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1.12.2022
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A segurança do paciente é um fator muito importante para a avaliação da qualidade de assistência à saúde, sendo um dos pilares da gestão na assistência em saúde. Aliás, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 17 de setembro como a data para lembrar sua relevância.
Continue lendo e entenda como otimizar a segurança dos pacientes com informações sobre seu conceito, sua importância e as estratégias para alcançar esse objetivo.
A segurança do paciente consiste em fomentar um leque de ações voltadas para prevenir ou diminuir, tanto quanto for possível, os riscos e os danos aos pacientes. Assim, em um ambiente que visa promover e garantir os cuidados com a saúde, os médicos são responsáveis por este tema.
Isso porque, ele é cada vez mais exigido pelas pessoas, visto que elas estão mais conscientes e conhecem meios de buscar informações sobre sua saúde. Em suma, a segurança do paciente engloba todas as ações que visam a diminuição dos riscos de danos à saúde e as ameaças ao mínimo possível, sobretudo no que se refere aos eventos adversos e erros médicos.
Para os médicos e demais profissionais da saúde é fundamental pensar na segurança do paciente, sobretudo nos hospitais — local em que os pacientes estão mais vulneráveis e menos capazes de realizar tarefas simples, como tomar banho, por exemplo.
Ou seja, quando se fala em lidar com vidas, qualquer falha humana (por parte dos profissionais de saúde pode resultar em consequências graves.
Desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) tem como objetivo contribuir para a qualificação dos cuidados em saúde — dos profissionais da área para com os pacientes.
Esse programa surgiu a partir dos protocolos básicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), os seis pilares da qualidade de atendimento são:
A OMS definiu alguns protocolos básicos de segurança, que veremos adiante!
Os seis protocolos fundamentais para a segurança do paciente foram definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), são eles:
Além dos protocolos obrigatórios, muitos outros devem observados pelos hospitais e clínicas de saúde, como:
Em conjunto com esses protocolos de segurança do paciente, a OMS criou uma diretriz para a melhor comunicação entre os profissionais de saúde. Suas escolhas se justificam com o pequeno investimento necessário, perante a gravidade dos eventos adversos que podem ser evitados com a sua implementação.
As estratégias para garantir a saúde dos pacientes favorece uma maior segurança aos mesmos. Confira o que adotar e quais os benefícios alcançados!
Os profissionais de saúde com contato direto com os pacientes, incluindo os médicos e equipe de enfermagem, precisam tomar várias medidas para se prevenirem contra doenças. Além disso, eles devem prevenir propagar enfermidades. Por isso, eles precisam seguir algumas práticas:
Tudo isso é fundamental porque examinar áreas infectadas em pacientes sem a devida proteção é uma forma rápida de espalhar doenças e infecções hospitalares.
Os equipamentos médicos usados para examinar pacientes precisam ser adequados e estar em perfeito estado de funcionamento. Para isso, a manutenção preventiva precisa estar em dia.
Para toda essa variedade de dispositivos médicos e máquinas presentes em hospitais, os médicos e a equipe de enfermagem precisam receber treinamento adequado, como a simulação médica, que os capacite a utilizá-los no diagnóstico ou tratamento sem provocar lesões nos pacientes.
É de conhecimento dos médicos que as quedas dos pacientes durante o atendimento hospitalar ambulatorial, clínico ou nas internações hospitalares podem ocasionar graves danos ao paciente, incluindo sérias contusões e fraturas — as quais, se ocorrerem em pacientes idosos podem representar uma dificílima recuperação ou mesmo ser fatal.
Dessa forma os pacientes com idade avançada ou acometidos por doenças que delimitam a locomoção ou causam vertigens, precisam ser melhor auxiliados durante os cuidados, mesmo os mais básicos, como as idas ao banheiro, as caminhadas para ativar a circulação e ajudar a prevenir tromboses etc.
Além disso, ter quartos, leitos e banheiros adaptados a estes pacientes auxilia, inclusive, na prevenção de lesões. Dessa forma, os técnicos e auxiliares de enfermagem devem, obrigatoriamente, ser orientados nesse sentido.
Já quanto aos próprios pacientes ou acompanhantes, a orientação visa mostrar a importância de "tocar a campainha do leito" para solicitar ajuda da equipe de enfermagem ou pedir ajuda quando estiver em atendimento ambulatorial. Essa prática é primordial para evitar o risco de quedas.
Esse passo é fundamental não é mesmo? Por isso, em vários momentos do atendimento de cada paciente no hospital — incluindo na hora da internação ou da utilização do serviço ambulatorial, até a administração de medicamentos e demais cuidados do serviço de enfermagem — a identificação do paciente com seu nome completo e outros dados pessoais é imprescindível.
Com isso, os médicos evitam a prescrição de medicamentos errados e a equipe de enfermagem consegue administrá-los adequadamente. Além disso, evita-se a troca de resultados de exames.
No item anterior, você viu a importância de identificar adequadamente os pacientes, sendo um passo fundamental na manutenção da segurança deles. Todavia, é fundamental atentar-se com igual seriedade aos medicamentos prescritos, pois se estiverem incorretos podem representar uma ameaça à vida.
Existem, por exemplo, alguns medicamentos que representam prescrições de alta vigilância — como os medicamentos de uso controlado e os quimioterápicos, por exemplo, entre muitos outros — que requerem maior atenção devido à possibilidade de interações medicamentosas, de efeitos colaterais, entre tantas outras possibilidades.
Aliás, cabe prestar muita atenção aos medicamentos que requerem armazenamento específico, os medicamentos termolábeis, que precisam serem armazenados em refrigeração adequada, como a insulina, por exemplo. O armazenamento adequado é necessário para não causarem danos, eventos adversos ou simplesmente não fazerem efeito, prejudicando a saúde e, até, pondo em risco a vida dos pacientes.
Nos hospitais ou clínicas médicas todos os acessórios que entram em contato direto com os pacientes precisam ser de uso único, ou seja, nada pode ser reutilizado. Assim, as agulhas, abaixadores de língua, coberturas de mesa e de leitos e demais itens usados, devem ser descartados de forma adequada.
Dessa forma, após aberto e usado, tudo isso tem que ser desprezado imediatamente no recipiente de risco biológico e, em seguida, descartado de forma adequada. Isso porque, se os itens que entraram em contato direto com uma pessoa doente não forem descartados, o risco de propagação de doenças é aumentado, às vezes exponencialmente.
Os locais de intervenção cirúrgica (centros cirúrgicos e ambientes para realização de outros procedimentos invasivos) devem, obrigatoriamente, trazer segurança ao paciente. Para isso, é necessário adequar os aparelhos e realizar a limpeza da forma adequada.
É preciso observar, ainda, certas questões de segurança de pontos específicos da intervenção.
Propagar uma cultura de segurança é fundamental para que os hospitais e clínicas médicas possam evitar e corrigir os erros (médicos e da enfermagem) e, consequentemente, os danos causados por eles. No entanto, sabemos que é impossível eliminar totalmente os erros, já que todos os seres humanos são falíveis, ainda que de forma não intencional.
Entretanto, a partir de uma cultura de segurança, com palestras e cursos de capacitação, é perfeitamente possível minimizar os erros tanto quanto for possível. Assim, é importantíssimo enfatizar os valores primordiais de segurança relacionados aos objetivos quanto aos cuidados com os pacientes.
Este tipo de cultura está aberta a novos conhecimentos, apoia valores de confiança, garante recursos adequados, se embasa em transparência e, finalmente, aprende com os erros. Vale salientar que para aumentar a segurança do paciente é preciso trabalhar exaustivamente a equipe de saúde, sobretudo no tocante às suas habilidades — ou seja, é preciso olhar para os colaboradores e enxergar suas potencialidades.
A comunicação é fundamental em todos os setores, mas nos de saúde, ela é vital. Isso porque, a confiança aumenta ou diminui na mesma proporção que a comunicação. Por essa razão, a comunicação dos funcionários que lidam diretamente com os pacientes — priorizando o atendimento humanizado —, com a administração é crucial no relato de perigos e na avaliação do desempenho e da eficácia do atendimento em saúde.
Para que isso funcione, todos os funcionários precisam ter os devidos conhecimentos de como relatar os incidentes e as condições inseguras das instalações hospitalares. Mas, para que isso seja possível, é preciso ter muita responsabilidade — a peça principal do quebra-cabeça da segurança.
Por isso, quando a cultura determina as ações dos colaboradores, independentemente das políticas e procedimentos, uma organização de saúde que prioriza a segurança alcançará taxas mais altas de segurança do paciente.
Melhorar o engajamento dos pacientes favorece a segurança dos cuidados, já que uma das maiores atitudes para evitar erros é fazer do paciente um aliado. Isso inclui, por exemplo, o questionamento dos pacientes a respeito dos seus objetivos e escutar, atentamente, as perguntas dos pacientes com relação ao cuidado que está sendo prestado e com relação à sua saúde e tratamento.
Se os pacientes disserem, por exemplo: “Eu nunca usei este medicamento”, ou “Este remédio não me parece familiar”. Isso tem a ver com relação aos medicamentos de uso contínuo informados pelos pacientes e/ou familiares no ato da internação.
Assim, se estas afirmações forem ditas pelos pacientes, é fundamental verificar se a prescrição está correta, bem como informar ao paciente que trata-se do mesmo medicamento, porém com um nome comercial diferente ou genérico. Essa atitude traz segurança para pacientes e familiares e aprimora a relação Médico-Paciente.
Um dos protocolos básicos de segurança preconizados pela OMS para a segurança do paciente é algo simples: lavar as mãos. Mas você sabe quando essa atitude simples surgiu? Historicamente, em 15 de maio de 1847, na Hungria, o médico-obstetra Ignaz P. Semmelweis incorporou a prática de higienizar as mãos como um ato obrigatório para médicos e enfermeiros que entrassem nas enfermarias.
Essa iniciativa tão simples quanto efetiva reduziu as taxas de mortalidade das pacientes. Por isso, 15 de maio é o Dia Nacional de Controle das Infecções Hospitalares. Com essa adoção, as infecções hospitalares, que podem ser adquiridas nos serviços de saúde, sobretudo em enfermarias e UTIs, e ser transmitida de um paciente a outro, tende a diminuir consideravelmente.
Dessa forma, cumprir os protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) é fundamental para assegurar a segurança do paciente e também de quem entra em contato com ele (familiares e profissionais de saúde).
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Esperamos que esse artigo, de fundamental importância para a manutenção da segurança dos pacientes hospitalares e ambulatoriais, seja um aliado ao seu dia a dia de cuidados com os seus pacientes e com a qualificação profissional da equipe multidisciplinar que trabalha com você.
Você pôde ver que é possível garantir a segurança do paciente ao adotar as estratégias certas e de maneira adequada. Além disso, você compreendeu a importância de seguir os protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente e quais são eles. Ao pôr em prática todos esses ensinamentos, seus pacientes estarão sempre muito mais seguros e com mais chances de ter o tratamento bem-sucedido.
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