Setembro Amarelo incentiva reflexão sobre saúde mental

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Dia 10 de setembro é oficialmente lembrado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Um assunto delicado, mas que precisa ser debatido com atenção. Neste mês, a cor amarela se tornou o símbolo dessa campanha que já está presente no Brasil desde 2014.

A campanha Setembro Amarelo se faz cada vez mais importante no contexto brasileiro e mundial. Um levantamento encomendado pelo Fórum Econômico Mundial apontou que 53% dos brasileiros tiveram sua saúde emocional e mental afetada desde o início da pandemia, um índice superior à média dos 30 países pesquisados.

Dados alarmantes

O suicídio atinge pessoas no mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média 38 pessoas cometem suicídio por dia.  

Ainda segundo a OMS, quase o total de todos os casos estavam relacionados às doenças mentais, que na maioria não são diagnosticadas ou tratadas incorretamente.  

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a 4ª causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Este mal pode afetar pessoas de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.  

Hábitos prejudiciais

É imprescindível que pessoas que sofrem com doenças mentais tenham ajuda profissional quando a condição bate à porta. Porém, existem cuidados primários no cotidiano que podem ajudar e também servir de alerta:

Negligenciar ansiedade

A ansiedade descontrolada, considerada um mal do século, é o maior risco para a depressão. Essa doença mental surge a partir de oscilações de humor, sensações de medo e é uma resposta emocional comum do corpo aos desafios do dia a dia. Quando desequilibrada, é importante buscar ajuda profissional de psiquiatras e tratamento psicoterapêuticos.

Uso abusivo da internet

Um problema que atinge uma boa parcela da população. O uso excessivo da internet pode evoluir para ansiedade e para transtornos mentais mais graves. A necessidade de estar sempre ”online” compromete as funções cognitivas

Abuso de álcool e outras drogas

A compulsão por álcool e outras drogas também pode ter influência para o surgimento de doenças mentais. Esses vícios afetam a concentração, a memória e contribuem para o mal desempenho das funções cerebrais. Entre os problemas mais comuns associados às drogas estão:  

  • Má qualidade do sono
  • Alimentação inadequada
  • Redução no desempenho escolar

Medidas positivas

Além de evitar os hábitos negativos, é necessário buscar medidas que assegurem o bem-estar dessas pessoas que estão mais vulneráveis. Alguns pontos:

  • Ofereça suporte emocional, informe sobre a ajuda profissional e se mostre à disposição.
  • A escuta ativa deve sempre estar presente nos diálogos. Esta consiste em realmente ouvir e compreender o que o outro diz, não apenas esperar uma pausa para poder respondê-lo.  
  • Divulgue e estimule medidas de prevenção.
  • Ajude a desmistificar conceitos e estigmas equivocados sobre a recuperação de pacientes com transtornos mentais.
  • Apoie e promova a estabilidade familiar, a integração social e o desenvolvimento humano das pessoas próximas.

 

Procure ajuda emergencial

O CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

O número de telefone é o 188. Ou acesse o site www.cvv.org.br

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