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24.4.2018
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Equipe Afya Educação Médica
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A radiologia é uma especialidade que utiliza a construção de imagens médicas para fins variados, seja durante o diagnóstico, ao indicar um tratamento ou mesmo no controle de doenças que afetam determinadas regiões do organismo humano.
No entanto, a interpretação dos exames de radiologia pode representar um verdadeiro desafio, especialmente para os profissionais da área da saúde que estão sob pressão em seu plantão ou para os médicos que estão iniciando a carreira.
No post de hoje, você, médico, saberá a importância de analisar corretamente as imagens médicas provenientes da radiologia, além de conferir 7 dicas para obter uma interpretação assertiva na busca pelo diagnóstico correto. Boa leitura!
Com a tecnologia disponível atualmente, surgiram muitos exames de imagem utilizando métodos radiológicos, aumentando a versatilidade e a amplitude de possibilidades que esse tipo de procedimento fornece no âmbito médico.
Essas características garantem não só mais segurança, como maior precisão no momento de verificar de forma minuciosa a situação do paciente a ser cuidado. Muitas doenças e problemas que antes eram difíceis de serem identificados e tratados hoje podem ser averiguados e controlados de formas diversas quando os exames são propriamente interpretados.
As imagens médicas da radiologia podem provir de diferentes técnicas e exames, como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia. Cada exame tem suas particularidades e usos para fins específicos. Não obstante, os exames podem ser usados em conjunto na busca de um diagnóstico mais preciso.
Para tanto, o médico deve sempre ter máximo conhecimento teórico e prático a respeito do assunto, analisando os pontos importantes a serem observados e realizando uma interpretação correta para que o paciente seja atendido da melhor forma e tenha qualidade de vida antes, durante e após o processo.
Para que um exame de imagens médicas seja interpretado corretamente, alguns detalhes devem ser levados em conta. Afinal, erros acontecem mesmo com médicos experientes e a atenção deve ser redobrada nessa ocasião.
Abaixo, listamos as 7 dicas mais importantes no momento de efetuar um exame de radiologia, facilitando a análise e, posteriormente, favorecendo uma interpretação assertiva. Confira:
Dependendo do tipo de exame, a inspiração efetuada pelo paciente pode influenciar na produção de uma imagem com qualidade apropriada para análise.
Em raios-X de tórax, por exemplo, a imagem proveniente de um esforço mínimo de inspiração pelo paciente torna-se desfocada e "embaçada", ao contrário do que é averiguado em uma imagem produzida com inspiração completa seguida de apneia voluntária até que o processo termine.
Para avaliar o grau de inspiração, o médico deverá contar o número de costelas acima do diafragma. Dessa forma, é preciso haver no mínimo seis espaços intercostais. Além disso, o centro do hemidiafragma direito deve localizar-se entre a quinta e sétima costela, enquanto que o final da parte anterior da sexta costela deve encontrar-se acima do diafragma.
Exames de radiologia exigem tempos de exposição distintos e específicos para que a imagem obtida apresente a nitidez necessária. Filmes mais expostos que o necessário ficam escuros, enquanto que pouco expostos, ficam mais claros.
Radiografia da região lombar ou do tórax, por exemplo, requerem tempos de exposição mais breves combinados ao uso de elevada taxa de miliamperagem (miliampere por segundo), de forma a minimizar qualquer chance de movimento e perda inconveniente de detalhes do exame efetuado.
A qualidade técnica do procedimento é um fator de alta importância para ser avaliado, dado que qualquer alteração pode interferir em uma interpretação acertada do exame.
Dessa maneira, procure por qualquer rotação de imagem indicando que o paciente não esteve completamente alinhado com o chassi, levando a uma representação do mediastino muito distinta do esperado.
Uma forma rápida de confirmar se houve rotação é pela verificação do alinhamento das clavículas e pela localização mediana da espinha torácica no centro do esterno. Situações diferentes dessas representam anormalidades no procedimento.
As vias áreas caracterizam uma das regiões prioritárias para análise radiológica, visto que tal exame pode ser determinante para o diagnóstico de doenças graves.
Para tanto, o primeiro passo é ter certeza de que a via aérea está patente e mediana, levando em consideração, também, a localização da carina. Além disso, deve-se procurar por "consolidações", que são áreas afetadas e causa comum de regiões hipotransparentes.
Uma dica que não poderia faltar neste post é a análise correta de sinais de silhueta nas imagens médicas. Esses sinais se caracterizam pelas perdas de bordamento e contornos da densidade radiológica, inferindo em certos problemas que devem ser interpretados pelo médico.
Como exemplo, pode-se destacar o sinal de silhueta que ocorre em uma lesão intratorácica, resultado do contato com os contornos mediastínicos ou dos hemidiafragmas e que podem indicar uma possível patologia local.
Um raio-X que apresente uma imagem médica eficaz deverá ser representado pelas incidências adequadas para cada região, que serão lidas simultaneamente. As imagens precisam ser alinhadas para melhor interpretação. Na radiografia de tórax, por exemplo, as incidências são a póstero-anterior e lateral.
Dessa maneira, dê a devida atenção para os termos indicados e seus significados. Póstero-anterior, por exemplo, significa que a emissão do raio-X foi efetuada atravessando o paciente da parte de trás para a parte da frente. Enquanto que o termo ântero-posterior indica exatamente o oposto.
Por fim, o raio-X lateral deve ser realizado com o lado esquerdo do peito do paciente encostado sobre o chassi. A visão oblíqua precisa ser rotacionada entre a lateral e a frontal padrão.
O diafragma é um órgão que pode ser amplamente visualizado e estudado por meio da radiologia. Dessa forma, sua análise é imprescindível para verificar a situação do paciente.
Assim, o médico deverá procurar por um diafragma reto ou elevado, indicações de anormalidades ou de consolidações. Além disso, o profissional responsável precisa observar o ângulo costofrênico, já que anormalidades em sua regularidade podem representar efusões. Verifique, no entanto, se o lado direito do diafragma é mais alto que o esquerdo por conta da presença do fígado.
As imagens médicas na radiologia representam um grande avanço da área, dada a sua dinamicidade na verificação de situações diversas apresentadas pelos pacientes no dia a dia. No entanto, para que tudo ocorra da melhor maneira, o profissional encarregado deve estar devidamente preparado, realizando um diagnóstico correto e seguro.
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