Transtornos mentais: conheça os principais

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Saber quais são os principais tipos de transtornos mentais é importante para ajudar os pacientes que chegam ao consultório com algum sinal ou sintoma desses males. A Organização Pan Americana de Saúde faz um importante alerta quanto a esse problema: dados indicam que nos países mais pobres, a média de pessoas com transtornos mentais sem tratamento é de 80%.

Em vista disso, vamos explicar o que é um transtorno mental e quais são as suas diferenças para os transtornos de personalidade. Ainda, saiba quais são os distúrbios psiquiátricos mais comuns, suas possíveis causas, sintomas, fatores de risco e as intervenções terapêuticas disponíveis. Boa leitura!

Afinal, o que são transtornos mentais?

Também chamados de transtornos psiquiátricos, essas enfermidades estão relacionadas às condições que influenciam ações e comportamento colocando em xeque a estabilidade da mente. Há vários tipos de transtornos mentais e a gravidade deles é determinada por diferentes fatores.

No cotidiano, às vezes, surgem dúvidas quanto a esse conceito, já que existem diversas condições que apresentam sintomas e sinais semelhantes. Com isso, é possível que surjam indagações e até mesmo confusão em certos quadros.

Por exemplo, muitos confundem a ansiedade — que é apenas uma emoção momentânea — com transtorno de ansiedade, caracterizado por um distúrbio patológico. De igual modo, o sentimento de melancolia pode ser confundido com doenças mais graves como a depressão.

Saber mais sobre os transtornos permite facilitar o diagnóstico pelo especialista em Psiquiatria ou o encaminhamento pelo médico generalista ou de outra especialidade ao psiquiatra.

Diagnóstico clínico

Em vias gerais, não é fácil estabelecer o diagnóstico psiquiátrico. Esses transtornos são definidos como alterações na estrutura química cerebral, que cursam com mudanças intelectuais e emocionais. Consequentemente, tais alterações podem gerar um viés cognitivo e influenciar diretamente o comportamento.

Por isso, o médico generalista deve conhecer as manifestações mais comuns de cada transtorno mental, sobretudo as condições específicas que os diferenciam e os caracterizam como patologias. Na rotina médica, isso ajuda bastante a tornar a anamnese mais segura e direcionada para a queixa principal do paciente.

Portanto, nos transtornos da mente, as manifestações geram impactos bastantes significativos na rotina do indivíduo. Os comprometimentos envolvem as relações sociais, pessoais e também a vida profissional. Exatamente por isso, a avaliação diagnóstica na Psiquiatria desafia bastante quem não é especialista nessa área.

Como os transtornos psicológicos estão classificados?

Em maio de 2013, foi publicada a última versão atualizada e revisada do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, ou DSM-V. Nesse documento, existem mais de 300 tipos de transtornos mentais catalogados, conforme o grupo de doenças as quais se encaixam.

Para facilitar a compreensão dos estudantes e médicos recém-graduados, convencionou-se classificar os distúrbios psiquiátricos por grupo. Veja como ficou:

  • Transtornos Neurocognitivos: Parkinson, Alzheimer e outras demências senis ou não;
  • Transtornos do Neurodesenvolvimento: autismo, déficit de atenção (TDAH);
  • Transtornos Psicóticos: esquizofrenia, esquizofrenia paranoide, transtorno delirante;
  • Transtornos Ansiosos: fobias, Síndrome do Pânico, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG);
  • Transtornos Depressivos: depressão maior, depressão pós-parto, distimia;
  • Transtornos de Personalidade: borderline, transtorno bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC);
  • Transtornos do Sono: insônia, hipersonolência e similares;
  • Transtornos relacionados ao uso de psicoativos, como álcool, cigarro e drogas ilícitas.

Quais são os principais transtornos mentais? Como reconhecer seus sintomas?

Atualmente, um dos transtornos psicológicos mais preocupantes é a depressão. Dados da Organização Mundial de Saúde alertam para o panorama desse mal no mundo: a doença afeta 5,8% dos brasileiros e 4,4% da população global. Mas há muitos outros distúrbios emocionais que preocupam os sistemas de saúde.

Em vista disso, destacamos as doenças mentais de maior prevalência entre a nossa população e as manifestações a elas associadas. Veja quais são!

Depressão

Esse transtorno mental afeta pessoas de diferentes idades, classes sociais e gênero. Além disso, a depressão se destaca como uma das principais causas de incapacidade para o trabalho. São inúmeros casos de absenteísmo e de afastamento definitivo resultante dos agravos à saúde mental e física gerados pelas crises depressivas.

Por diferentes motivos, essa doença tem maior incidência nas mulheres. Mesmo que esse grupo seja mais afetado, os homens também são acometidos pela depressão. Em ambos os gêneros, esse problema pode ser de longa duração ou simplesmente apresentar episódios depressivos temporários.

Contudo, todos os níveis de depressão exigem atenção especializada, haja vista o risco elevado para o desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos relacionados. Em geral, essa enfermidade causa prejuízos significativos na vida afetiva, pessoal, acadêmica e profissional do paciente.

Sob essa visão, conheça os sinais e sintomas que ajudam a reconhecer a depressão:

  • desinteresse por atividades que antes eram prazerosas;
  • memória fraca e falta de concentração;
  • tristeza, que varia de leve a profunda;
  • frustração ou sentimentos de culpa;
  • sonolência diurna e insônia noturna;
  • insegurança e medo do futuro;
  • desânimo e falta de energia;
  • alteração no apetite;
  • baixa autoestima;
  • irritabilidade;
  • mau humor;
  • cansaço;
  • angústia;
  • apatia.

Ansiedade

Os transtornos de ansiedade também são bastantes comuns e, em geral, são as causas principais das queixas das pessoas que procuram atendimento psiquiátrico. O que diferencia os sintomas é o grau de comprometimento do transtorno, já que há outros distúrbios psíquicos associados à ansiedade. Os mais evidentes são a fobia e o transtorno de pânico.

Quanto às manifestações, as pessoas podem apresentar ansiedade leve, moderada e grave. No nível mais elevado, destaca-se o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), marcado pela ansiedade patológica, que leva a sintomatologia em um nível significativo de cronicidade.

Os sinais característicos desse distúrbio cursam para uma rotina com sensações e sentimentos ansiosos e de difícil controle. Os pensamentos de quem tem ansiedade são temerosos, angustiantes e muito desagradáveis: a pessoa sofre por antecipação, às vezes, por algo que nem sempre vai acontecer.

Os sintomas se manifestam por um misto de sensações que afetam o estado físico e mental. Em tese, os mais comuns são:

  • dores no pescoço, na nuca e na cabeça;
  • sensação de desconforto físico;
  • formigamento nas extremidades;
  • tremores nas extremidades;
  • pânico, tensão e medo;
  • mau pressentimento;
  • dores no peito;
  • falta de ar;
  • palpitação;
  • sudorese;
  • angústia;
  • diarreia.

Fobia social

Também conhecido como transtorno de ansiedade social, esse é um desequilíbrio que provoca nas pessoas uma ansiedade extrema em certas situações em que elas precisam estar com outras pessoas. Geralmente, os fóbicos sociais evitam quaisquer circunstâncias que exigem o envolvimento com multidões e aglomerados.

Uma das características desse distúrbio é o prejuízo que causa em situações cotidianas, sobretudo naquelas que envolvem interação social. Seja na vida pessoal ou profissional, a pessoa com fobia social tende a viver isolada para evitar julgamentos, críticas ou mesmo o medo de ser ridicularizada em público.

Enumeramos os principais sintomas físicos e emocionais desse transtorno. Observe:

  • diarreia, náuseas e vômitos;
  • transpiração excessiva;
  • tremores;
  • gagueira;
  • preocupação em excesso por medo de falar algo errado;
  • temor por agir de forma constrangedora;
  • ansiedade extrema;
  • angústia.

Esquizofrenia

Esse transtorno também pode surgir em diferentes graus de comprometimento e é uma das condições de emergência em pacientes psiquiátricos. Geralmente, esse transtorno psicológico costuma aparecer durante a adolescência e juventude. Mas assim como todas as doenças mentais, a esquizofrenia pode surgir em outras fases da vida.

Somado a isso, as pessoas com esse transtorno apresentam as seguintes características:

  • alucinações visuais, auditivas ou do tato;
  • sensação constante de estar sendo perseguido;
  • sensíveis alterações de comportamento;
  • pensamento desorganizado e fora da realidade;
  • problemas afetivos e de relacionamento social;
  • episódios de delírios.

Bipolaridade

Dentre os transtornos mentais, a bipolaridade também apresenta alta prevalência no Brasil e no mundo. Dados da OMS apontam que a doença afeta cerca de 140 milhões de pessoas em todo o planeta. A bipolaridade se caracteriza por eventos marcados por oscilações imprevisíveis no humor, cuja alternância varia de acordo com o grau de comprometimento do quadro.

Nos pacientes crônicos, as alterações ocorrem quase que simultaneamente: em um momento, a pessoa apresenta euforia e, em seguida, é dominada por fases depressivas. Essas etapas que caracterizam o comportamento bipolar podem ter relação com outros transtornos psicológicos — como a ansiedade — que agravam o quadro.

Vale mencionar, ainda, que alguns pacientes com esse distúrbio apresentam somente os episódios de mania. Ou seja, eles não têm a fase depressiva, pois são dominados por condições de alta energia que os mantêm eufóricos o tempo todo.

Nesse distúrbio, os sinais oscilam da seguinte maneira:

  • a pessoa pode apresentar todos os sintomas da depressão;
  • pode ter tristeza ou felicidade extrema em períodos muito curtos;
  • desânimo ou muita energia em pouco espaço de tempo;
  • impulsividade ou apatia.

Porém, na fase de mania, a pessoa se torna bastante eufórica e apresenta as seguintes características:

  • excesso de energia e realização de atividades intensas;
  • muitos pensamentos ao mesmo tempo;
  • excesso de autoestima;
  • muita criatividade e disposição mental;
  • irritabilidade e agressividade.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Como o próprio nome desse distúrbio sugere, o TOC é um mal que leva a pessoa a desenvolver sentimentos e pensamentos caracterizados pela compulsão e obsessão. Sendo assim, isso compromete o equilíbrio emocional, influencia ações e afeta as atividades diárias.

Considerando a intrínseca relação entre mente e corpo, os transtornos mentais elevam os riscos à saúde, de forma generalizada. Isso porque quando a mente está dominada pela instabilidade, o corpo também se expõe a consequências negativas dessas condições.

No TOC, os pacientes têm comportamentos muito exagerados em relação à rotina. Um exemplo clássico é a mania de limpeza e o desenvolvimento de hábitos exagerados. Em determinadas situações, o indivíduo com a doença pode lavar as mãos “sem parar” ou o mesmo objeto repetidas vezes.

Tais atitudes são justificadas como um meio de proteção contra os germes causadores de doenças. Exatamente por isso, durante a fase crítica da Covid-19, houve uma sensível mudança na prevalência desse transtorno.

Nos casos mais graves, pode ser necessário internar o paciente devido ao torpor mental causado pela doença. Nessas circunstâncias, a pessoa com TOC vive em angústia e medo o tempo todo, o que afeta, significativamente, a sua qualidade de vida,

Também há outros hábitos que são observados nesse quadro: a pessoa se esquece se fechou a porta de casa ao sair e volta várias vezes para verificar. Ainda, esquece se retirou ou não o ferro de passar roupas da tomada e entra em desespero pelo “risco iminente de um incêndio de grandes proporções” resultante de seu aparente esquecimento.

Os sintomas do TOC variam de acordo com os subtipos da doença. Em tese, os mais comuns são:

  • verificadores — são aqueles pacientes que confirmam repetidamente as mesmas coisas, como porta trancada, devido ao risco de perigo;
  • excesso de organização — são obcecados por ordem, organização, arranjos e mantêm uma simetria em tudo o que fazem;
  • limpeza excessiva — medo de contaminar-se com doenças graves, compulsão exagerada por limpar a casa ou lavar as mãos;
  • pecadores e duvidosos — acreditam que tudo precisa ser seguido conforme as regras, pois do contrário, certamente haverá alguma punição;
  • acumuladores — guardam objetos pessoais e utensílios de casa, mesmo velhos, porque algo ruim poderá acontecer, caso descartem algumas dessas coisas.

Borderline

O nome desse distúrbio pode ser entendido como algo relacionado à personalidade limítrofe ou na “linha de separação”. Logo, a pessoa com Borderline apresenta sintomas marcados por um padrão de emoções instáveis. Isso afeta os relacionamentos e também o seu comportamento perante a sociedade.

Comumente, o paciente pode alternar momentos enérgicos, de grande euforia com sentimentos intensos de ansiedade, raiva, angústia ou depressão.

Na carreira médica, saber diferenciar esses sinais é importante para tornar a avaliação diagnóstica mais precisa. Confira suas principais características:

  • dificuldade para se organizar na rotina;
  • alternância de sentimentos positivos e negativos;
  • maior tendência a crises de ansiedade e de depressão;
  • mau desempenho acadêmico ou profissional resultante dos impactos negativos da doença sobre a rotina.

Síndrome do Pânico

As manifestações dessa doença ocorrem quando os portadores são expostos a situações que geram estresse muito intenso. Nessas circunstâncias, eles sentem um medo exacerbado por algo que leva ao desequilíbrio, à angústia profunda e ao desespero. Por conseguinte, esses indivíduos não conseguem realizar suas atividades rotineiras e incorrem no risco de desenvolver diversas comorbidades.

Entre os tipos de estresse que mais influenciam as sensações de pânico destacam-se:

  • condições de submissão excessiva;
  • histórico de abusos morais e sexuais;
  • carga exagerada de atividades e frustrações;
  • falta de suporte familiar ou profissional para lidar com as crises.

Quanto aos sintomas, durante esses eventos, o paciente apresenta sintomas clássicos, tais como:

  • falta de ar;
  • sudorese;
  • dores no peito;
  • tremores nas mãos e pés;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • sensação de morte iminente, mesmo na ausência de perigo aparente.

Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

Os profissionais que atuam na área de saúde costumam chamar esse distúrbio de “Síndrome do Pavio Curto”. Pessoas com esse desequilíbrio apresentam comportamentos caracterizados por impulsos agressivos, mesmo que não haja justificativa aparente para essa conduta.

Em alguns casos, ocorrem falas de baixo calão e sérias agressões verbais. Às vezes, os pacientes de TEI tornam-se extremamente agressivos e podem, inclusive, danificar ou destruir propriedades. Contudo, essa doença difere do vandalismo porque a agressividade não é algo premeditado. Ou seja, ela resulta da incapacidade de controlar os sentimentos de raiva.

Desse modo, esse comportamento e atitude são descritos como surtos eventuais ou ataques que surgem, de forma repentina, que duram minutos ou horas. Geralmente, eles entram em remissão espontânea levando a pessoa ao arrependimento imediato e à sensação de vergonha e culpa.

Vale destacar, ainda, que a “Síndrome do Pavio Curto” é caracterizada por episódios de agressividade espontâneos. Todavia, ela não é associada ao consumo de drogas, álcool ou a outros distúrbios psiquiátricos.

Entre os sintomas e ações observadas durante esses eventos, destacam-se:

  • tendência ao arremesso de objetos durante as crises;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • sudorese e tremores;
  • aumento da pressão arterial;
  • agressões verbais e físicas, mesmo sem motivo;
  • episódios de surtos de raiva repentinos;
  • impaciência e irritabilidade exageradas;
  • falta de controle sobre as ações;
  • sentimento de culpa após o surto.

Por que a pandemia de Covid-19 influenciou tanto a saúde mental?

Em vias gerais, desde o início da pandemia houve maior procura por suporte psiquiátrico e psicológico. Mesmo quem não apresentava histórico prévio de doenças mentais foi exposto a condições que impactaram a estabilidade emocional. Contudo, nem sempre as doenças foram diagnosticadas e tratadas, de fato.

Além do grande número de óbitos, fatores ligados ao medo da transmissão da Covid, as perdas financeiras e as mudanças nas relações de trabalho foram determinantes. Tais questões foram consideradas os pilares que prejudicam a saúde mental e, por conseguinte, resultam em diferentes comorbidades.

Percepção dos brasileiros sobre a saúde mental pós-pandemia

No Brasil, a maioria das pessoas tem noção clara da importância de cuidar da saúde mental. Isso foi comprovado pelo resultado de um estudo recente, que abrangeu amostras de diversos estados brasileiros: foram 2 mil participantes.

Conforme os organizadores, o objetivo foi avaliar o sentimento e percepção da população brasileira quanto à saúde mental. Observe os dados da pesquisa:

  • 63% afirmaram que cuidam da própria saúde mental;
  • após a pandemia, cerca de 57% afirmaram adotar mais cuidados com as emoções;
  • 20% fazem tratamentos gratuitos e terapias voltadas para atenção à saúde mental;
  • 53% concordam que as redes sociais afetam negativamente a estabilidade emocional e mental;
  • 60% das mulheres afirmaram que se sentem bem com o próprio estado psicológico.

Como reduzir os riscos de transtorno mental em crianças e adolescentes?

Em linhas gerais, o público jovem requer mais atenção e proteção de sua integridade mental. Nesse grupo, as mudanças que ocorrem nas fases de transição do ciclo de vida podem contribuir para distúrbios que, via de regra, tendem a perdurar por toda a vida adulta.

A estabilidade psíquica na infância e juventude é determinante em diversos aspectos da vida. Afinal, é nos primeiros anos que esses indivíduos farão aquisições importantes que o cérebro usará pelo resto da vida. Por isso, se surgirem transtornos nessa fase, eles poderão se agravar no futuro.

Assim, a falta de atenção aos aspectos psicológicos pode não apenas piorar a qualidade de vida dessas pessoas como gerar comorbidades e elevar a exposição ao risco de outros danos ao organismo. Considerando que é na infância que os indivíduos desenvolvem a maior parte de sua estrutura mental, tais fatores não podem ser ignorados.

Nesse contexto, cabe aos pais, educadores e profissionais de saúde protegerem a saúde mental dos mais jovens. Nessa fase da vida, crianças e adolescentes precisam de um suporte emocional adequado para driblar situações adversas e fortalecer as emoções, com vistas à superação dos desafios futuros.

Logo, preservar a integridade mental desse grupo é primordial. Para tanto, é preciso dar prioridade a medidas de educação preventiva a fim de evitar prejuízos de ordem psíquica. Manter um diálogo aberto pode ser estratégias benéficas e que auxilia na construção de vínculos de confiança.

Em vista disso, listamos os principais fatores que afetam a saúde mental desses grupos e podem causar prejuízos à estabilidade emocional e psíquica e transtornos de humor em crianças. Observe:

  • bullying;
  • uso excessivo de tecnologia;
  • exposição a abuso sexual;
  • violência física e psicológica;
  • falta de afeto e de atenção dos pais;
  • cobrança exagerada por parte da família;
  • traumas e experiências negativas.

Quais medidas podem proteger a saúde mental da população?

Recentemente, a OMS destacou fontes de um estudo realizado em 2019. Os números indicam que quase um bilhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental. Essas doenças afetam pessoas de todas as idades, sobretudo adolescentes e jovens que, em média, integram 14% dos casos.

O objetivo desse estudo foi avaliar o panorama da saúde mental no globo e, com isso, fornecer um plano de suporte para incentivar governos, médicos acadêmicos e generalistas à adoção de estratégias que possam auxiliar na reversão desses dados. Obviamente, além da ajuda profissional, os aspectos relacionados à responsabilidade individual devem ser considerados e, por isso, incentivados nos pacientes.  

Sob essa ótica, elencamos algumas práticas que ajudam a promover mudanças de comportamentos necessárias para melhorar a saúde mental coletiva. São eles:

  • organizar os horários e evitar estresse como chegar atrasado aos compromissos ou irritação com o trânsito lento;
  • não gastar energia com coisas desnecessárias, como fofoca ou mal entendidos que não contribuem para o bem;
  • afastar-se de pessoas tóxicas e evitar desgastes emocionais e perda de tempo com discussões alheias;
  • controlar as emoções e dominar os ataques de raiva, de modo a não arrepender-se depois por proferir palavras impensadas;
  • manter a calma, falar menos e concentrar-se em coisas positivas, que contribuam para o próprio bem-estar e o das pessoas ao seu redor.

Gostou de conhecer mais sobre os transtornos mentais?

Dada a complexidade que envolve as disfunções psiquiátricas, o ideal é investir em medidas de prevenção mais eficazes. Assim como os profissionais de saúde, os gestores que atuam nesse ramo devem buscar alternativas mais centradas no bem-estar e na qualidade de vida desses pacientes.

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