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Saiba mais sobre o transtorno de personalidade dependente

Saiba mais sobre o transtorno de personalidade dependente

O Transtorno de Personalidade Dependente (TPD) é um distúrbio psicológico complexo que influencia o pensamento, as emoções e o comportamento de um indivíduo. A condição se caracteriza por uma necessidade desmedida de cuidados e de proteção por parte de outros, o que leva a uma predisposição para a submissão e para a evasão de responsabilidades pessoais.

Neste post, abordaremos a natureza do TPD, as suas manifestações, as causas potenciais, os sintomas, as opções de tratamento e a importância de procurar assistência especializada. Continue a leitura!

O que é o Transtorno de Personalidade Dependente?

O Transtorno de Personalidade Dependente é categorizado como um transtorno de personalidade do Grupo C no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Indivíduos com esse transtorno frequentemente exibem uma dependência emocional excessiva dos outros e enfrentam dificuldades para tomar decisões ou para começar projetos independentemente. Geralmente, eles costumam subavaliar as suas habilidades e demonstram uma necessidade contínua de aprovação e de orientação.

Quais são as manifestações do TPD e as suas diferenças de outros tipos de transtornos de personalidade?

Uma característica marcante do Transtorno de Personalidade Dependente (TPD) é a intensa dependência emocional e a propensão a submissão a outros.

Isso é diferente de outros transtornos de personalidade que podem apresentar uma inclinação mais acentuada para comportamentos manipulativos, como o Transtorno de Personalidade Borderline, ou uma preocupação exagerada com a perfeição, como o Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Quem tem Transtorno de Personalidade Dependente frequentemente luta para expressar discordância e pode se sentir desamparado quando isolado. A ansiedade ou o desconforto podem surgir na ausência de uma relação de apoio. Em contraste, o Transtorno de Personalidade Narcisista se caracteriza por uma confiança exacerbada e uma busca incessante por atenção e por admiração.

Quais são as possíveis causas e os fatores de risco?

As causas precisas do Transtorno de Personalidade Dependente (TPD) ainda não são completamente entendidas, mas acredita-se que há uma mistura de fatores genéticos, ambientais e sociais que influenciam o seu surgimento.

As pessoas com antecedentes familiares de transtornos de personalidade ou de outros problemas de saúde mental tendem a ter um risco aumentado de desenvolver o TPD. Além disso, experiências traumáticas durante a infância, tais como abuso ou negligência, podem ser fatores contribuintes para o aparecimento do transtorno.

Quais são os principais sintomas do Transtorno de Personalidade Dependente?

Os sintomas do TPD podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  1. enfrentamento de dificuldades na tomada de decisões simples do dia a dia sem aconselhamento ou reafirmação constante de outras pessoas;
  2. receio significativo de ser abandonado ou deixado só;
  3. dificuldade em expressar desacordo com os outros, mesmo quando se sentem incomodados ou contrariados;
  4. necessidade excessiva de ser cuidado e protegido por outros;
  5. autoestima baixa e subestimação das próprias habilidades e competências;
  6. enfrentamento de dificuldade em dar início a novos projetos ou tarefas por conta própria devido à falta de confiança.

Quais são os potenciais agravantes e os impactos no cotidiano?

O Transtorno de Personalidade Dependente pode ter sérios reflexos no dia a dia e nas relações interpessoais. As pessoas com TPD podem ter dificuldade em manter empregos ou relacionamentos estáveis ​​devido à sua constante necessidade de apoio e validação. Isso pode levar a um ciclo de dependência emocional, onde a pessoa se torna cada vez mais incapaz de funcionar independentemente.

Além disso, o TPD pode aumentar o risco de desenvolver outros problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, especialmente se a pessoa experimentar rejeição ou abandono por parte dos outros.

Como se dá o tratamento do Transtorno de Personalidade Dependente?

O tratamento para o Transtorno de Personalidade Dependente normalmente inclui uma abordagem abrangente, envolvendo terapia individual, terapia em grupo e, em algumas situações, o uso de medicamentos.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é comumente aconselhada para auxiliar indivíduos a reconhecer e contestar padrões de pensamentos e comportamentos negativos ligados ao TPD. Ela pode capacitar o indivíduo a adquirir habilidades para decidir de maneira mais autônoma e a formar uma autoimagem mais positiva.

Além da terapia cognitivo-comportamental, a terapia de grupo pode ser benéfica ao oferecer apoio social e chances de praticar habilidades interpessoais positivas. Medicamentos, tais como antidepressivos ou ansiolíticos, podem ser recomendados para tratar sintomas de ansiedade ou depressão relacionados ao Transtorno de Personalidade Dependente.

Na verdade, os medicamentos são receitados para tratar sintomas associados, como ansiedade, depressão e outros transtornos mentais coexistentes. As classes de medicamentos comumente utilizadas no tratamento do TPD incluem:

  • antidepressivos — os antidepressivos são frequentemente prescritos para tratar sintomas de depressão e ansiedade associados ao TPD. Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) são as classes mais comuns de antidepressivos. Exemplos incluem fluoxetina, sertralina, venlafaxina e duloxetina;
  • ansiolíticos — medicamentos ansiolíticos, como benzodiazepínicos e buspirona, podem ser prescritos para reduzir os sintomas de ansiedade e agitação associados ao TPD. No entanto, esses medicamentos são geralmente prescritos com cautela devido ao risco de dependência e efeitos colaterais;
  • estabilizadores de humor — em alguns casos, estabilizadores de humor, como lítio ou lamotrigina, podem ser prescritos para controlar oscilações de humor e impulsividade associadas ao TPD, especialmente se houver sintomas de transtorno bipolar coexistente;
  • antipsicóticos — em situações em que os sintomas psicóticos estão presentes, como delírios ou alucinações, antipsicóticos podem ser prescritos para ajudar a controlar esses sintomas. Antipsicóticos atípicos, como quetiapina ou olanzapina, podem ser usados, especialmente se os sintomas psicóticos estiverem ocorrendo em conjunto com sintomas de ansiedade ou depressão.

É crucial enfatizar que apenas um médico psiquiatra ou um profissional de saúde mental habilitado deve prescrever medicamentos para o Transtorno de Personalidade Dependente (TPD).

Esse profissional deve realizar uma avaliação completa da condição clínica do paciente, levando em conta a severidade dos sintomas, a existência de outros transtornos mentais e o histórico médico. Adicionalmente, o tratamento farmacológico é frequentemente acompanhado de terapia psicológica, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), visando a um melhor prognóstico a longo prazo.

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O Transtorno de Personalidade Dependente é uma condição psicológica grave que pode afetar profundamente a vida de um indivíduo. É fundamental identificar os sintomas o mais cedo possível para se recuperar a qualidade de vida do paciente.

A terapia demonstrou ser muito eficaz no manejo do TPD, auxiliando o indivíduo a adquirir competências para se tornar mais independente e confiante. É essencial encaminhar o paciente ao especialista ou quando isso não for possível, buscar aconselhamento para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento apropriado.

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