Quais são as possíveis carreiras dentro da medicina?

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A área médica é especialmente extensa. Entre as possibilidades de carreiras da medicina, estão as diversas especialidades a que um médico pode se dedicar, que podem levá-lo ao atendimento ambulatorial ou ao âmbito cirúrgico. Há ainda quem não queira exatamente lidar com o atendimento aos pacientes; para essas pessoas também há bons caminhos a seguir.

Todas essas possibilidades, exigem dedicação e capacitação contínua. Nada incomum para um médico, que passa por graduação e internato e faz residência em sua especialização. Mas a dúvida sobre que caminho seguir pode ser persistente. Com tantas opções, fica a dúvida: a qual delas se dedicar?

É preciso conhecer as diversas possibilidades e ter noção de suas próprias afinidades para que a escolha faça de você um profissional de sucesso.

Para ajudar na escolha, continue a leitura deste artigo e conheça um pouco das opções de carreira dentro da medicina.

As especialidades médicas

No Brasil, há 54 especialidades reconhecidas na medicina. Algumas são mais conhecidas e, até por questões de tradição, são também as mais procuradas pelos médicos, como é o caso de pediatria, ginecologia e obstetrícia e cirurgia geral, por exemplo. Mas o leque de opções é muito maior que isso. Outros exemplos de especialidade são:

  • alergologia;
  • cardiologia;
  • dermatologia;
  • endocrinologia;
  • gastroenterologia;
  • geriatria;
  • neurologia;
  • psiquiatria;
  • reumatologia.

Além dessas, outras são menos conhecidas, como a coloproctologia, medicina de tráfego, esportiva, nuclear, além da medicina preventiva e social, entre várias outras. E há, ainda, 50 áreas de atuação, que passam pela administração em saúde, hansenologia, medicina fetal e psicoterapia, por exemplo. Você pode obter a lista completa no site do CFM.

O conhecimento e os primeiros passos na direção da área a seguir podem ser dados ainda durante o curso, embora a especialização propriamente dita só ocorra depois da graduação.

Vale a pena buscar informações sobre as melhores instituições para estudar, pois a qualidade do curso vai ter impacto direto no desempenho do profissional e, por conseguinte, no seu sucesso.

A escolha entre cirurgia ou atendimento clínico

Para além da questão das especialidades, uma outra dúvida comum entre os graduandos e graduados é a escolha entre dedicar-se à área clínica ou cirúrgica. Para fazer essa escolha, é preciso levar em conta o perfil exigido de cada profissional.

A área clínica envolve maior dedicação ao aspecto teórico e implica um relacionamento mais próximo com o paciente. Ela também requer uma visão sistêmica, analisando fatores que interagem e avaliando aspectos subjetivos que interfiram no todo.

Já a escolha pelo viés cirúrgico pede uma visão mais focada em aspectos orgânicos do paciente, analisando informações concretas e sensoriais. O cirurgião tem perfil mais resolutivo e frequentemente precisa tomar decisões rápidas.

A especialização também oferece opções diversas, como cirurgia cardiovascular, pediátrica, torácica do aparelho digestivo etc. Entre as diversas áreas de atuação, um cirurgião pode obter ainda mais capacitação — em traumas ou por videolaparoscopia, por exemplo.

As outras possibilidades para um médico

A atuação médica não se resume ao binômio clínico-cirúrgico. É possível se dedicar a áreas que fogem do atendimento direto ao paciente, se não for exatamente esse o foco do profissional. Algumas possibilidades são:

Auditoria médica

Os serviços médicos estão sujeitos à avaliação de sua adequação e custos, sejam eles prestados por entidades públicas ou privadas. Um auditor médico pode atuar na avaliação de hospitais privados, contratado por planos de saúde que desejam garantir a qualidade e o padrão de atuação dos hospitais credenciados, por exemplo. Além disso, o SUS também realiza auditorias em hospitais conveniados.

Um auditor avalia a adequação dos procedimentos realizados em relação aos diagnósticos de cada paciente. Ele também confere dados financeiros, analisando se os valores cobrados estão de acordo com as tabelas de honorários médicos e o preço de medicamentos tabelados. Assim, seu papel é de emitir pareceres e relatórios e denunciar condutas inadequadas. Por isso, não lhe cabe interferir diretamente na atuação dos profissionais.

A auditoria também se divide entre analítica — na qual são avaliados documentos — e operacional — que foca na atuação propriamente dita.

Administração e gestão hospitalar

O administrador garante que tudo ocorra dentro do planejado no complexo ambiente hospitalar. É seu desafio garantir o bem-estar de pacientes e funcionários, gerenciando o fluxo de atividades para que todo o serviço seja fluido e executado da melhor forma possível.

Ele planeja, organiza e gerencia hospitais públicos e privados, clínicas médicas e laboratórios, além de outras entidades como SPAs e casas para idosos, por exemplo.

Empreendedorismo na área médica

Quem tem a veia para empreender pode se dedicar a abrir clínicas próprias, sendo gestor de equipes médicas e ampliando a rede de atendimento à população. Para obter sucesso nessa área, é preciso ter afinidade com a rotina multitarefas, visto que o médico empreendedor precisa conciliar as diversas atribuições da administração de negócios.

São questões importantes:

  • dividir adequadamente o tempo entre administração e atendimento, se ele também for atender pacientes;
  • preocupar-se com a modernização da clínica, investindo na compra e manutenção de equipamentos;
  • equilibrar e gerir o preço das consultas, contrapondo-o às despesas gerais do negócio;
  • garantir a limpeza e organização do ambiente, gerindo equipes dedicadas à atividade;
  • lidar com profissionais de outras áreas, como recepcionistas, secretários e outros funcionários;
  • lidar com as finanças gerais do empreendimento, incluindo questões contábeis e tributárias;
  • ter visão de mercado, investindo em marketing para se tornar referência no setor e seguindo as determinações do CFM.

Atuação no setor público

Um médico também pode se dedicar à carreira no setor público. Para quem lida frequentemente com vínculos empregatícios menos seguros e sem benefícios atrelados — atuando como profissional autônomo ou PJ, por exemplo —, a estabilidade e os benefícios de um contrato celetista público podem ser atrativos.

Prefeituras e Secretarias Estaduais de Saúde oferecem oportunidades frequentes, mas que geralmente não contam com plano de carreira e em alguns casos submetem os profissionais a infraestruturas deficientes. É por isso que o setor público acaba carecendo tanto de médicos.

Há possibilidades diferenciadas, como a rede SARAH de reabilitação e as oportunidades para médicos nas forças armadas. Além disso, servir ao Governo do Distrito Federal (GDF) também traz boas possibilidades de remuneração, especialmente para médicos com mais títulos, como doutorado.

A importância da capacitação contínua

Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, há mais de 10 médicos recém-formados para cada 100 mil brasileiros. Essa taxa — maior que a de países desenvolvidos como Suíça (9,4), Estados Unidos (6,5) e França (6,0) — apresenta uma tendência de crescimento em decorrência da expansão da oferta de cursos médicos.

Portanto, a medicina não foge da tendência de outras áreas que recebem uma quantidade imensa de novos profissionais, ávidos por se destacar em mercados altamente concorridos. Cabe ao médico se especializar sempre, fazendo cursos, atualizando-se quanto aos conceitos da área, incorporando avanços da medicina, participando de workshops e aprendendo mais sobre temas correlatos, como o atendimento humanizado, por exemplo.

Assim, não resta dúvida: estudar e se capacitar é a chave para garantir que todo o seu esforço seja recompensado.

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