5 melhores práticas no atendimento de paciente infantil

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A prática da Medicina envolve muitos detalhes. Além de conhecimentos técnicos específicos, essa área aborda a necessidade do desenvolvimento de competências socioemocionais, como a empatia e a compreensão das necessidades dos pacientes. E isso se torna ainda mais relevante quando estes são crianças!

O atendimento de paciente infantil é cheio de particularidades. Afinal, eles não são “adultos pequenos”. Pelo contrário! São indivíduos não só cheios de personalidade, mas também com características fisiológicas, anatômicas e psicossociais únicas.

E então, quais são as melhores práticas para o atendimento desses pacientes tão especiais? Foi pensando nessa dúvida que preparamos o conteúdo que você verá a seguir. Continue a leitura e saiba mais!

Quais são as particularidades do atendimento ao paciente infantil?

O atendimento médico a pacientes infantis pode apresentar desafios únicos para os profissionais de saúde. Lidar com crianças requer habilidades específicas e uma abordagem diferenciada, pois elas possuem necessidades físicas e emocionais distintas dos adultos.

Uma das principais diferenças entre o atendimento das crianças e dos adultos está no desenvolvimento físico e emocional desses pacientes. As crianças estão em constante crescimento e desenvolvimento, o que significa que seus corpos podem responder de maneira diferente a doenças, medicamentos e tratamentos. Ou seja: uma abordagem personalizada é imprescindível.

Além disso, precisamos levar em consideração que os pais também são partes ativas do tratamento. Ao contrário do que muitas vezes é visto no atendimento aos adultos, as crianças não têm autonomia para fazer as próprias escolhas e lidar com os responsáveis se torna parte do atendimento personalizado à criança no consultório médico.

Quais são os desafios desse tipo de atendimento?

Antes de partirmos para as melhores dicas para conduzir o atendimento ao paciente infantil, que tal conferirmos alguns dos desafios mais presentes nesse contexto? Veja a seguir!

Interferência dos pais no tratamento

Conforme mencionado, a participação dos pais é muito presente no atendimento à criança. Isso é algo completamente normal e esperado, já que os pequenos ainda não podem tomar as suas próprias decisões ou cuidar da saúde da forma adequada.

No entanto, isso também pode ser um desafio. Afinal, muitos pais não se mostram abertos às recomendações feitas pelos médicos ou podem ficar inseguros quanto aos tratamentos e intervenções necessárias.

Embora isso seja esperado pode, também, representar uma dificuldade extra no atendimento e na carreira em Pediatria, especialmente quando sentimentos como a ansiedade se tornam parte do processo.

Dificuldade da criança em aceitar o tratamento

Crianças têm necessidades diferentes e, claro, especificidades emocionais que as tornam únicas. Dentre elas, podemos citar detalhes como a maior presença de medos e ansiedades, que podem dificultar o atendimento.

A aceitação do tratamento também pode ser prejudicada no dia a dia doméstico, como a relutância em tomar alguns medicamentos e outros detalhes. Por isso, é importante que os pais também estejam a bordo para promover a aceitação total das práticas que contribuirão para a melhora do estado clínico do paciente.

Dificuldade de comunicação

As habilidades de comunicação das crianças estão em constante evolução, variando de acordo com a idade. Por isso, os médicos e demais profissionais da saúde devem, também, desenvolver estratégias para se comunicar de forma adequada com os pequenos pacientes.

Ao mesmo tempo, a comunicação com os adultos deve estar afiada, a fim de otimizar a compreensão dos pais e responsáveis sobre as recomendações médicas e demais informações passadas ao longo da consulta.

Quais são as melhores práticas no atendimento ao paciente infantil?

Chegou a hora de você descobrir algumas práticas que vão fazer a diferença na hora de abordar o paciente infantil. Confira!

1. Construir uma relação de parceria com os pais e responsáveis

O primeiro passo para um atendimento infantil realmente eficiente e adequado é, sem dúvidas, a construção de uma relação médico-paciente de confiança e parceria com os pais e responsáveis. Afinal, eles são o elo entre a criança e o acesso deste paciente à saúde de qualidade.

Os pais são os principais cuidadores das crianças e desempenham um papel fundamental na adesão ao tratamento. Incluí-los, portanto, é quase tão importante quanto fazer um bom diagnóstico e a prescrição adequada das medicações para cada caso.

É importante ouvir suas preocupações e responder a todas as perguntas de forma clara e compreensível. Para isso:

  • mantenha uma comunicação aberta e honesta, explicando os procedimentos, os resultados esperados e os possíveis efeitos colaterais;
  • tire um tempo para ouvir suas queixas, dúvidas e anseios, tratando cada um dos tópicos com o devido respeito e atenção;
  • use estratégias diferentes para explicar as coisas e nunca parta para o “mediquês”;
  • envolva os pais no processo de tomada de decisões, levando em consideração suas preferências e o estilo de vida da família sempre que for possível.

Não se esqueça: cabe aos médicos a responsabilidade de fornecer informações detalhadas sobre o plano de tratamento, explicar os benefícios e possíveis efeitos colaterais, e responder a todas as dúvidas e preocupações dos pais.

2. Criar um ambiente lúdico e acolhedor

As crianças podem ter dificuldade em entender a importância do tratamento ou podem resistir a tomar medicamentos, fazer exames ou passar por procedimentos invasivos. E, muitas vezes, o problema começa já na entrada ao consultório.

Um ambiente com “cara de hospital” certamente não é o melhor espaço para engajar uma criança e deixá-la à vontade com os procedimentos que serão feitos, mesmo que sejam tão simples quanto um exame físico básico.

Transformar o espaço em um local lúdico e acolhedor pode ajudar a reduzir a ansiedade das crianças e tornar a experiência mais agradável. Algumas ideias que podem ser úteis são:

  • pinturas coloridas nas paredes;
  • brinquedos, jogos e livros infantis;
  • animações na sala de espera;
  • uma roupa divertida, como jalecos coloridos, que possam criar uma identificação da criança com o profissional da saúde;
  • atividades interativas;
  • sala de espera adaptada, com espaço para brincadeiras, entre outras.

Um ambiente confortável e acolhedor transmite a mensagem de que o consultório é um lugar seguro e amigável, promovendo o bem-estar emocional da criança. Nada de fazer com que os pequenos tenham medo das consultas. É possível fazer com que eles se sintam animados em visitar o consultório!

3. Acolher e ter empatia

A abordagem do médico também é imprescindível em todo esse processo, tanto para os pais quanto para os pacientes. O atendimento infantil requer muito jogo de cintura e uma delicadeza ímpar para que tudo corra bem.

Sendo assim, os médicos devem adotar abordagens que ajudem a acalmar a criança. Isso pode incluir o uso de técnicas de distração, como:

  • contar histórias;
  • cantar;
  • permitir que a criança leve um brinquedo ou um objeto de conforto para a consulta;
  • fazer pausas ao longo do atendimento para deixar que a criança se sinta mais à vontade;
  • estimular a criança a fazer perguntas, deixando que ela se sinta curiosa e se veja como parte do atendimento, entre outros.

É fundamental também que o consultório seja um ambiente de apoio e ofereça incentivos, como elogios e recompensas, para incentivar a adesão ao tratamento por parte da criança.

4. Promover uma comunicação acessível à criança

Um bom atendimento é aquele que passa por várias etapas, dentre elas a de uma comunicação acessível e assertiva, que possa ser compreendida por todos os envolvidos. Ruídos nesse processo podem não só prejudicar o tratamento, como também fazer com que a criança coopere menos ao longo da consulta.

Por isso, a comunicação com as crianças deve ser adaptada à sua faixa etária e compreensão. É importante usar uma linguagem simples, evitando jargões médicos e explicando de maneira clara o que está acontecendo. E isso também é válido para os responsáveis!

Algumas estratégias que podem ser úteis são:

  • utilizar exemplos e analogias relacionadas ao universo infantil;
  • permitir que a criança faça perguntas e expresse suas preocupações;
  • focar sempre no respeito, fazendo pausas e ouvindo o que a criança tem a dizer;
  • uso de uma linguagem simples;
  • realização de perguntas diretas;
  • utilização de desenhos e formas para explicar sintomas e procedimentos;
  • uso de bonecos e ursinhos para simulações;
  • permitir que os pais participem do processo de atendimento, por exemplo, ajudando a remover uma peça de roupa ou segurando a criança no colo durante as examinações, etc.

A adoção de uma abordagem de comunicação adaptada à faixa etária da criança e humanizada faz toda a diferença na compreensão dos tratamentos e na participação da criança ao longo do processo.

5. Estudar as particularidades do indivíduo

Outra dica que podemos dar para médicos que buscam sucesso no atendimento de paciente infantil é estudar as particularidades das crianças. Além de serem únicas no quesito emocional, elas também têm especificidades muito importantes em sua anatomia e fisiologia.

Entender a melhor forma de aplicar técnicas, fazer procedimentos e prescrever medicações para os pequenos é imprescindível para profissionais que queiram lidar com as crianças. Afinal, o organismo delas funcionam de forma diferente quando comparados aos dos adultos.

Se debruçar sobre livros ou fazer cursos específicos para entender as particularidades do organismo infantil são dicas que não podem ser deixadas de fora do seu planejamento para ser um bom profissional da área!

Quais são os cursos que podem ajudar?

Qualquer tipo de curso, seja ele livre ou de pós-graduação, é útil na busca por mais conhecimentos para lidar com as crianças de diferentes faixas etárias.

Na IPEMED, você tem acesso a algumas opções que realmente vão fazer a diferença não só em seu currículo, mas também no modo como você pratica o atendimento ao paciente infantil. Saiba mais sobre eles a seguir!

Cuidados Paliativos Pediátricos

O curso de pós-graduação em Cuidados Paliativos Pediátricos tem duração de 360 horas e um programa completo que vai ensiná-lo a lidar com as particularidades do atendimento infantil quando não há cura para as enfermidades que acometem o paciente.

Atualização em Cuidados Paliativos

Não tem tempo ou interesse em investir em uma pós-graduação na área de Cuidados Paliativos Pediátricos? Então, o nosso curso de atualização com duração de dois dias sobre o tema pode ser exatamente o que você precisa!

Endocrinologia Pediátrica

O funcionamento do sistema endócrino infantil é completamente único. Neste workshop com duração de 18 horas, você vai entender essas particularidades e ficar pronto para atender as especificidades hormonais destes pacientes.

Suporte Avançado em Pediatria

O curso de capacitação em Suporte Avançado em Pediatria é uma novidade da IPEMED, que certamente vai fazer a diferença não só em seu currículo, mas também no modo como atende o paciente infantil.

Psiquiatria da Infância e Adolescência

Disponível como pós-graduação ou capacitação, o curso de Psiquiatria da Infância e Adolescência tem como objetivo ajudá-lo a entender mais sobre as especificidades da mente destes pacientes.

Pediatria Geral

A pós-graduação em Pediatria Geral da Afya Educação Médica, ex-IPEMED tem duração de 360 horas e o objetivo de capacitá-lo para atender crianças de diversas faixas etárias e para prestar a prova de título de especialista na área. Ou seja: uma oportunidade e tanto para adquirir conhecimento e nichar a sua carreira em uma das áreas que mais rende empregos.

Neuropediatria

O sistema nervoso das crianças também é cheio de particularidades e no curso de Neuropediatria você vai aprender sobre cada uma delas. Ele também está disponível como pós-graduação ou capacitação aqui na IPEMED.

Medicina Intensiva Pediátrica e Neonatal

Por fim, não podemos deixar de mencionar a nossa pós-graduação em Medicina Intensiva Pediátrica e Neonatal, que capacita profissionais médicos na atenção intensivista às crianças e recém-nascidos. O curso também tem duração de 360 horas, que são divididas ao longo de 12 meses de ensinamentos. Vale a pena conferir!

E estes são apenas alguns exemplos! Fique sempre de olho pois estamos constantemente trabalhando para trazer novidades e cada vez mais cursos para a sua qualificação como profissional da saúde.



Gostou de saber mais sobre as melhores práticas no atendimento de paciente infantil?

Agora, é hora de colocar essas recomendações em prática em sua atuação clínica e verificar as vantagens que elas vão trazer para o engajamento das partes nos tratamentos propostos.

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