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8.5.2024
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A história dos psicotrópicos remonta às primeiras tentativas de compreender e tratar doenças mentais. Desde então, tem havido uma evolução notável na compreensão dos mecanismos subjacentes aos transtornos psiquiátricos e no desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.
Inicialmente, os tratamentos eram limitados e muitas vezes associados a efeitos colaterais significativos. No entanto, ao longo do tempo, a pesquisa e a inovação levaram ao surgimento de uma ampla gama de opções terapêuticas.
Nos últimos anos, a indústria farmacêutica testemunhou avanços significativos no desenvolvimento de medicamentos psicotrópicos, oferecendo novas opções para o tratamento de uma variedade de condições de saúde mental. Desde os primeiros medicamentos até as mais recentes inovações, a história dos psicotrópicos é marcada por uma busca contínua por terapias mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
Conheça vinte medicamentos psicotrópicos inovadores que têm desempenhado papéis importantes no tratamento de transtornos psiquiátricos.
O metilfenidato é amplamente utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Sua eficácia está relacionada à capacidade de aumentar os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro, auxiliando na regulação da atenção, foco e controle dos impulsos.
Como estimulante do sistema nervoso central, o metilfenidato atua bloqueando a recaptação desses neurotransmissores, prolongando sua ação nos circuitos cerebrais envolvidos no TDAH.
Ao longo do tempo, o metilfenidato passou por refinamentos na formulação para oferecer diferentes perfis de liberação, como liberação imediata e liberação prolongada, visando melhorar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais.
Seu uso é geralmente seguro, mas pode estar associado a efeitos colaterais como insônia, perda de apetite, cefaleia e dores abdominais, exigindo monitoramento clínico regular, especialmente em crianças e adolescentes.
O uso prolongado de metilfenidato pode levar ao desenvolvimento de tolerância e dependência, sendo necessário um acompanhamento cuidadoso para evitar abusos. Em alguns casos, pode ser recomendada a interrupção gradual do medicamento para evitar sintomas de abstinência.
A risperidona é um antipsicótico atípico usado no tratamento da esquizofrenia, transtorno bipolar e irritabilidade associada ao autismo. Seu mecanismo de ação envolve a modulação dos neurotransmissores dopamina e serotonina no cérebro, o que ajuda a normalizar a atividade neuronal em pacientes com distúrbios psicóticos.
Ao contrário dos antipsicóticos típicos, a risperidona tem uma menor afinidade com os receptores de dopamina D2, o que reduz o risco de efeitos colaterais motores. Desde sua introdução, ela tem sido alvo de pesquisas contínuas para melhorar sua tolerabilidade e eficácia.
Novas formulações de liberação prolongada foram desenvolvidas para reduzir a frequência das doses e melhorar a adesão ao tratamento. No entanto, seu uso está associado a alguns efeitos colaterais, como vômitos, constipação, ganho de peso, boca seca e cefaleia, demandando atenção durante o tratamento.
É importante destacar que a risperidona pode causar efeitos colaterais metabólicos significativos, como aumento do açúcar no sangue e lipídios, o que pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares.
Além disso, em alguns casos, o uso prolongado de risperidona tem sido associado a um aumento do risco de desenvolvimento de distúrbios do movimento, como discinesia tardia, que podem ser irreversíveis. Portanto, é essencial que os pacientes sejam monitorados regularmente quanto a esses efeitos colaterais e que o tratamento seja ajustado conforme necessário para minimizar o risco de complicações.
O zolpidem é um hipnótico amplamente utilizado para tratar a insônia de curto prazo, atuando como um agonista seletivo dos receptores de benzodiazepínicos no cérebro para induzir e prolongar o sono.
Sua rápida ação e curta duração o tornam uma opção eficaz para pessoas que têm dificuldade em adormecer e precisam de sono de qualidade durante a noite. O zolpidem é preferível às benzodiazepinas devido ao seu perfil de segurança mais favorável e menor risco de dependência.
Ao longo do tempo, foram desenvolvidas formulações de liberação prolongada de zolpidem para oferecer um sono mais consistente ao longo da noite.
No entanto, seu uso está associado a efeitos colaterais como sonolência diurna, tonturas e problemas de memória, especialmente se não for administrado corretamente. Portanto, é essencial seguir as orientações do médico para minimizar o risco de efeitos adversos.
O brexpiprazol é um antipsicótico atípico utilizado no tratamento da esquizofrenia, transtorno depressivo maior (TDM) e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Seu mecanismo de ação envolve a modulação dos sistemas de dopamina e serotonina no cérebro, auxiliando a regular o humor, a cognição e o comportamento. Como um agonista parcial dos receptores de dopamina D2, o brexpiprazol oferece uma abordagem mais refinada para o tratamento dos sintomas psicóticos.
Ele é administrado oralmente em forma de comprimidos, em dosagens variadas, adaptadas a cada paciente. Ao longo do tempo, o brexpiprazol tem sido alvo de pesquisas para avaliar sua eficácia em diferentes quadros psiquiátricos e para desenvolver formulações que ofereçam melhor tolerabilidade e adesão ao tratamento.
Seu uso está associado a efeitos colaterais como náuseas, sonolência, insônia, ansiedade, ganho de peso e alterações metabólicas. Em alguns casos, podem ocorrer efeitos colaterais mais graves, como discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna e aumento do risco de pensamentos suicidas, especialmente em pacientes mais jovens, necessitando de acompanhamento clínico periódico.
A fluoxetina é um dos primeiros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), tendo revolucionado o tratamento da depressão e do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Seu mecanismo de ação envolve o aumento dos níveis de serotonina no cérebro, o que ajuda a regular o humor e a reduzir os sintomas depressivos e obsessivos. A fluoxetina também tem propriedades ansiolíticas, sendo às vezes prescrita para transtornos de ansiedade.
Ao longo do tempo, a fluoxetina tem passado por várias evoluções, resultando em formulações de liberação prolongada cada vez mais aprimoradas e oferecendo uma administração mais conveniente, além de uma resposta terapêutica mais estável ao longo do tempo.
No entanto, é importante observar que ela pode levar algumas semanas para alcançar sua eficácia total, e os pacientes devem ser monitorados de perto durante esse período inicial. Além disso, efeitos colaterais como náuseas, insônia e diminuição da libido são possíveis, embora muitas vezes sejam transitórios.
A fluvoxamina é outro ISRS utilizado principalmente no tratamento do TOC, depressão e transtorno de ansiedade. Assim como outros medicamentos do mesmo grupo, ela atua inibindo seletivamente a recaptação de serotonina no cérebro, contribuindo para restaurar o equilíbrio dos neurotransmissores e a aliviar os sintomas relacionados a esses distúrbios psiquiátricos.
Os efeitos benéficos do medicamento, geralmente, começam a ser observados após duas semanas de uso. No entanto, é importante destacar que pacientes com histórico de pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio devem ser cuidadosamente monitorados, pois o risco de comportamentos autolesivos pode aumentar, especialmente no início do tratamento.
Embora geralmente seja bem tolerada, a fluvoxamina pode causar efeitos colaterais como náuseas, sonolência e distúrbios gastrointestinais. É importante que os pacientes informem seus médicos sobre quaisquer efeitos adversos, para que ajustes na dosagem ou mudanças de medicamento possam ser feitos, se necessário.
A paroxetina é um ISRS comumente prescrito para depressão, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Seu mecanismo de ação é semelhante ao de outros medicamentos do mesmo grupo, aumentando os níveis de serotonina no cérebro e ajudando a aliviar os sintomas associados a esses distúrbios psiquiátricos.
Assim como outros ISRS, a paroxetina evoluiu ao longo do tempo com o desenvolvimento de formulações de liberação prolongada e estudos clínicos para avaliar sua eficácia e segurança em diferentes populações.
Efeitos colaterais como náuseas, sonolência e distúrbios sexuais são comuns, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.
A sertralina é um medicamento utilizado para tratar depressão, transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático.
Ele age no cérebro aumentando os níveis de serotonina, um neurotransmissor associado ao humor. Esse aumento da serotonina, contribuindo para o alívio dos sintomas associados a esses transtornos. O medicamento pode causar uma variedade de efeitos colaterais, incluindo distúrbios gastrointestinais, distúrbios do sistema nervoso, distúrbios psiquiátricos, distúrbios do sono, distúrbios sexuais, entre outros.
Certos cuidados devem ser observados durante o uso, incluindo o risco de síndrome serotoninérgica, interações medicamentosas com outros fármacos serotoninérgicos, prolongamento do intervalo QT, aumento do risco de suicídio especialmente em pacientes mais jovens, risco de convulsões, disfunção sexual, sangramento anormal, hiponatremia, entre outros.
O citalopram e seu isômero ativo, o escitalopram, pertencem à classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), sendo prescritos para uma variedade de transtornos, incluindo depressão e ansiedade.
O citalopram é uma mistura racêmica de dois enantiômeros, enquanto o escitalopram é o enantiômero S puro. Ambos os medicamentos atuam seletivamente no transportador de serotonina. Essa ação resulta na inibição da recaptação desse neurotransmissor, resultando em um aumento da concentração de serotonina no espaço sináptico. Esse aumento promove a atividade antidepressiva.
Ao longo dos anos, o escitalopram ganhou destaque devido à sua eficácia e perfil de efeitos colaterais favorável em comparação com o citalopram. Isso se deve à maior potência e especificidade do escitalopram para o transporte de serotonina.
Os efeitos colaterais mais comuns após o uso são náuseas, sonolência, sudorese, aumento ou diminuição do apetite e mudanças nos hábitos intestinais.
A duloxetina e a venlafaxina são inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN) amplamente empregados no tratamento da depressão e da fibromialgia. A venlafaxina é considerada o protótipo dos ISRSN, enquanto a duloxetina foi desenvolvida posteriormente visando aprimorar a tolerabilidade e a eficácia em comparação com a venlafaxina.
Esses medicamentos são associados a efeitos colaterais comuns, como náuseas, insônia e aumento da pressão arterial, os quais geralmente são transitórios.
Destaca-se que a venlafaxina é indicada também para transtorno de ansiedade generalizada e fobia social, enquanto a duloxetina é aprovada para o tratamento da dor neuropática associada ao diabetes.
A desvenlafaxina é um ISRSN utilizado para depressão maior. Sua estrutura química é semelhante à da venlafaxina, mas é a forma ativa da venlafaxina.
A desvenlafaxina tem a vantagem de ter uma administração mais simples em comparação com a venlafaxina, pois não requer metabolismo hepático para ser convertida em sua forma ativa. Isso pode resultar em uma resposta terapêutica mais previsível e consistente.
Os efeitos colaterais mais frequentes associados à desvenlafaxina incluem insônia, tontura, cefaleia, sonolência, náuseas, sudorese, redução do apetite, boca seca, sensação de calor intensa, palpitações e diminuição da libido.
A eszopiclona é um hipnótico não benzodiazepínico usado no tratamento da insônia crônica. Esse medicamento atua como um agonista seletivo dos receptores de benzodiazepina no cérebro, o que ajuda a induzir o sono e a melhorar a sua qualidade.
A eszopiclona apresenta uma vantagem significativa em relação aos benzodiazepínicos tradicionais devido ao seu perfil de efeitos colaterais mais favorável, o que inclui uma menor propensão à dependência e maior tolerância. No entanto, ainda pode causar alguns efeitos adversos, como sonolência residual, tontura e alterações no paladar.
Portanto, é essencial que os pacientes usem esse medicamento conforme orientação médica e relatem quaisquer efeitos adversos para o monitoramento adequado.
A escetamina é uma inovação recente no tratamento da depressão resistente. Administrada por via intranasal, ela tem mostrado resultados promissores em estudos clínicos, proporcionando alívio rápido dos sintomas depressivos em pacientes que não respondem a outras abordagens terapêuticas.
O mecanismo de ação exato da escetamina no tratamento da depressão não está totalmente esclarecido, mas acredita-se que esteja relacionado à sua capacidade de modular os receptores NMDA no cérebro, o que pode levar a mudanças na plasticidade sináptica e ao restabelecimento de circuitos neurais disfuncionais associados à depressão.
Apesar de sua eficácia, a escetamina pode causar efeitos colaterais, incluindo dissociação, tontura, sonolência e aumento da pressão arterial. Portanto, seu uso é geralmente reservado para pacientes com depressão grave. Ainda, requer monitoramento cuidadoso e pode exigir a administração sob supervisão médica especializada.
A bupropiona é um antidepressivo atípico amplamente utilizado no tratamento da depressão e na cessação do tabagismo. Além disso, é uma escolha popular para pacientes que experimentaram efeitos colaterais sexuais com outros antidepressivos, devido à incidência reduzida de tais efeitos.
Seu mecanismo de ação envolve o aumento dos níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro. No contexto da evolução dos tratamentos antidepressivos, a bupropiona representa uma opção terapêutica valiosa, oferecendo uma alternativa aos antidepressivos tradicionais que atua em diferentes vias neuroquímicas.
No entanto, seu uso também está associado a alguns efeitos colaterais, como insônia e aumento da frequência cardíaca, exigindo monitoramento clínico rigoroso, especialmente em pacientes com histórico de convulsões ou hipertensão.
A quetiapina é um antipsicótico atípico que exerce seus efeitos por meio da interação com vários receptores de neurotransmissores, incluindo os receptores de dopamina D1 e D2, receptores de serotonina 5-HT1A e 5-HT2A, receptores adrenérgicos alfa1 e alfa2 e receptores histamínicos H1.
Essa ampla interação permite que a quetiapina regule a atividade neuronal em várias vias do cérebro, resultando em uma redução dos sintomas psicóticos associados à esquizofrenia e ao transtorno bipolar.
A quetiapina é administrada oralmente em forma de comprimidos de liberação imediata ou de liberação prolongada, em diferentes dosagens. Geralmente, é iniciada com doses baixas que são gradualmente aumentadas até atingir a dose terapêutica ideal. Seus efeitos terapêuticos podem ser observados após algumas semanas de uso regular.
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão sonolência, tontura, boca seca e constipação. Além disso, a quetiapina pode aumentar o risco de ganho de peso e de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, especialmente em pacientes predispostos. Outros efeitos adversos incluem distúrbios metabólicos e alterações na função hepática e cardiovascular.
O aripiprazol é um antipsicótico de segunda geração que funciona como um agonista parcial dos receptores de dopamina D2 e de serotonina 5-HT1A, além de antagonista dos receptores de serotonina 5-HT2A.
Esse medicamento é administrado oralmente, geralmente em forma de comprimidos, solução oral ou injeção intramuscular de longa duração. Sua dosagem varia conforme a condição clínica do paciente e é ajustada pelo médico.
O aripiprazol é conhecido por sua eficácia no tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Ainda, é adjuvante no tratamento da depressão resistente.
Esse medicamento pode causar efeitos colaterais comuns, como náusea, vômito, constipação e dor de cabeça, afetando mais de 10% dos usuários. Outros efeitos menos frequentes incluem visão embaçada, fadiga, rigidez muscular, tremores e ansiedade.
A cariprazina é um antipsicótico oral que atua como agonista parcial do receptor de dopamina D2 e do receptor de serotonina 5-HT1A.
Essa atividade dual permite que a cariprazina regule a neurotransmissão dopaminérgica e serotoninérgica de maneira equilibrada, reduzindo os sintomas psicóticos sem os efeitos colaterais associados aos antipsicóticos tradicionais.
A cariprazina é indicada para o tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar em adultos. Seu mecanismo de ação específico ainda está sendo elucidado, mas acredita-se que envolva a regulação da atividade dopaminérgica em áreas específicas do cérebro.
Os efeitos adversos da cariprazina podem variar em frequência e gravidade. Entre os efeitos secundários mais comuns estão ansiedade, sonolência, tonturas, movimentos involuntários, visão turva, hipertensão, batimentos cardíacos irregulares, alterações no apetite, náuseas, vômitos, prisão de ventre e aumento de peso.
Efeitos menos frequentes incluem depressão, confusão, sonolência, movimentos involuntários da língua ou do rosto, problemas sexuais, irritação ocular e problemas cardíacos. Já os efeitos raros abrangem convulsões, perda de memória, catarata, dificuldade em engolir e glândula tireoide pouco ativa.
A lurasidona é um medicamento amplamente utilizado no tratamento da esquizofrenia e dos episódios depressivos associados ao transtorno bipolar.
Sua eficácia no manejo dessas condições se baseia em seu mecanismo de ação, que envolve o antagonismo dos receptores dopaminérgicos tipo 2 (D2) e serotoninérgicos tipo 2A (5-HT2A), além de sua afinidade por outros receptores serotoninérgicos e adrenérgicos.
Esse perfil farmacológico permite que a lurasidona atue de maneira abrangente na regulação dos sistemas neurotransmissores associados à psicose e à depressão, oferecendo uma alternativa terapêutica versátil para pacientes que necessitam de tratamento farmacológico.
Entre os efeitos adversos frequentemente associados à lurasidona, podemos citar sonolência, tonturas, inquietação, movimentos involuntários, agitação, ansiedade, insônia e aumento de peso. Além deles, também podem ocorrer convulsões, letargia, visão turva, diminuição do apetite, taquicardia e alterações na pressão arterial.
A ziprasidona é indicada para o tratamento de uma variedade de condições psiquiátricas em adultos, incluindo esquizofrenia, transtornos esquizoafetivo e esquizofreniforme, estados de agitação psicótica e mania bipolar aguda.
Além disso, é utilizada para manter a estabilidade clínica e evitar recaídas em pacientes com transtorno bipolar, sendo possível sua combinação com lítio ou ácido valproico.
No entanto, é importante destacar que seu uso é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à ziprasidona, prolongamento do intervalo QT, incluindo síndrome congênita do QT longo, ou em casos de infarto recente do miocárdio, insuficiência cardíaca descompensada e arritmias.
O uso da ziprasidona está associado a várias reações adversas, incluindo distúrbios do sistema nervoso, cardiovascular, gastrointestinal, musculoesquelético, cutâneo, entre outros. Cuidados especiais devem ser tomados devido ao potencial de causar tromboembolismo venoso, síndrome neuroléptica maligna, reações cutâneas graves, discinesia tardia, quedas e convulsões.
A vortioxetina é um antidepressivo que funciona como IRSN, com atividade moduladora adicional sobre os receptores serotoninérgicos. Além disso, ela atua como um agonista parcial dos receptores de serotonina, o que pode contribuir para seus efeitos antidepressivos únicos.
Estudos clínicos demonstraram que a vortioxetina é eficaz no alívio dos sintomas depressivos em adultos e idosos. Além disso, sua atividade moduladora sobre os receptores serotoninérgicos pode ajudar a melhorar a cognição e a função executiva em pacientes com depressão.
Como acontece com outros antidepressivos, a vortioxetina pode estar associada a alguns efeitos colaterais, incluindo náuseas, insônia, sonolência, constipação e disfunção sexual. Contudo, esses efeitos costumam ser temporários. De qualquer forma, o acompanhamento médico é essencial.
Os avanços na indústria farmacêutica de psicotrópicos têm proporcionado uma gama diversificada de opções terapêuticas para indivíduos que sofrem de transtornos mentais
Desde os primeiros medicamentos até as inovações mais recentes, os psicotrópicos continuam a desempenhar um papel crucial no tratamento da saúde mental. No entanto, é importante lembrar que o uso desses medicamentos deve ser supervisionado por profissionais de saúde qualificados, levando em consideração o histórico médico e as necessidades individuais do paciente. A pesquisa e o desenvolvimento contínuos são fundamentais para garantir que as pessoas tenham acesso a tratamentos eficazes e seguros para suas condições psiquiátricas.
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