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4.11.2020
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Equipe Afya Educação Médica
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A saúde do homem brasileiro corre perigo. Você já viu aqui no blog que as doenças cardiovasculares estão entre as campeãs de causas de morte no Brasil. O envelhecimento da população e a mudança de hábitos alimentares contribuem muito para esses números. Quando juntamos os dados, entendemos porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que nosso país se torne, em duas décadas, o país em que mais se morre por doenças do coração.
Nesse cenário preocupante, os homens são muito afetados. Embora pessoas do sexo masculino e feminino sofram igualdade doenças cardíacas, alguns fatores socioculturais, como o descaso com a prevenção e a aversão aos cuidados médicos, impactam especialmente a saúde do homem.
No início dos anos 2000, o IBGE mostrava que as mulheres brasileiras viviam 8 anos a mais do que os homens, em média. Enquanto a expectativa de vida masculina era de 65 anos, as mulheres batiam os 73 anos. Dados de 2016 mostram que os homens ainda vivem, em média 7,1 anos menos do que as mulheres.
Nesse ano, a expectativa de vida da população masculina chegou a 72,2 anos enquanto a feminina atingiu 79,3. No nosso país, a mortalidade masculina é maior em praticamente todas as faixas etárias, realidade que poderia ser explicada, entre outras razões, pela falta de uma política pública focada nos homens.
É por isso que desde 2008 a Sociedade Brasileira de Cardiologia trabalha em cooperação com órgãos federais e estaduais para implementar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, uma série de medidas que têm o objetivo de promover saúde e reduzir a morte prematura do homem por doenças cardiovasculares, urológicas, oncológicas e psiquiátricas.
Aproximadamente 75% das doenças que afetam os homens estão concentrada em 5 grandes áreas especializadas: cardiologia, urologia, saúde mental, gastroenterologia e pneumologia.
Segundo pesquisa brasileira sobre Comportamentos de Risco e Morbidade, os principais fatores de risco associados à mortalidade no país são:
Além das medidas de saúde já conhecidas, como a mudança alimentar para hábitos mais saudáveis, abandono do tabagismo e, prática de exercícios de físicos, os homens podem adotar um comportamento preventivo mais ativo. Homens fumantes, com sobrepeso, antecedentes familiares e sedentários, devem iniciar uma rotina de exames a partir dos 30 anos, com acompanhamento médico. Esse cuidado deve ser repetido a cada dois anos e, com a ocorrência de alterações, semestralmente ou a critério do médico especialista.
Dados do Ministério da Saúde apontam que 31% dos homens ainda não têm o hábito de ir ao médico. Desses, 55% afirmam que não precisam. Diversas doenças podem ser prevenidas com medidas básicas como a realização de exames regulares e a descoberta precoce de alterações fisiológicas.
Você se consulta com o médico frequentemente para realizar consultas de rotina e exames?