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17.7.2023
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Novos adoecimentos de funcionários podem ser um problema que merece a sua atenção. Mesmo antes da pandemia de Covid-19, a maioria das empresas já enfrentava desafios referentes à baixa produtividade dos funcionários por conta de questões ligadas a transtornos mentais, por exemplo.
Nesse sentido, saber o papel da Medicina do Trabalho diante de novos adoecimentos, sobretudo os que afetam a estabilidade mental, se torna essencial. Aproveite então para conhecer algumas razões para escolher a Medicina do Trabalho como especialidade, e, ainda, saiba quais são as doenças mais comuns nos espaços corporativos e o que fazer para minimizar os seus impactos sobre a saúde do trabalhador. Boa leitura!
Alguns aspectos ajudam a entender a importância da atuação do médico do trabalho na contenção dos impasses que surgem nesse campo e também quais são os determinantes que mais impactam na saúde mental da classe trabalhadora. Acompanhe!
Nas últimas décadas, o avanço tecnológico e científico proporcionou muitas mudanças e influenciou comportamentos em diversas áreas da sociedade. Com isso, foram observadas significativas mudanças também no ambiente de trabalho, o que gerou novas oportunidades para a carreira médica nessa área.
Entre as transformações ocorridas se destaca o surgimento de novas relações de trabalho, tanto no modo de produção quanto na troca de informações — e de conhecimento. Uma das consequências dessa mudança foi o aumento da pressão por resultados, o que impacta diretamente na saúde mental e física dos funcionários.
Logo, tais mudanças têm gerado muitos riscos à saúde física e no âmbito psicossocial, que envolve diferentes aspectos na vida pessoal, profissional e social do trabalhador. Isso eleva a responsabilidade dos profissionais de saúde que atuam na área ocupacional, já que são grandes os desafios que precisam ser contornados.
Nos últimos anos, a temática que envolve a saúde mental no trabalho tem sido amplamente discutida, visto os impactos dos novos adoecimentos nos espaços laborais. Além disso, esse assunto está associado a discussões que englobam também as normas técnicas e protocolos inseridos na rotina dos profissionais.
Os números que demonstram a realidade da saúde mental no trabalho também servem de alerta para a busca de novas alternativas para que a assistência profissional seja mais presente nesses espaços. A cada dia, surgem novas doenças e, com elas, novos desafios.
Dados de um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT) destacam que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam problemas emocionais. Na maioria das vezes, tais quadros cursam para a incapacitação.
Confira outros dados:
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou uma pesquisa com a temática “Condições de Trabalho dos trabalhadores da Saúde no contexto da Pandemia da Covid-19”, que foi amplamente divulgada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). Os resultados foram alarmantes e sugerem a necessidade de intervenções urgentes.
Diversos motivos foram relacionados aos dados obtidos, que denotam a má qualidade da saúde mental da classe trabalhadora no país. Segundo o estudo, cerca de 84% das pessoas são expostas à sobrecarga horária – atuam por mais de 60 horas semanais de trabalho.
Outro fator importante foi o aumento dos contratos informais, que não asseguram os direitos trabalhistas essenciais, como cobertura de acidentes ou contagem de horas para benefícios como FGTS ou aposentadoria. Nessas circunstâncias, os trabalhadores são mais expostos a alterações significativas em sua saúde.
Entre as questões mais emblemáticas e que elevam os riscos de novos adoecimentos, as mais evidentes são:
Os médicos generalistas que optarem por fazer pós-graduação ou residência médica em Medicina Ocupacional terão que exercer um papel muito importante na manutenção e reabilitação da saúde laboral. São inúmeros os desafios que englobam a saúde física e emocional no trabalho, o que destaca essa especialidade no mercado de trabalho na Medicina.
Nesse contexto, destacamos algumas situações que corroboram para piorar a qualidade da saúde nesse grupo:
No Brasil pós-pandemia observa-se a heterogeneidade das necessidades de cuidados no âmbito da saúde ocupacional. Com os novos adoecimentos, a saúde dos trabalhadores está sempre em risco. Essa realidade compromete a produtividade e impacta significativamente o sucesso profissional e a sustentabilidade dos negócios.
Nesse sentido, a Medicina do Trabalho é um campo aberto a novas oportunidades para os médicos recém-formados ou para quem pretende atuar em uma nova especialidade médica.
Quanto às doenças mentais que mais afetam a classe trabalhadora e que exigem mais atenção profissional destacam-se:
Há vagas para esses profissionais em empresas de médio e grande porte, já que tais quadros estão cada vez mais presentes nos espaços corporativos. Na rotina ocupacional, os médicos trabalham focados na prevenção de acidentes, mas na atual conjuntura, também é preciso auxiliar o contingente que enfrenta transtornos psicossociais.
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Dilemas ligados ao esgotamento físico, mental e emocional, a pressão por metas e as condições inadequadas de trabalho estão entre as causas dos novos adoecimentos. Sendo assim, o médico do trabalho torna-se um importante mediador para atenuar os desafios junto à gestão da saúde corporativa.
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