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23.8.2023
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Equipe Afya Educação Médica
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Você sabia que centenas de programas de residência médica foram cancelados no Brasil neste ano? O cancelamento de 987 programas de residência médica foi uma decisão da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério da Saúde (MS), que é responsável por regular, credenciar e supervisionar os programas de residência médica no país.
Você pode conferir a lista completa de programas de residência médica cancelados neste documento.
Segundo a CNRM, o cancelamento aconteceu por conta da inatividade dos programas por período superior a dois anos, ou seja, programas que não ofertaram vagas, não tiveram candidatos ou não matricularam residentes nesse período. Essa medida foi anunciada em 2022 e ratificada na 4ª Sessão Ordinária de 2023 da CNRM.
A CNRM afirma que o cancelamento visa garantir a qualidade dos programas de residência médica e evitar a existência de programas fantasmas ou irregulares. Além disso, a CNRM diz que continua autorizando novos programas e ampliando vagas em programas existentes, por meio de editais como o Pró-Residência, que visa incentivar a formação de especialistas em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Já o Ministério da Educação justificou o cancelamento dos programas ociosos como forma de garantir que os recursos federais, reservados para programas anteriormente inativos, sejam direcionados para a expansão da residência médica. Segundo o comunicado, o cancelamento atende, também, uma necessidade “de restringir as taxas de ociosidade para programas ativos” para tornar o sistema de alocação de bolsas mais assertiva, conforme as políticas estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Diante desse cenário, muitos médicos que desejam se aprofundar em uma determinada área estão buscando outras opções de formação médica continuada, como a pós-graduação médica lato sensu.
A pós-graduação médica lato sensu tem algumas vantagens em relação à residência médica, como: maior flexibilidade de horários, possibilidade de escolher a instituição e o local de realização do curso, maior diversidade de áreas de atuação e menor concorrência.
Segundo dados da Demografia Médica de 2023 (DMB), a mais recente publicação sobre a área médica, existem, no Brasil, mais de 560 mil médicos atuando profissionalmente e inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Isso corresponde à taxa nacional de 2,6 médicos no país para cada 1.000 habitantes — um índice maior do que o mínimo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1 para cada 1.000.
Esses números demonstram ainda que, apesar da grande quantidade de profissionais atuando no país, há uma disparidade de profissionais atendendo nas diferentes regiões do país. Em 2022 o Sudeste concentrava 59% dos médicos brasileiros, contra 5,3% da região Norte. Até mesmo nos estados a diferença é grande, com profissionais concentrados nas capitais.
Enquanto a região Sudeste concentra 192 mil profissionais com especialidades, as regiões Norte e Nordeste têm, respectivamente, 63,6 mil e 14,4 mil. A região Sul tem 60,9 mil e a Centro-Oeste 32,9 mil.
A área médica no Brasil oferece várias possibilidades de carreira, que variam conforme a demanda do momento. Atualmente, as especialidades voltadas para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças estão em alta. Confira algumas delas:
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