Como conseguir o primeiro emprego na Medicina

Jun 27, 2025 . 6 minutos de leitura
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Não sabe como conseguir o primeiro emprego na Medicina? Confira as melhores dicas para começar!

A carreira de médico pode ser extremamente bem-sucedida. Afinal, trata-se de uma área com alta empregabilidade e diversidade de oportunidades. Porém, não é viável fugir das inseguranças e desafios que ocorrem antes de conseguir o primeiro emprego na Medicina.

Para lidar com isso, é importante ficar de olho no mercado de trabalho e compreender o que fazer desde a graduação em prol de melhorar as chances de ser contratado logo após a formatura, investindo em boas estratégias para garantir tal resultado.

Descubra quais são essas práticas e muito mais a seguir!

Como a qualidade da formação do médico impacta sua entrada no mercado de trabalho?

O sonho de se tornar médico começa com a entrada em uma graduação. Nesse momento, é preponderante escolher uma instituição qualificada, com um programa curricular estruturado para os desafios do dia a dia e bons professores em seu quadro docente.

Pois, uma boa formação médica faz diferença para conseguir o primeiro emprego na Medicina e se consolidar como um profissional de prestígio. Ou seja, considerar esses pontos aumenta as chances de ser contratado, especialmente porque, estando matriculado em uma faculdade de alto nível, o aluno tem acesso a mais oportunidades relevantes.

Estágios, eventos educacionais e demais atividades extracurriculares podem ser o passaporte para um contrato quando recém-formado. Inclusive, é possível ser indicado por alguém com quem colaborou ao longo do ensino superior ou ser efetivado em um dos locais em que atuou depois do término do bacharelado.

Quais são as melhores estratégias para conseguir o primeiro emprego na Medicina?

Além da formação, existem outras medidas que facilitam a jornada de quem está em início de carreira nessa área. Confira as principais!

Entenda como as opções se encaixam em seus planos

Fazer plantões particulares, prestar atendimento no SUS ou ter consultório próprio são apenas algumas das possibilidades para seguir carreira como médico. Apesar de igualmente importantes, cada uma delas é diferente. Assim, o ideal na hora de conseguir o primeiro emprego na Medicina é se direcionar a busca para a mais alinhada com os planos.

A lógica por trás disso é simples: priorizando atividades próximas daquelas que estão em seus objetivos futuros, você aumenta as chances de ser contratado para a função almejada por já estar familiarizado com ela. Portanto, vale estruturar sua jornada para maximizar a empregabilidade no que deseja desde o início.

Estruture o currículo de forma inteligente

Obter o primeiro emprego na Medicina tende a parecer desafiador para um profissional sem experiência. Todavia, estágios e outras oportunidades de atuação acadêmica prática durante o curso são importantes vivências sobre as quais começar, se posicionando como experiências que preparam o estudante para a realidade da profissão.

A apresentação dessas informações no currículo faz toda a diferença para a entrada no mercado de trabalho. Mais que listá-las, é preciso destacar as atividades realizadas e os aprendizados obtidos, chamando atenção para o que o recém-formado tem mais segurança ou interesse no escopo laboral.

Além disso, pode ser útil contar com recomendações de médicos mais experientes com quem trabalhou na época em que estudava. Nesse caso, desde as tradicionais cartas até as redes sociais são opções a ser usadas para expor essas avaliações.

Invista no networking de longo prazo

Sabia que ser indicado por colegas, professores ou antigos líderes não é só um reconhecimento de seu desempenho, isso também funciona como uma das formas mais eficientes de conseguir o primeiro emprego na Medicina?

Desse modo, aproveitar todas as oportunidades de conhecer outras pessoas da área é útil tanto para ter conversas técnicas e descobrir novidades do setor, quanto para se tornar uma opção quando uma oportunidade de contratação surge.

Assim, a primeira dica de networking é participar de eventos. Desde viagens de turma até congressos são alternativas para se aproximar dos demais profissionais. Simpósios ou seminários médicos, ainda se somam as reuniões institucionais e beneficentes nessa lista.

No entanto, não basta fazer contato e anotar o telefone para usar se necessitar, é relevante manter um vínculo para ser prestigiado. Então, busque desenvolver esses relacionamentos trocando artigos, dicas ou realizando indicações para vagas mais seniores.

Credencie-se em planos de saúde e portais de telemedicina para ganhar experiência

Muitas vezes, empreender abrindo um consultório próprio é uma maneira de ter independência profissional, desenvolver uma carreira de sucesso na área da Medicina e ainda dar o pontapé inicial nessa jornada.

Entretanto, atrair os primeiros pacientes ou construir uma carteira recorrente leva algum tempo e depende do recém-formado passar a ser conhecido na região em que atende, deixando suas finanças mais instáveis nesse período.

Para agilizar tal processo e se tornar acessível para um público maior, existem medidas que são de fácil execução pelos novos médicos. A começar pelo credenciamento nas operadoras de planos de saúde e portais de telemedicina.

Essas empresas buscam ter uma rede de atendimento mais ampla. Contudo, é importante considerar os valores pagos. Nesses casos, o ganho tende a ser experiência obtida e seu impacto na hora de conseguir uma vaga fixa.

Comece um aprimoramento profissional

Manter-se atualizado é preponderante para o sucesso em qualquer área. Na Medicina, isso significa fornecer diagnósticos mais precisos, tratamentos com maiores chances de resultado positivo e atendimento qualificado. Desse modo, a formação contínua é uma ferramenta para entregar qualidade para cada paciente e se tornar reconhecido.

Embora o aprimoramento profissional possa ocorrer por meio de cursos, seminários, simpósios e outros formatos de curta duração, a pós-graduação — que é diferente de uma residência — é um caminho para realizar um aperfeiçoamento que gere ganhos como conseguir o primeiro emprego ou adquirir experiência em uma especialidade.

Nesse último cenário, os estágios que compõem esse tipo de capacitação ajudam na obtenção do reconhecimento como especialista via prova de título das Sociedades Brasileiras de cada segmento médico.

Quais são as habilidades mais exigidas dos médicos atualmente?

Obter o primeiro emprego na Medicina, fidelizar pacientes e, até mesmo, conseguir uma promoção são aspectos da vida profissional nessa área que não dependem apenas de competência técnica.

Mais que isso, aplicar todo o conhecimento adquirido durante a faculdade e a pós-graduação exige certas capacidades que vão além disso. Veja as principais e como podem ser desenvolvidas:

Análise, elaboração e raciocínio clínico

Não importa se o profissional está no primeiro emprego na Medicina ou se tem uma longa carreira, o diagnóstico é uma fase crítica do atendimento. Mais que a máxima atenção nesse momento, a fim de coletar muitas informações para não errar e prejudicar o paciente, as habilidades avaliativas são preponderantes.

Isso porque o conjunto de capacidades composto por análise, elaboração e raciocínio clínico é o que vai permitir:

  • fazer as perguntas adequadas;
  • identificar os quadros;
  • determinar o melhor tratamento;
  • entender a gravidade e a urgência da situação.

Afinal, são elas que ajudam a associar sintomas e conjunturas às descrições vistas em sala de aula, bem como possibilitam que o médico conduza a investigação com maior precisão para confirmar suspeitas, por exemplo.

Para desenvolver essas características existem algumas táticas que treinam o cérebro, entre elas a resolução de problemas de lógica, a prática de jogos como o xadrez, a realização de reflexões analíticas ou de causa e efeito são as mais úteis. Ainda vale realizar leituras para compor repertório de referências.

Comunicação clara

Apesar do desenvolvimento de novos exames que ajudam a identificar e prever males cujo diagnóstico é complexo, não é possível negar que a principal fonte de informação para a avaliação médica é o paciente.

Na prática, isso significa que habilidades em comunicação afetam a capacidade de definir o quadro e o tratamento. Basta imaginar uma situação em que o ambiente onde a pessoa reside pode ser a chave para descobrir a causa da enfermidade, para compreender como é importante que haja um questionamento sobre esse ponto em prol de evitar erros.

De igual maneira, explicar temas técnicos de forma clara reduz o risco de abandono das terapias ou da não realização de procedimentos por dúvidas e inseguranças.

Via de regra, aprimorar essa habilidade é algo que leva tempo. Uma dica é procurar realizar a escuta ativa, avaliando os pontos que podem estar por trás do que é dito. Por fim, tome cuidado para não se perder dos objetivos da conversa e deixar todos confusos nas explanações.

Empatia e inteligência emocional

A perspectiva de uma doença séria ou da necessidade de um tratamento invasivo, como o cirúrgico, tendem a deixar pacientes e familiares bastante preocupados. Um bom médico não pode ignorar essa realidade no trato com seu público.

Agir adequadamente nesse contexto requer empatia e inteligência emocional. Se você quer desenvolvê-las, o ideal é começar pelo autoconhecimento para lidar com os próprios sentimentos.

A partir disso fica muito mais fácil observar e perceber desde emoções até necessidades psicológicas dos outros, visando conseguir responder às demandas, especialmente nos momentos mais desafiadores, a exemplo de dar notícias ruins.

Lidar com pressão e responsabilidade

Atender em emergências, principalmente no primeiro emprego na Medicina, pode gerar momentos difíceis, haja vista a pressão e a responsabilidade envolvidos. Não à toa, já que o médico é central no cuidado com a vida humana.

Dessa forma, manter a calma diante de situações que desencadeiam reações nervosas é imprescindível para a boa conduta e a efetiva solução dos problemas dos pacientes, garantindo a segurança deles durante os tratamentos.

O maior desafio nesse cenário é que tal capacidade se baseia em outras habilidades como gerenciamento de tempo, senso crítico, priorização, organização, precisão e atitude para definir limites. Frente a isso, o trabalhar nelas é o que desenvolve o mais alto nível de preparo para lidar com o restante.

Pensamento crítico

Todos os dias, médicos precisam tomar decisões que podem afetar o bem-estar de seus pacientes. O processo por trás disso se baseia em mensurar se os benefícios das soluções disponíveis são maiores que os riscos ligados a elas.

Mas nem sempre é uma tarefa simples contrapor esses dois aspectos, exigindo que os profissionais da saúde dependam de seu pensamento crítico. Na rotina médica, exercitar essa habilidade passa por:

  • buscar diferentes perspectivas;
  • focar em evidências;
  • ir a fundo na procura de razões ou causas;
  • analisar a coerência dos argumentos;
  • prestar atenção a vieses;
  • construir um embasamento referenciado, sólido e atualizado.

Liderança

Para quem busca o primeiro emprego na Medicina, o impacto das hierarquias na tomada de decisão e na organização de processos na área da saúde pode não ser nítido. Pois, durante o aprendizado, a maneira como essas dinâmicas funcionam não fica em foco.

Porém, a realidade de um profissional formado é bastante diferente, uma vez que abrange um papel de liderança cujo objetivo é garantir desde o diagnóstico adequado até que o tratamento ocorra da melhor forma.

Basicamente, o médico necessita ser tão proativo quanto resiliente, bem como ser firme nas escolhas feitas e acolhedor na escuta, ouvindo ativamente todos para compreender a fundo as questões subjacentes. Uma dica para se aperfeiçoar nisso é observar outros líderes que têm sucesso nessa função.

Como se portar em uma entrevista para o primeiro emprego na Medicina?

Não é só no dia a dia do trabalho que certas habilidades têm grande impacto para atingir o sucesso na carreira médica, ser contratado em uma boa vaga também depende de algumas delas já na entrevista. Isso significa que a postura e a atitude nesse momento devem ser preparadas.

O passo inicial para essa finalidade é conhecer o potencial contratante, seu perfil e seus valores. Além disso, a capacidade de mostrar sua jornada e seus diferenciais faz toda a diferença para conseguir o primeiro emprego na Medicina. Logo, organize uma apresentação que aborde esses pontos.

Simular como pretende responder as perguntas que serão feitas é outro cuidado útil. Para tanto, comece antecipando as questões e depois pense nas respostas, visando falar com segurança sobre cada assunto para impressionar o entrevistador.

Por fim, demonstre interesse pela oportunidade, expondo suas dúvidas acerca das dinâmicas da clínica ou hospital, uma vez que elas ainda servem para te dar clareza do que está por vir na função.

O primeiro emprego na Medicina está ao alcance de todos aqueles que investem em uma combinação de desenvolvimento e contatos. Em geral, é preciso atrelar capacidade técnica e habilidades com uma rede para chegar a boas vagas ou aumentar a carteira de pacientes.

Nesse contexto, se manter atualizado é outra medida relevante. Para isso, assine a nossa newsletter e conte com a Afya Educação Médica!

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