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Mamografia: como surgiu e quais foram suas evoluções ao longo dos anos

Mamografia: como surgiu e quais foram suas evoluções ao longo dos anos

O câncer de mama é uma realidade impactante que atravessa fronteiras, afetando a vida de milhares de mulheres no Brasil e no mundo. Com estimativas alarmantes indicando que uma em cada dez mulheres desenvolverá câncer de mama ao longo da vida, a busca por métodos de detecção precoce torna-se mais importante do que nunca.

Nesse cenário desafiador, a mamografia surge como uma ferramenta fundamental, proporcionando avanços significativos ao longo dos anos. Ao utilizar raios-X para produzir imagens detalhadas do tecido mamário, o método se estabeleceu como um pilar na detecção precoce desse câncer, oferecendo a oportunidade de intervenção antes que a doença atinja estágios mais avançados.

Conheça a história da mamografia e saiba como funciona esse exame tão vital na jornada de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Boa leitura!

Como o aparelho para exame de mamografia funciona?

A história da mamografia é marcada por uma inovação transformadora que revolucionou a detecção precoce do câncer de mama: o mamógrafo, um instrumento crucial nesse processo.

O aparelho, introduzido em 1966 pela General Electric (GE), lança feixes de raios-X através do tecido mamário. Esse procedimento permite a captura de imagens que revelam possíveis anomalias, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico.

Desde sua criação, o mamógrafo passou por aprimoramentos significativos para garantir imagens de qualidade superior. Em 1980, um marco importante foi alcançado com o aperfeiçoamento da compressão do seio.

Essa inovação não apenas reduziu o tempo de exposição durante o exame, tornando-o mais eficiente, mas também contribuiu para a melhoria geral na qualidade das imagens, estabelecendo padrões mais elevados para o diagnóstico por imagem da mama.

Impacto na vida das mulheres

A mamografia não é apenas uma ferramenta de diagnóstico, ela tornou-se um elemento crucial na vida das mulheres, associando microcalcificações ao possível surgimento do câncer de mama. Essa técnica inovadora permite a identificação de alterações suspeitas no tecido mamário, muitas vezes antes mesmo de sintomas clínicos se manifestarem.

O diagnóstico precoce oferece a oportunidade de tratamento imediato, aumentando significativamente as chances de cura. Por isso, ao longo dos anos, o exame transformou-se em uma ferramenta valiosa na luta contra o câncer de mama, impactando positivamente a saúde e o bem-estar de milhares de mulheres em todo o mundo.

Quais são os tipos de mamografia?

Existem dois tipos de mamografia disponíveis: convencional e digital. Ambas compartilham a utilização de raios-X, mas suas características diferenciadas podem impactar significativamente a eficácia do exame de mama.

Mamografia convencional

Utiliza filme para capturar a imagem mamográfica. Após a exposição à radiação, o filme deve ser processado. Qualquer problema técnico com o filme pode exigir a repetição do exame.

Mamografia digital

Transforma os raios-X em sinal elétrico, transmitindo para um computador. Esse método oferece vantagens significativas, como o armazenamento eletrônico das imagens, possibilitando a sua recuperação eletrônica. Além disso, permite ajustes e ampliações na análise da imagem, contribuindo para uma avaliação mais detalhada.

Para quem o exame é indicado?

O exame é essencial não apenas para o rastreamento, mas também para o diagnóstico e o controle em casos suspeitos. A detecção precoce por meio da mamografia contribui significativamente para aumentar as chances de tratamento eficaz e recuperação. Essas recomendações são fundamentais para orientar a abordagem clínica e garantir a eficácia do exame de mama em diferentes contextos de saúde mamária.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a mamografia é recomendada como ferramenta de rastreamento para mulheres acima de 40 anos. No entanto, em casos de histórico familiar, o início pode ocorrer 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentes que tiveram a doença. A recomendação de especialistas é que o exame seja realizado anualmente.

Como funciona o procedimento da mamografia passo a passo?

O exame é feito por um profissional especializado em radiodiagnóstico, com a paciente em pé diante do mamógrafo. Aqui está um passo a passo detalhado sobre como o procedimento é geralmente conduzido.

Preparação

Ao chegar, a paciente é recebida pela equipe de profissionais responsáveis pelo exame. Informações relevantes sobre histórico médico, gravidez, amamentação, implantes mamários ou problemas anteriores nas mamas devem ser comunicadas.

Vestimenta adequada

A paciente deve remover roupas da cintura para cima. É fornecido um avental específico para cobrir a parte inferior do corpo.

Posicionamento da paciente

A paciente é posicionada de pé diante do mamógrafo. Instruções sobre a posição adequada das mamas são fornecidas para garantir imagens claras e detalhadas.

Compressão da mama

Duas placas planas no mamógrafo são utilizadas para comprimir a mama. A compressão é essencial para espalhar o tecido mamário, obtendo imagens mais nítidas e reduzindo a dose de radiação.

Incidências mamográficas

Para garantir que as imagens tenham uma boa qualidade, são realizadas pelo menos duas imagens de uma mama por vez. Mulheres com implantes mamários podem passar por mais incidências para análise separada do tecido mamário e do implante.

Avaliação pelo profissional

Um especialista em radiodiagnóstico realiza as imagens de raios-X. O médico radiologista, oncologista ou mastologista analisa as imagens em busca de anomalias ou achados suspeitos.

Espera pós-mamografia

Em algumas clínicas é possível que a paciente precise aguardar alguns minutos após a mamografia inicial. Isso porque pode ser necessário uma análise mais detalhada ou mesmo a repetição do exame.

Resultados e diagnóstico

Dependendo da rotina do serviço, os resultados ficam disponíveis em poucos dias. O diagnóstico é fornecido conforme a classificação BI-RADS, orientando a conduta com base nos achados.

Recomendações pós-exame

A compressão das mamas é algo dolorido, mas a mamografia geralmente não causa dor prolongada, permitindo que a paciente retome suas atividades diárias normalmente. Recomendações adicionais podem ser fornecidas conforme necessário, dependendo dos resultados.

Como avaliar o resultado de uma mamografia?

A classificação BI-RADS (Breast Imaging-Reporting and Data System) é uma ferramenta essencial na interpretação dos resultados da mamografia, oferecendo uma abordagem padronizada para a avaliação de imagens mamográficas.

Esse modelo proporciona uma linguagem padronizada para profissionais de saúde em todo o mundo, facilitando a comunicação e garantindo a compreensão consistente dos resultados mamográficos. Cada categoria orienta as ações subsequentes, permitindo uma abordagem eficaz diante de diferentes cenários clínicos.

A classificação BI-RADS varia de 0 a 6. Veja, a seguir, as categorias e suas respectivas interpretações.

BI-RADS 0 — Incompleta

Indica que o exame de mama não forneceu informações suficientes para um diagnóstico conclusivo. Pode ser necessário realizar outras mamografias ou ultrassonografias para uma avaliação mais completa.

BI-RADS 1 — Negativa (nada encontrado)

A mamografia não revela achados suspeitos, confirmando um rastreamento mamográfico normal.

BI-RADS 2 — Achados benignos

Indica a presença de características mamográficas consistentes com alterações benignas, com a confirmação de que os achados não são indicativos de câncer.

BI-RADS 3 — Provavelmente benignos

Sugere achados que são provavelmente benignos, mas que necessitam de um acompanhamento a cada seis meses. O profissional de saúde monitorará quaisquer alterações ao longo do tempo.

BI-RADS 4 — Anomalias suspeitas

Subdividido em A, B e C, indicando diferentes graus de suspeição. Nesse caso, há recomendação de avaliação adicional, como biópsia, dependendo do grau de suspeição.

BI-RADS 5 — Alta suspeita de malignidade

Aponta para achados altamente suspeitos de malignidade. Necessita de esclarecimento definitivo, geralmente por meio de procedimentos diagnósticos invasivos.

BI-RADS 6 —Já existe diagnóstico do câncer

Indica que o câncer de mama já foi confirmado anteriormente por exame histopatológico. A mamografia é realizada para acompanhamento após o diagnóstico.

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Desde sua descoberta até os avanços contemporâneos, a mamografia representa um marco na detecção precoce do câncer de mama. Seu impacto na vida das mulheres é inegável, proporcionando maior eficácia no tratamento e aumentando as chances de cura.

Com a evolução tecnológica, a mamografia digital surge como uma promissora ferramenta, promovendo diagnósticos mais precisos e reduzindo a exposição à radiação. Investir na conscientização sobre a importância da mamografia e promover o acesso a esse exame são passos cruciais para a prevenção e combate ao câncer de mama.

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