especialistas.
Além deste cenário, a falta de continuidade no investimento em pesquisas sobre a Covid tem dificultado as novas descobertas e experimentos nas áreas de vacinação e tratamentos para pacientes infectados.
Assim, a maior parte das tendências atuais mostram novos desafios para infectologistas, além de outras áreas, como médicos, enfermeiros e profissionais da saúde mental.
Como você viu, a descontinuação de pesquisas têm dificultado as previsões e avanços nesta área, o que é uma má notícia, já que este campo é essencial para o controle e combate à pandemia causada pelo Coronavírus.
Ainda assim, as principais previsões sobre a Covid no campo da saúde envolvem a incorporação de conhecimentos adquiridos durante a pandemia, como o uso da tecnologia nos avanços das imunizações e seus benefícios.
De forma mais geral, o impacto da Covid-19 no cenário global também deverá mexer com as estruturas de trabalho na área, promovendo maior uso da telemedicina e formas remotas de atendimento.
Por fim, é possível prever uma cultura mais sólida no uso de máscaras, o que pode ser uma boa tendência sanitária, dificultando a proliferação de doenças virais a longo prazo.
Quer ficar atualizado sobre as novas tendências e descobertas da Medicina? Continue no blog da IPEMED!
Neste artigo, você compreendeu em detalhes o surgimento e como se desenvolveu a pandemia de Covid-19 causada pelo Coronavírus. Também entendeu por que a taxa de transmissão de Covid tem aumentado e quais são as principais previsões para conter esta nova onda.
Se você gostou deste post e não quer perder mais nenhum assunto sobre Medicina, saúde e mais, siga a Afya Educação Médica, ex-IPEMED nas redes sociais. Você pode nos encontrar no Facebook, Instagram, LinkedIn e também em nosso canal do YouTube.