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Punção mamária: como e quando deve ser feita

Punção mamária: como e quando deve ser feita

O câncer de mama é a doença que mais afeta as mulheres no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimam-se que surgem 66.280 casos novos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022.

Por esse motivo, o diagnóstico precoce é a melhor opção para um tratamento eficaz e pouco invasivo, o que inclui cuidados com a saúde da mulher e a realização de exames que auxiliam na identificação precoce e no tratamento adequado de diversas condições mamárias.

A punção mamária, nesse caso, é um procedimento fundamental no diagnóstico. Por meio dele é possível obter amostras de tecido ou líquidos para análise laboratorial. Pensando nisso, elaboramos este artigo para que você entenda como funciona o procedimento.

Acompanhe a leitura e saiba mais informações sobre a punção mamária!

O que é a punção mamária e como ela é feita?

Também conhecida como biópsia por punção, a punção mamária é um procedimento médico que envolve a retirada de uma pequena amostra de tecido ou líquido de uma lesão ou área suspeita na mama, como um nódulo, por exemplo.

Essa amostra é posteriormente analisada por um patologista em laboratório para determinar a natureza da alteração e realizar o diagnóstico preciso. O procedimento é realizado por um médico especialista em Radiologia ou Mastologia e pode ser guiado por ultrassonografia ou mamografia. Isso depende da localização e das características da lesão mamária.

Existem diversos tipos de biópsias, mas as principais são a punção aspirativa com agulha fina (PAAF) e a biópsia por agulha grossa (core-biopsy). A escolha ideal para cada paciente pode variar conforme tamanho, localização, tipo de lesão e outras características relacionadas à anormalidade encontrada. Veja abaixo os detalhes.

Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)

Neste procedimento, enquanto o paciente está deitada, o médico insere uma agulha fina acoplada a uma seringa na região da lesão para aspiração do tecido. Geralmente, esse processo é guiado por um ultrassom e, por fim, a amostra é enviada para análise citológica.

Biópsia por agulha grossa (Core biopsy)

Equivalente à PAAF, esse processo conta com uma agulha de calibre um pouco mais grosso acoplada a uma pistola que, quando ativada, coleta fragmentos pequenos de tecido.

Por se tratar de um material mais invasivo, o procedimento é realizado sob anestesia local para gerar mais conforto ao paciente. Nesse caso, a posição da agulha é guiada por meio de ultrassom, mamografia ou ressonância magnética.

Após coletar as amostras com cuidado, esse material é enviado para análise histopatológica das células colhidas e determinar o diagnóstico. Em seguida, é possível emitir um laudo com o resultado definitivo.

Em quais casos ela é indicada?

A punção mamária é indicada quando há alguma alteração, nódulo ou lesão suspeita na mama detectada por exames de imagem, como mamografia ou ultrassonografia, assim como o grau de cada uma delas.

As possíveis lesões são estimadas conforme a classificação padrão BI-RADS (método desenvolvido para padronizar laudos de mamografia visando reduzir riscos de interpretação incorreta entre profissionais e serviços de saúde. Elas podem ser classificadas em:

  • BI-RADS 1 – exame normal ou negativo;
  • BI-RADS 2 – exame com achados certamente benignos;
  • BI-RADS 3 – exame com achados provavelmente benignos;
  • BI-RADS 4 – exame com achados suspeitos;
  • BI-RADS 5 – exame com elevado risco de câncer.

Diante disso, o recomendado é fazer a punção mamária sempre que os exames de imagem apresentarem BI-RADS 4 e 5. No caso de BI-RADS 3, os médicos normalmente indicam controle com exames de imagem em até 6 meses e, nas situações 1 e 2, o controle anual.

Mas, de modo geral, esse procedimento deve ser feito nos cenários abaixo:

  • nódulos mamários: ao identificar um nódulo ou caroço palpável na mama, a punção mamária é realizada para determinar se ele é benigno ou maligno;
  • alterações nos exames de imagem: ao encontrar alterações como calcificações ou assimetrias em mamografias e ultrassonografias, a fim de esclarecer a natureza dessas alterações;
  • avaliação de cistos mamários: usada frequentemente para drenar cistos mamários, que são bolsas de líquido benignas na mama, aliviando sintomas e excluindo possíveis diagnósticos malignos;
  • acompanhamento de pacientes com lesões benignas: muitas vezes, pacientes com lesões mamárias benignas podem ser acompanhados com punções mamárias periódicas para monitorar qualquer mudança na condição.

Vale destacar, portanto, que esses procedimentos na mama tornaram-se valiosos aliados na investigação diagnóstica e o profissional responsável tem um papel crucial na realização desses exames.

É necessário saber como agir em cada situação, suprir dificuldades dos pacientes e conhecer o procedimento detalhadamente, assim como os equipamentos de biópsia e seus respectivos insumos. Por isso, aperfeiçoar cada vez mais os conhecimentos na área é uma ótima alternativa.

Quais são as principais vantagens de se especializar na área?

A área de punção de mama desempenha um papel determinante na identificação precoce e no tratamento eficiente de condições mamárias, uma vez que possibilita um diagnóstico preciso e confiável.

Por esse motivo, o aperfeiçoamento contínuo dos conhecimentos é de extrema importância para profissionais de saúde, especialmente médicos radiologistas intervencionistas, mastologistas e patologistas, assim como a equipe envolvida no cuidado.

Vale destacar que investir nessa área é essencial para proporcionar o tratamento adequado dos pacientes, permitindo a identificação precoce de lesões malignas, prevenção ao câncer de mama e evitando procedimentos invasivos desnecessários em casos benignos. Além disso, o conhecimento aprofundado de técnicas e tecnologias garante a realização de exames dentro dos padrões de qualidade e um atendimento de excelência, mais humanizado e empático, tornando o processo mais acolhedor.

Como você pôde ver, a punção da mama é uma técnica minimamente invasiva que permite obter amostras de tecido para detectar alterações e auxiliar no tratamento de condições mamárias. Para isso, é importante que seja realizada por profissionais capacitados!


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