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18.2.2021
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Equipe Afya Educação Médica
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Segundo pesquisa realizada pelo site Medscape, referência em informações sobre carreira médica, 1 a cada 3 médicos no Brasil sofre de Síndrome de Burnout. O estudo, realizado antes da pandemia do Coronavírus, pode não refletir a grave situação sobre o estado de saúde mental dos médicos no país, sobrecarregados de trabalho e sob imensa pressão física e psicológica em razão da crise sanitária que afeta o planeta.
O estudo identificou sensações e comportamentos muito preocupantes sobre a saúde mental destes profissionais:
Afinal, o que é a Síndrome de Burnout e como ela se manifesta e impacta a saúde mental dos médicos no país?
Na literatura médica a Síndrome de Burnout é classificada como um fenômeno psicológico decorrente de forte tensão emocional crônica associada ao estresse ocupacional severo. O termo foi cunhado inicialmente por pesquisadores na década de 1970.
Desde então, a Síndrome de Burnout é considerada uma patologia psicológica clínica, reconhecida pela Classificação Internacional de Doenças em sua Décima Edição, sob o código Z73. Qualquer profissional está suscetível a desenvolver a Síndrome de Burnout, mas as áreas que demandam maior envolvimento pessoal, com profissionais expostos à pressão e a cargas de trabalho intensos são consideradas de maior risco, como é o caso da Medicina.
As três principais características da Síndrome de Burnout são:
Como já mencionado, a Síndrome de Burnout é um fenômeno decorrente exclusivamente da exposição ao trabalho e não deve ser confundida com estresse ou mesmo com a depressão. Por isso é importante consultar um profissional de saúde mental e diagnosticar de forma adequada o problema.
Por que a Síndrome de Burnout entre médicos pode ser algo grave? Médicos no limite da saúde mental por conta do trabalho excessivo, pressão e estresse colocam em risco não apenas a própria saúde, mas de outras pessoas, além da confiança da população no atendimento em saúde das instituições a que eles estão vinculados.
O diagnóstico de Burnout deve ser feito por profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras. Uma das principais ferramentas para identificar a Síndrome de Burnout é uma escala conhecida como Maslach ou MBI-GS.
Nela, o paciente responde a 22 afirmação fechadas relacionadas à frequência com vivência determinadas situações em seu ambiente de trabalho:
Há ainda outros métodos disponíveis como questionários de qualidade de vida, como o SF-36.
O tratamento da Síndrome de Burnout envolve tanto abordagens medicamentosas quanto intervenções psicoterapêuticas que podem auxiliar o profissional a reavaliar a rotina de trabalho e também realizar mudanças mais profundas na vida pessoal que impactam sua saúde mental.
Estratégias de prevenção e atenuação do Burnout também auxiliam no tratamento:
É importante também que gestores de instituições de saúde pública e privada estejam atentos ao clima do ambiente de trabalho em que os médicos estão inseridos, bem como em relação ao excesso de trabalho e níveis de estresse dos profissionais. Dessa forma é possível lançar mão de estratégias internas que reduzam a fadiga dos médicos e melhorem sua qualidade de vida no trabalho.
Você já viveu alguma experiência relacionada à Sìndrome de Burnout ou presenciou colegas que sofreram com ela?