Residências médicas canceladas no Brasil: qual a melhor alternativa para sua formação?

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Você sabia que centenas de programas de residência médica foram cancelados no Brasil neste ano? O cancelamento de 987 programas de residência médica foi uma decisão da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério da Saúde (MS), que é responsável por regular, credenciar e supervisionar os programas de residência médica no país.

Você pode conferir a lista completa de programas de residência médica cancelados neste documento.

Por que os programas de residência foram cancelados?

Segundo a CNRM, o cancelamento aconteceu por conta da inatividade dos programas por período superior a dois anos, ou seja, programas que não ofertaram vagas, não tiveram candidatos ou não matricularam residentes nesse período. Essa medida foi anunciada em 2022  e ratificada na 4ª Sessão Ordinária de 2023 da CNRM.  

A CNRM afirma que o cancelamento visa garantir a qualidade dos programas de residência médica e evitar a existência de programas fantasmas ou irregulares. Além disso, a CNRM diz que continua autorizando novos programas e ampliando vagas em programas existentes, por meio de editais como o Pró-Residência, que visa incentivar a formação de especialistas em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).  

Já o Ministério da Educação justificou o cancelamento dos programas ociosos como forma de garantir que os recursos federais, reservados para programas anteriormente inativos, sejam direcionados para a expansão da residência médica. Segundo o comunicado, o cancelamento atende, também, uma necessidade “de restringir as taxas de ociosidade para programas ativos” para tornar o sistema de alocação de bolsas mais assertiva, conforme as políticas estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pós-graduação médica é excelente alternativa

Diante desse cenário, muitos médicos que desejam se aprofundar em uma determinada área estão buscando outras opções de formação médica continuada, como a pós-graduação médica lato sensu.

A pós-graduação médica lato sensu tem algumas vantagens em relação à residência médica, como: maior flexibilidade de horários, possibilidade de escolher a instituição e o local de realização do curso, maior diversidade de áreas de atuação e menor concorrência.

Benefícios da pós-graduação médica

  • Ampliar o campo de atuação: ao fazer uma pós-graduação médica, o profissional pode se habilitar para exercer novas funções e atender novas demandas do mercado de trabalho;
  • Aumento da renda: fazer uma pós-graduação médica aumenta suas chances de fazer mais atendimentos, uma vez que seus novos conhecimentos permite uma gama maior de pacientes;
  • Atualizar-se sobre as novidades da área: a medicina é uma ciência que está em constante evolução, com novas pesquisas, técnicas e tecnologias surgindo a todo momento. Fazer uma pós-graduação médica permite ao profissional se manter atualizado sobre as inovações da sua área de interesse, garantindo um atendimento mais eficaz e seguro aos seus pacientes;
  • Reconhecimento e a credibilidade: ao fazer uma pós-graduação médica, o profissional demonstra seu compromisso com a qualidade e a excelência do seu trabalho, aumentando seu reconhecimento e sua credibilidade no mercado. Além disso, ao estudar em uma instituição renomada como a Afya Educação Médica, o profissional conta com o respaldo de um corpo docente qualificado e experiente, que pode contribuir para sua formação e seu networking;
  • Desenvolver competências gerenciais e empreendedoras: além dos conhecimentos técnicos, fazer uma pós-graduação médica também pode ajudar o profissional a desenvolver competências gerenciais e empreendedoras, que são essenciais para quem deseja gerir seu próprio consultório ou clínica, ou mesmo liderar equipes e projetos na área da saúde.

Mercado de trabalho em expansão

Segundo dados da Demografia Médica de 2023 (DMB), a mais recente publicação sobre a área médica, existem, no Brasil, mais de 560 mil médicos atuando profissionalmente e inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Isso corresponde à taxa nacional de 2,6 médicos no país para cada 1.000 habitantes — um índice maior do que o mínimo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1 para cada 1.000.

Esses números demonstram ainda que, apesar da grande quantidade de profissionais atuando no país, há uma disparidade de profissionais atendendo nas diferentes regiões do país. Em 2022 o Sudeste concentrava 59% dos médicos brasileiros, contra 5,3% da região Norte. Até mesmo nos estados a diferença é grande, com profissionais concentrados nas capitais.

Enquanto a região Sudeste concentra 192 mil profissionais com especialidades, as regiões Norte e Nordeste têm, respectivamente, 63,6 mil e 14,4 mil. A região Sul tem 60,9 mil e a Centro-Oeste 32,9 mil.

Opções em alta de pós-graduação na área médica

A área médica no Brasil oferece várias possibilidades de carreira, que variam conforme a demanda do momento. Atualmente, as especialidades voltadas para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças estão em alta. Confira algumas delas:

  • Angiologia: com uma média salarial de R$ 9.000, o angiologista assume um papel importante no tratamento clínico das doenças vasculares, fazendo uma análise detalhada dos vasos sanguíneos.
  • Genética: o geneticista é um profissional que atua em diagnósticos relacionados a transtornos da genética humana, sejam eles de origem hereditária, sejam eles desencadeados por questões ambientais.
  • Geriatra: como todos sabem, o Brasil está envelhecendo e os futuros geriatras terão muitos pacientes pela frente. O envelhecimento traz consigo diversas limitações para os pacientes, porém, em algumas situações, o quadro pode se agravar.
  • Radioterapia: o médico que se especializa em radioterapia realiza exames de diagnóstico por imagens, monitora o tratamento, solicita ajustes e fiscaliza a montagem dos equipamentos utilizados durante os procedimentos na instituições de saúde.
  • Psiquiatria: o que antes era considerada uma área para quem tinha problemas mais graves, atualmente esse profissional está sendo bastante requisitado por adultos, crianças, jovens e idosos que fazem acompanhamento clínico de forma periódica.
  • Oncologia: o tratamento do câncer evoluiu significativamente nos últimos anos a ponto de ser considerada uma doença crônica. A detecção precoce e os medicamentos antineoplásicos têm garantido melhor qualidade de vida e menos sofrimento aos pacientes.

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