Escrito por
Publicado em
8.3.2021
Escrito por
minutos
Cada fase da vida da mulher exige uma série de cuidados que devem levar em conta fatores específicos de cada faixa, como o encerramento do ciclo reprodutivo, popularmente chamado de menopausa. Esse período tem um impacto relevante sobre o corpo feminino, se manifesta de maneiras muito diferentes em cada mulher e tem consequências igualmente únicas para sua saúde. Por esse motivo, o gerenciamento da menopausa deve ser feito de modo individualizado, com uma abordagem de medicina personalizada. Um artigo publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism sugere que o gerenciamento da menopausa deve ser feito em cinco etapas. São elas:
Identificar a fase que a mulher se encontra: se está na pré-menopausa, na menopausa ou na pós-menopausa. Há diversos métodos para realizar essa análise, como fatores etários, fenômenos típicos de cada fase da menopausa, mudanças no corpo da mulher, entre outros.
Fazer uma análise detalhada sobre os fenômenos e alterações fisiológicas típicos do período. São eles :
Nessa etapa, recomenda-se uma abordagem de saúde integral baseada em fatores de saúde da meia-idade, como controle de peso, recomendação de atividade física, abandono do tabagismo e da ingestão de álcool.
De acordo com a Endocrine Society e a International Menopause Society, nesta etapa é recomendado uma avaliação para a implementação da terapia hormonal da menopausa (THM) sistêmica. A terapia é indicada principalmente para mulheres com sintomas vasomotores moderados ou graves.
Muitas mulheres optam por não realizar a THM sistêmica. Para elas são indicadas alternativas que apenas auxiliam no alívio dos sintomas, mas não necessariamente funcionam como prevenção para doenças decorrentes da menopausa.
A quinta e última etapa inclui a avaliação da Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGUM). A síndrome é marcada pela ocorrência de secura vaginal, irritação e flacidez da mucosa genital, diminuição da libido, dores durante o ato sexual e incontinência urinária de urgência. Para mulheres que sofrem de SGUM, a recomendação é que usem hidratantes e lubrificantes vaginais. Se os sintomas persistirem, estrogênio vaginal em doses baixas costuma ser a próxima recomendação.
Conhecido como hiperandrogenismo, trata-se de excesso de androgênios, como é o caso da testosterona, provenientes dos ovários ou adrenais, que podem se manifestar clinicamente por meio de hirsutismo - o crescimento exagerado de pelos.
Durante a menopausa é comum que ocorra uma redução da produção de estrogênios. Contudo, os androgênios sofrem uma redução bem mais lenta e gradual. Desse descompasso surge a testosterona aumentada. Outra causa comum é chamada de hipertecose ovariana, uma desordem que lembra a síndrome dos ovários micropolicísticos (SOP).
O tratamento da testosterona aumentada varia de acordo com sua etiologia:
Qual sua abordagem de gerenciamento da menopausa?