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14.11.2023
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A meditação, assim como a acupuntura, é considerada uma prática milenar e proporciona diversos benefícios para a saúde física e mental do ser humano. Desde a redução do estresse até a melhoria da qualidade do sono, essa atividade tem sido comprovada cientificamente como uma ferramenta eficaz para promover uma vida mais saudável, equilibrada e satisfatória.
O conhecimento sobre a eficácia da meditação pode ser um grande aliado para profissionais de saúde, uma vez que ela pode ser utilizada como um apoio complementar para a redução de sintomas de estresse em diferentes condições patológicas, como ansiedade.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, abordaremos as descobertas científicas sobre a meditação. Confira!
Definida como uma prática mental, a meditação está alicerçada na concentração da mente em um objeto, pensamento, sensação ou respiração. A sua finalidade é alcançar um estado de tranquilidade, clareza e autodescoberta. Há diferentes tipos de meditação, mas todas têm uma ideia em comum: o cultivo da plena atenção e consciência.
Essa atividade surgiu há milênios, estando associada a várias tradições espirituais e religiosas. As suas origens apresentam ligações profundas com as civilizações antigas da Índia, Grécia e China. Todavia, ela se destacou, sobretudo, nas tradições hindus e budistas, nas quais foi aprimorada ao longo do tempo.
Na atualidade, a meditação é praticada em todo o mundo, tanto como uma abordagem espiritual quanto como uma ferramenta voltada para a melhoria da saúde mental e bem-estar.
Recentemente, houve um aumento na procura pela realização dessa prática, o que se deve aos inúmeros desafios relacionados ao estresse, ansiedade, depressão e equilíbrio psicológico enfrentado pela sociedade contemporânea, fator que leva as pessoas a buscar métodos mais naturais e eficazes para lidar com essas questões.
Outro ponto que colabora para esse cenário é a maior conscientização sobre os benefícios de meditar, que já foram comprovados cientificamente. Ademais, a internet e redes sociais ampliaram o acesso à atividade, tornando-a acessível para todos os públicos, além de incentivar a sua prática.
Devido à diversidade de tradições espirituais, culturais e objetivos individuais, a meditação evoluiu para diferentes variações que podem enfocar a atenção, compaixão, energia vital, entre outros aspectos da experiência humana. Descubra, a seguir, quais são os principais tipos de meditação.
O termo mindfulness traduzido do inglês para o português significa ‘’atenção plena’’. Nessa modalidade de meditação, o praticante é estimulado a focar a sua atenção no momento presente, mantendo-se o mais consciente possível, a fim de acompanhar a sua respiração, som e movimento, reduzindo significativamente o estresse.
Embora os mantras tenham se originado no hinduísmo, uma das religiões mais antigas do mundo, essa modalidade de meditação não está necessariamente atrelada a crenças. Para praticá-la, basta repetir determinadas palavras ou sílabas capazes de gerar vibrações positivas no corpo e mente.
Como o próprio nome sugere, a meditação guiada é comandada por um instrutor responsável por fornecer orientações verbais e visualizações que auxiliam o indivíduo a relaxar e focar a mente.
A adoção dessa abordagem costuma ser indicada para iniciantes ou para pessoas que têm dificuldades para meditar sozinhas. Durante a meditação guiada, o participante direciona a sua atenção para pontos específicos do corpo, cria imagens mentais e pensamentos positivos, com o intuito de se acalmar, relaxar e atingir a atenção plena.
Na Raja Yoga, o praticante deve desfocar de todas as situações e objetos que estão ao seu redor. Depois, é preciso escolher uma memória ou pensamento positivo para o qual direciona a sua atenção.
Dessa forma, com o passar do tempo, a tendência é que a pessoa esvazie a mente, atinja um estado de quietude e fique o mais calma possível.
Originária da tradição budista, a meditação Vipassana se concentra na observação profunda das sensações físicas e dos processos mentais. Os indivíduos que participam dessa modalidade devem cultivar uma consciência imparcial e minuciosa de todas as experiências momentâneas, incluindo as reações sensoriais, pensamentos e emoções que surgem.
A partir dessa meditação, as pessoas podem entender melhor que tudo na vida muda e está conectado. Ao praticá-la, elas podem ter percepções sobre como a vida funciona e sentir mudanças pessoais em sua maneira de ser.
A desconfiança em relação aos benefícios da meditação na área da saúde tem sido gradualmente superada, à medida que evidências científicas sólidas têm emergido. Pesquisas rigorosas têm demonstrado resultados positivos dessa prática, consolidando a sua credibilidade enquanto abordagem terapêutica para diversas doenças e sintomas. Entenda, abaixo, quais são esses benefícios.
De acordo com o estudo ‘’Programas de Meditação para Estresse Psicológico e Bem-Estar: Uma Revisão Sistemática e Meta-análise’’, que avaliou 18 mil pessoas, a meditação é uma importante ferramenta para reduzir estresse.
O hábito de meditar ajuda a diminuir a produção de adrenalina e cortisol, hormônios que desencadeiam estresse, ansiedade, hiperatividade e déficit de atenção (TDAH). Além disso, há um aumento na produção de endorfinas, que geram a sensação de felicidade e bem-estar.
As habilidades cognitivas podem apresentar uma melhoria considerável diante da meditação. É isso que diz o estudo ‘’A meditação mindfulness melhora a cognição: evidência de treinamento mental breve’’, no qual pesquisadores demonstraram que a meditação mindfulness, depois de quatro dias, trouxe melhorias para a capacidade de concentração e memória de trabalho dos participantes.
Esses benefícios podem ter implicações positivas na vida cotidiana, como melhor desempenho acadêmico, profissional e uma maior sensação de clareza mental.
Conforme discutido na pesquisa ‘’Meditação e Redução do Risco Cardiovascular: Uma Declaração Científica da Associação Americana do Coração’’, a meditação pode exercer um papel poderoso no combate aos riscos de problemas cardiovasculares.
Ao longo da prática da meditação, ocorre a redução da pressão arterial, do estresse oxidativo e da inflamação. Além disso, essa atividade é eficaz na melhoria do controle da frequência cardíaca e na redução de marcadores de estresse, o que pode contribuir para um sistema cardiovascular mais saudável.
As dores crônicas, como as provocadas por fibromialgia, podem ser aliviadas a partir da prática da meditação. No estudo ‘’Alívio da dor baseado em meditação de atenção plena: uma explicação mecanicista’’, foi verificado que meditar reduz a percepção de dor aguda e crônica, resultado obtido por meio de processos neurobiológicos.
A realização da meditação mindfulness parece afetar áreas do cérebro relacionadas à modulação da dor e ao processamento emocional, levando à redução da intensidade do desconforto percebido e na melhoria da capacidade de lidar com ele.
A meditação tem diversas aplicações clínicas e terapêuticas na Medicina Holística, incluindo o gerenciamento do estresse e ansiedade, o tratamento da depressão e o controle da dor crônica.
A prática regular de técnicas de meditação ajuda a relaxar a mente e o corpo, reduzir a resposta ao estresse e promover um estado de bem-estar emocional. Ademais, esse método pode ser usado na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para modificar padrões de pensamento negativos em pacientes depressivos.
No que se refere à dor crônica, pode ser uma alternativa não farmacológica para diminuir a percepção do desconforto, além de aumentar a tolerância do indivíduo ao problema.
Uma das maiores vantagens da meditação é a simplicidade com a qual pode ser praticada. Para tanto, basta encontrar um local tranquilo, livre de distrações, se colocar em uma posição confortável e começar com sessões curtas de 5 a 10 minutos.
Se antes era vista apenas como uma prática espiritual, hoje a meditação tem se consolidado como uma ferramenta que pode beneficiar a saúde física e mental. A comprovação dos seus benefícios pela comunidade científica faz dela um recurso cada vez mais relevante em contextos médicos e terapêuticos.
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