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28.4.2021
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Um ano depois de ser declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde, a contaminação pelo vírus da Covid-19 já deixou mais de 3 milhões de vítimas fatais no planeta, sendo 375 mil delas só no Brasil. Além do rastro de morte, a doença tem deixado um grande impacto na saúde mental das pessoas, uma condição psicológica chamada de Coronofobia.
A Coronofobia pode ser descrita como a sensação de medo e preocupação constantes durante a pandemia, estado que gera uma grande ansiedade diante da hipótese de contrair o vírus da Covid-19.Também diz respeito ao impacto psicológico e aos prejuízos físicos provocados nas pessoas pela doença em si ou relacionados às medidas de contenção de vírus, como o isolamento social, uso de máscaras e lockdowns.
As sensações e quadros associados mais comuns incluem:
Muitas dessas reações a situação da pandemia podem ser confundidas com comportamentos normais e esperados diante das realidade atual. Contudo, é preciso ficar atento a sensações e sentimentos exacerbados que são prejudiciais ao indivíduo a médio e longo prazo.
Um estudo publicado na National Library of Medicine, nos EUA, fez uma análise de 500 casos de ansiedade e depressão nos EUA ao longo da pandemia e chegou a conclusão de que 100% deles estavam ligados de alguma forma ao problema da pandemia. Outra pesquisa, essa feita no Brasil pelo Ministério da Saúde.
Novos estudos foram publicados sobre o fenômeno da Coronofobia ao longo do primeiro ano da pandemia da Covid-19. As pesquisas analisaram principalmente os gatilhos psicológicos que ativam as sensações fóbicas e causam sofrimento. Cientistas descobriram que os principais envolvem a exposição a situações ou pessoas que aumentam a probabilidade de contrair o vírus, como sair de casa, ir trabalhar, encontrar amigos e parentes em espaços fechados.
O estudo propõe até uma escala para medir o grau de mal estar relacionado ao medo de contrair a doença:
Outra pesquisa avaliou a Coronofobia para entender o impacto do sofrimento psicológico vivido durante a pandemia. Por meio da análise de regressão múltipla hierarquizada, cientistas descobriram que a fobia ao Coronavírus agravou quadros de depressão, ansiedade generalizada e ansiedade por medo da morte.
Houve ainda um aumento significativo na sensação de vulnerabilidade como forte fator de sofrimento.
Seus pacientes apresentaram mudanças significativas no comportamento desde o início da pandemia? Eles relatam sofrimento?