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26.12.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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Desenvolver a Medicina Preventiva é a chave para redução de diversas doenças e agravos em saúde, melhorando a qualidade de vida e diminuindo drasticamente os custos individuais e coletivos.
Além disso, a Medicina Preventiva deve ser o norteador de atuação de qualuer médico, independentemente da especialização que escolheu, pois é nessa análise que ele proporcionará a melhor assistência ao paciente.
No Brasil, apesar da cultura hospitalocêntrica, muitas operadoras de planos de saúde estão seguindo os modelos de atenção primária idealizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois as vantagens são significativas.
Quer saber mais sobre a Medicina Preventiva e como aplicá-la na prática? Então, fique por aqui e entenda!
A Medicina Preventiva e do estilo de vida é uma forma de atuação do profissional clínico que visa a promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida, evitando o aparecimento ou as complicações de doenças.
Promover a saúde está diretamente relacionado ao incentivo de hábitos saudáveis e a sugestão de eliminar aqueles comportamentos indesejáveis como o tabagismo, sedentarismo e o uso de drogas ilícitas.
Tem como objetivo identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de uma doença, fazer rastreamento para detecção precoce de um problema, estimular a prática de exercícios físicos e alimentação saudável, entre outras atividades.
Nesse sentido, entende-se que todo médico deve exercer sua profissão sob a ótica da Medicina Preventiva, para evitar procedimentos desnecessários e que alteram o custo e o estado psicológico do paciente.
As atividades de promoção da saúde são relativamente menos onerosas e, portanto, devem ser sempre estimuladas, evitando, assim, dispender recursos financeiros com agravos que poderiam ter sido prevenidos.
Trata-se de estratégias que visam a promoção da saúde ou evitam o desenvolvimento de doenças como aquelas que já possuem esquema de vacinação preconizado no sistema de saúde público ou privado.
Assim, pela prevenção primária os médicos fazem intervenções no sentido de minimizar os fatores de riscos para uma doença ou evitar que eles se desenvolvam rapidamente no paciente.
Medidas simples de prevenção primária vão desde o uso de máscaras para evitar o contágio por doenças respiratórias e infecciosas, uso de água potável na alimentação, preferência por legumes, frutas e verduras ao invés dos produtos processados.
A prevenção primária é feita majoritariamente nas unidades básicas de saúde, nas campanhas para regularização da carteira de vacinação, nos eventos populares para conscientização para evitar o aparecimento de doenças crônicas, eliminar o tabagismo etc.
A realização de um diagnóstico precoce é a base da Medicina secundária. Por isso, os check-ups são tão importantes na vida das pessoas, pois permite intervir de forma objetiva nas doenças em estágio inicial, reduzindo, assim, as chances de complicação.
Nesse contexto, a prevenção secundária sendo exercida por um profissional de saúde se preocupa com rastreamento das doenças neoplásicas, conforme o perfil clínico do paciente, idade e histórico familiar, entre outras atividades.
Os exames de sangue, rastreamento para câncer de mama e do endométrio, análise de PSA, avaliação cardiológica e endocrinológica após os 40 anos é uma ótima oportunidade para identificar problemas precocemente.
A prevenção secundária é realizada em consultórios médicos e unidades especializadas em diagnóstico que possuem equipamentos de alta tecnologia para detectar problemas em estágio inicial.
A prevenção terciária acontece quando as intervenções são direcionadas para evitar as complicações clínicas de uma doença existente, as sequelas mais graves e a possibilidade de óbito do paciente.
Entende-se que, nesses casos, o paciente já possui uma condição clínica importante, ou passou por eventos significativos que tornaram a situação delicada e todos os esforços serão feitos para evitar uma piora.
Exemplos de intervenções da Medicina terciária são pacientes que sofreram infarto, acidente vascular encefálico, está em vias de amputação por conta da diabetes mal controlada, necessita de transplantes de órgãos, entre outras diversas situações.
Nesse contexto, a prevenção terciária acontecerá após terapias e procedimentos hospitalares, que são mais complexas para o paciente e interfere substancialmente na qualidade de vida ao longo do tempo.
O papel dos médicos na prevenção de doenças deve ser realizado primeiramente de forma multidisciplinar visando os cuidados integrados. Para tanto, é preciso muito estudo, responsabilidade e dedicação ao discutir e tomar decisões.
Nesse sentido, na abordagem com o paciente é preciso enfatizar os benefícios da manutenção dos hábitos saudáveis, que estão no escopo de atuação da Medicina Preventiva primária.
Uma vez que se confirma o diagnóstico de uma doença, é preciso que o médico avalie as condições biopsicossociais do paciente que podem influenciar na efetividade, segurança e conveniência do tratamento.
Para casos que demandam atendimento de urgência e emergência, o médico deve agir para redução de danos, recuperação das funções motoras e cognitivas e minimização das sequelas hospitalares.
Já dizia o velho ditado “é melhor prevenir do que remediar”, então qualquer intervenção eficiente que evite o desenvolvimento de uma doença sempre será soberana em relação as demais atividades propostas.
No entanto, convencer o paciente a adotar pequenos hábitos que farão diferença em seu estado de saúde ainda é um desafio, por conta da praticidade do cotidiano (em relação ao consumo de alimentos ultraprocessados, por exemplo) e dos diversos empecilhos que são colocados, principalmente em relação ao custo.
Por isso, deve-se começar por hábitos de menor impacto na rotina e ir avançando aos poucos, além de indicar soluções de baixo custo, como caminhadas em praças e parques. Isso porque os benefícios de se fortalecer a Medicina Preventiva são notórios no âmbito clínico, econômico e humanístico, proporcionando também redução de custos ao paciente e ao sistema de saúde no longo prazo.
A Medicina Preventiva é uma estratégia que deve ser aplicada em todos os níveis de atenção à saúde e todos os profissionais devem exercê-la com plenitude, dedicação e disciplina em prol da melhoria da saúde de toda a sociedade e também do estado do paciente individual.
Diferentes abordagens podem ser realizadas conforme a complexidade do caso, das medidas que são possíveis de ser tomadas e da discussão entre os envolvidos para que a intervenção seja a mais segura e conveniente, sendo essencial manter uma atualização médica constante.
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