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Saiba mais sobre alergia em idosos

Saiba mais sobre alergia em idosos

O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico que se intensifica a cada ano no Brasil, exigindo a atenção da comunidade de saúde em geral.

De acordo com as últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tendência para os próximos anos é que o número de idosos brasileiros aumente de forma mais acelerada que a população idosa mundial.

Esse contexto social representa um desafio e uma oportunidade para os profissionais médicos, que passam a buscar aprendizado qualificado sobre atenção ao idoso, fazendo da especialização em geriatria um diferencial para crescer na carreira.

Entre os problemas de saúde próprios da velhice, a alergia em idosos é um dos principais motivos da ida ao consultório médico ou ao posto de saúde, com impactos consideráveis sobre a qualidade de vida e o bem-estar desses pacientes.

Diante dessa realidade, quanto mais aprofundado for o conhecimento sobre as causas, os sintomas e o tratamento dos quadros alérgicos na terceira idade, melhor será a acolhida e o atendimento oferecido pelos médicos.

Continue a leitura deste artigo para saber quais são as principais alergias que acometem a pessoa idosa e como a pós-graduação em geriatria otimiza a abordagem dessas intercorrências.

Alergia respiratória

As alergias respiratórias estão entre os principais motivos que levam o idoso a procurar atendimento médico, sendo que é preciso atenção para os sintomas dos diferentes quadros alérgicos que acometem as vias respiratórias.

Na rinite alérgica, é comum observar espirros que não cessam e obstrução nasal devido à coriza abundante. Quanto mais a alergia progride, mais aumenta o prurido e a irritação das vias respiratórias, afetando as vias aéreas superiores, os pulmões e propagando-se até o canal auditivo, a conjuntiva ocular e os seios da face.

A asma, por sua vez, é caracterizada principalmente por uma hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e manifesta-se clinicamente em episódios recorrentes de dispneia, sibilos, tosse e fadiga. A intensidade dos sintomas pode variar bastante no mesmo paciente.

Em ambos os casos, a tosse é uma queixa comum, sobre a qual é preciso orientar quanto aos riscos da automedicação, que podem mascarar os sintomas temporariamente e, posteriormente, levar a um agravamento do quadro. Quando persistente e intensa, a tosse pode ser sinal de problemas mais graves.

Uma vez identificado o quadro de alergia respiratória, é preciso dar início ao tratamento, que consiste no combate aos agentes alergênicos e no uso de medicamentos para abrandar a resposta inflamatória e reduzir os sintomas.

Diante de quadros de alergia respiratória, a aprimorar os conhecimentos médicos em geriatria torna-se ainda mais importante, pois capacita o profissional de medicina para um diagnóstico mais preciso entre os idosos, diferenciando com mais facilidade a rinite, a asma e a tosse e iniciando o tratamento adequado em cada caso.

Alergia ocular

Ao longo do processo de envelhecimento, os olhos sofrem modificações importantes, tornando-se mais secos e ficando mais expostos à ação de fatores irritativos, como o sabonete e o shampoo usados no banho ou a poeira do ar.

Sendo assim, a alergia ocular deve ser diferenciada da irritação ocular comum nos idosos, que causa certo desconforto e ardência e pode ser combatida com o uso adequado de colírios, fato que reforça a importância do conhecimento qualificado em geriatria.

A alergia ocular compreende principalmente as conjuntivites alérgicas, sendo que o tratamento consiste na redução da exposição ao aleérgeno e no alívio dos sintomas.

Alergia na pele

A pele dos idosos exige cuidados especiais, pois ela torna-se mais seca, frágil e sensível com o passar dos anos.

Além disso, pacientes com doenças metabólicas como a diabetes podem apresentar alterações na capacidade de cicatrização, o que exige ainda mais atenção por parte da equipe médica.

Nesse contexto, o conhecimento especializado em saúde do idoso é fundamental para identificar e tratar corretamente os diferentes sinais e sintomas de processos alérgicos da pele, entre eles o prurido, urticária e eczema de contato.

A coceira ou pruridermia é uma queixa constante dos idosos, cuja causa pode ser a condição própria da pele dos idosos ou a existência de outros problemas dermatológicos, alérgicos ou não.

No caso da urticária, é preciso ter atenção aos sinais de sua presença para uma abordagem correta desde o início, evitando que ela torne-se persistente. Caracterizada pela presença de pápulas ou placas edematosas produzidas pela infiltração de fluidos na derme, a urticária pode provocar coceira intensa e vermelhidão.

Por fim, o eczema de contato é causado pela ação de substâncias irritantes sobre a pele do idoso, responsáveis pelo desencadeamento da reação alérgica.

Até mesmo as medicações de uso local, como pomadas e loções, podem causar o eczema, o que nos leva a analisar um último tipo de alergia em idosos.

Alergia a medicamentos

Ainda que a prescrição médica seja totalmente adequada às necessidades e características do paciente idoso, é possível ocorrer situações em que o medicamento atua como ponto de partida para um processo alérgico.

Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão entre os remédios que mais desencadeiam quadros de alergia em idosos. Além deles, os antibióticos e anti-hipertensivos também podem causar o problema.

Até mesmo os contrastes, utilizados em exames de diagnóstico por imagem, e os anestésicos atuam como agentes alergênicos junto aos pacientes idosos.

Em todas essas situações, o atendimento do geriatra é essencial para que o paciente idoso seja acolhido de forma diferenciada, recebendo o tratamento adequado para cada queixa ou sintoma.

Por isso, considerando-se o processo acentuado de envelhecimento populacional, a especialização em geriatria constitui um fator de extrema importância para o tratamento das alergias e a promoção da qualidade de vida dos idosos.

A pós-graduação e o tratamento da alergia em idosos

Uma boa pós em geriatria proporciona o aprendizado teórico e prático sobre todas as especificidades do atendimento médico à população idosa, abordando tanto temáticas da área médica quanto dos estudos sociais.

Dessa forma, destaca-se a importância da compreensão sobre as grandes síndromes geriátricas, tais como a insuficiência cognitiva e o risco de quedas, com atenção para as suas causas e consequências.

Além dos estudos especializados em geriatria, a pós-graduação em alergologia representa outra grande contribuição para a qualificação da atenção à saúde do idoso.

Trata-se de uma oportunidade promissora para crescimento na carreira médica, que oferece a formação necessária para a correta abordagem dos quadros alérgicos tanto em idosos quanto em pacientes de todas as idades.

Chegando ao final do nosso artigo, fica clara a importância do investimento na qualificação profissional e na construção de conhecimentos mais sólidos e aprofundados na área médica.

Nesse sentido, a pós-graduação em geriatria prepara os médicos para atuar com mais segurança, tanto nos quadros de alergia em idosos quanto nas demais intercorrências que acometem as pessoas da terceira idade, oferecendo um atendimento mais humanizado e sensível.