A importância da empatia médica e como praticá-la

Autor(a)

Em qualquer área de atuação, a escolha adequada das formas de comunicação e a postura adotada diante do cliente é essencial para conquistar um espaço no mercado. Na carreira médica, os profissionais precisam apostar em estratégias assim, afinal, a empatia médica é uma das chaves para o sucesso no ser médico.

Tendo isso em vista, vamos explicar a importância dos médicos terem e praticarem a sua empatia. Veja o que é a empatia como o ser humano pode adquirir e desenvolver essa habilidade ao longo da formação médica. Entenda como ela se manifesta e como pode ser praticada para potencializar a carreira.

Afinal, o que é empatia?

Conceitualmente, a empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos ou perspectivas de outra pessoa. Na prática, essa virtude envolve colocar-se no lugar do outro e tentar entender o que a pessoa está sentindo.

Na Medicina, isso é importante porque o profissional pode responder ao paciente de uma maneira que demonstre a compreensão da dor ou do problema em que ele está enfrentando.

Nesse sentido, demonstrar empatia é essencial para construir relacionamentos saudáveis com o paciente e promover uma maior conexão com ele. Tais aspectos são cruciais para fortalecer vínculos de confiança e tornar a relação médico-paciente mais sólida.

Qual a importância da empatia médica?

A empatia médica é um dos quesitos fundamentais para tornar a prática clínica mais eficaz e compassiva. Certamente, existem algumas razões que tornam a empatia uma ferramenta crucial na Medicina. Confira!

Melhora a capacidade de comunicação

Quando os médicos demonstram empatia, os pacientes percebem isso e se sentem mais confortáveis e abertos. Por isso, desenvolver essa habilidade é importante para estimular o paciente a compartilhar informações importantes sobre o seu quadro de saúde, o que é necessário para a compreensão mais completa do quadro clínico.

Estimula maior adesão ao tratamento

Na prática médica, quando os pacientes se sentem compreendidos e apoiados, a tendência é que eles sigam as recomendações médicas com mais diligência e entusiasmo. Assim, a empatia médica pode aumentar a adesão do paciente ao tratamento, elevando significativamente os seus resultados.

Diminui o estresse e a ansiedade

Sem dúvida, as doenças físicas tendem a ter alguma ligação com o aspecto psicológico. Por conta disso, os médicos devem ter em mente a importância de prestar apoio emocional o suficiente para que seus pacientes se sintam compreendidos.

Essa postura é imprescindível para ajudar os pacientes a lidarem melhor com o estresse e a ansiedade, que costumam surgir associados ao diagnóstico. Quando se tem empatia médica, a relação médico-paciente é mais estável e influencia os resultados do tratamento.

Promove o bem-estar

Por definição, a empatia médica não se trata apenas de tratar o paciente somente pelo aspecto da doença física, mas também de cuidar do bem-estar emocional e mental. Tal prática pode ter um impacto positivo bastante significativo na qualidade de vida dos pacientes.

Constrói uma relação de confiança mais sólida

Quando os pacientes percebem que seus médicos estão, de fato, preocupados com seu bem-estar, isso influencia positivamente em todas as esferas do diagnóstico e tratamento. Além de construir confiança e fortalecer o relacionamento médico-paciente, esse tipo de conduta também estimula decisões compartilhadas e traz benefícios mútuos.

Ajuda a lidar com circunstâncias mais delicadas

Na carreira médica, algumas especialidades como a Anestesiologia possuem menos contato com o paciente e demandam menos soft skills. Já especialidades como a Medicina de Família e Comunidade e qualquer outra atuação clínica são áreas que exigem habilidades como a empatia.

Além dessas, existem outras situações que também demandam maior sensibilidade e humanização do atendimento, como consultas com pacientes autistas e LGBTQIAPN+. Nessas situações, a empatia médica é ainda mais necessária para facilitar a comunicação e conquistar a confiança desses pacientes.

Como a empatia se manifesta na carreira médica?

No meio médico, a empatia pode se manifestar de várias formas ao longo da carreira, principalmente quando se tratam de procedimentos delicados e diagnósticos difíceis, tal qual o câncer, por exemplo. Em plásticas reparadoras, como uma blefaroplastia, o médico precisa ser empático e sensível à necessidade e expectativa do paciente.

Mas existem muitas outras maneiras de expressar a empatia durante o exercício da profissão médica. Observe mais exemplos!

Por meio da escuta ativa

Na interação com os seus pacientes, os médicos têm a oportunidade de praticar a escuta ativa e prestar total atenção aos pacientes enquanto falam sobre seus sintomas. Com empatia e interesse pelo problema deles, também é possível perceber suas preocupações e relatos clínicos.

A escuta ativa é um processo integrante da empatia, já que envolve fazer contato visual, fazer perguntas abertas e objetivas. Isso requer interesse genuíno pelo que o paciente está passando e comunicando ao profissional.

Validação de sentimentos

Por meio da empatia, os médicos podem validar os sentimentos dos pacientes. Isso acontece quando os profissionais desenvolvem habilidades empáticas suficientes para reconhecer suas necessidades, medos e ansiedades.

Isso pode envolver situações em que pode ser necessário expressar empatia verbalmente, como dizer que entende que o paciente está passando por uma situação delicada e que requer uma solução viável e urgente.

Comunicação clara e compreensível

Ter empatia médica também possibilita a transmissão de informações médicas de maneira clara e compreensível. De certo, essa é uma forma clara de demonstração de empatia, já que é preciso facilitar a comunicação para atingir o objetivo na consulta: descobrir o diagnóstico, explicá-lo ao paciente e propor o tratamento mais viável.

Outro ponto relevante é que os médicos podem evitar jargões ou termos técnicos médicos complexos e optar pelo uso de uma linguagem simples e acessível. Isso faz com que os pacientes entendam completamente sua condição, as opções de tratamentos disponíveis e as recomendações.

Respeito pela autonomia do paciente

Outra forma de demonstrar empatia médica é pelo respeito à autonomia e à capacidade de decisão dos pacientes. Para tanto, o profissional deve envolver os pacientes na tomada de decisões sobre seu próprio cuidado e compartilhar informações necessárias ao entendimento do paciente sobre o seu caso.

Esperamos que este conteúdo tenha contribuído para a construção de sua empatia médica!

Vale destacar, por fim, que a empatia médica não é apenas uma qualidade desejável entre os profissionais que atuam na Medicina. Mais do que isso: é uma virtude essencial para fornecer cuidados de saúde holísticos, com mais qualidade e centrados no paciente.

Gostaria de receber mais artigos como este diretamente em seu e-mail? Assine a nossa newsletter!

Os médicos que leram esse post, também leram:

Todos os Posts