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HTLV: a importância do rastreio do vírus em gestantes

HTLV: a importância do rastreio do vírus em gestantes

Pouco conhecido, o HTLV gera uma série de riscos para os portadores, afetando sua saúde e qualidade de vida. Entre as características, causas e sintomas que apresenta, um elemento chama atenção: a elevada possibilidade de transmissão pelo leite materno.

Diante disso, realizar o rastreio ainda durante a gestação é uma ferramenta determinante para reduzir o número de infectados e garantir o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos.

Entenda melhor o que está por trás desse vírus, como se precaver e quais medidas estão sendo adotadas para diminuir a contaminação nesse momento!

O que é o vírus HTLV?

Entre os vírus que afetam o sistema imunológico, o mais conhecido é o HIV devido à emergência da AIDS e seus efeitos. No entanto, outros retrovírus da mesma família também atacam linfócitos, interferindo na capacidade de defesa do corpo.

O HTLV é um deles. Classificado como oncológico e hematológico, ele infecta a célula T humana. Suas características distintas vêm sendo identificadas desde que foi isolado em 1980. Saiba mais a seguir!

Regiões com maior presença

Apesar de estar presente no mundo inteiro, o Vírus do Linfotrópico da Célula T Humana apresenta uma prevalência maior em algumas regiões. África Equatorial, onde é encontrado em ampla diversidade genética, sul do Japão, Caribe e América do Sul, especialmente.

Em nosso país, é mais comum na Bahia, mas os dados ainda são poucos. O Ministério da Saúde trabalha com a ideia de que entre 800 mil e 2 milhões e meio de pessoas são portadoras. Entre gestantes, chega a atingir 1,05%, a depender da região do país.

Diferentes tipos

Suas variantes mais comuns são HTLV-1 e HTLV-2 que se diferenciam pelas manifestações relacionadas. O primeiro gera quadros autoimunes, oncológicos, neurológicos e hematológicos que abrangem:

  • artrite;
  • paraparesia espástica tropical;
  • leucemia;
  • mielopatia;
  • polimiosite;
  • uveíte;
  • ceratite intersticial;
  • tireoidite de Hashimoto.

Em contraponto, o segundo tipo pouco apresenta sintomas, estando ligado a algumas doenças pulmonares crônicas. Assim, cabe a realização de exames para definir qual é o retrovírus presente.

Já o HTLV-3 e o HTLV-4 são raros. Não à toa, sua descoberta em 2005, na África Subsaariana, ocorreu por meio de descrições de sua presença em determinados grupos e testes em pacientes assintomáticos. Nesse contexto, ainda não há muitas informações sobre seus impactos.

Causas

O HTLV é um retrovírus que faz sinapse virológica — processo organizado e especializado que altera a fisiologia celular normal. Isso indica que a transmissão exige o contato de célula com célula, algo que acontece por meio de fluidos infectados como:

  • leite materno;
  • sêmen;
  • secreção vaginal;
  • sangue.

Sintomas

Muitas vezes os quadros que esse vírus acarreta começam com sintomas como:

  • dores nos membros inferiores e costas;
  • dormência e formigamento nos pés e pernas;
  • espasmos e rigidez muscular;
  • inchaço dos linfonodos e no abdômen;
  • febre;
  • sensação de fraqueza;
  • anemia;
  • lesões na pele e descamação;
  • dificuldade para urinar ou perda do controle;
  • mudanças na visão;
  • alterações no sistema ósseo.

Fatores de risco

Comportamentos que podem levar ao contato com fluidos contaminados são o principal fator de risco para o HTLV. No entanto, a falta de conhecimento sobre a doença e de ações de diagnóstico em larga escala também são parte disso.

Essas questões se tornam desafios para o controle e prevenção, à medida que pessoas infectadas assintomáticas, por desconhecerem sua condição, acabam adotando posturas que expõem outros ao vírus.

Principais riscos

Mesmo com quadros graves representando entre 5% a 10% dos infectados, o principal risco é o desenvolvimento das doenças associadas a cada tipo de HTLV em seu grau mais impactante.

Ademais, o vírus afeta a qualidade de vida dos pacientes pelos sintomas que apresenta, uma vez que alguns afetam as atividades do dia a dia. Outro aspecto nesse cenário é a transmissão não intencional descontrolada.

Diagnóstico

Exames de sorologia, imunoenzimáticos e quimioluminescência permitem identificar os anticorpos do vírus. Via de regra, é realizado um teste de triagem, como o ELISA, e depois um de confirmação, a exemplo do INNOLIA, Western-blot ou PCR. Os dois últimos ainda verificam o tipo do HTLV.

Formas de tratar

Até o momento, o HTLV não conta com vacina, tratamento preventivo ou capaz de eliminar o vírus. Assim, a ação terapêutica foca nas doenças relacionadas a ele por meio de medicamentos específicos para cada quadro e ações multidisciplinares que garantam a qualidade de vida do paciente.

Como evitar a contaminação?

Doenças como o Vírus Linfotrópico da Célula T Humana têm na prevenção a melhor estratégia de combate. Com base nas situações de exposição — sexo desprotegido, transfusões, transplantes, compartilhamento de agulhas ou seringas, gestão, parto e aleitamento —, adotar medidas de precaução se torna indispensável.

Desde o uso de preservativos em todas as relações sexuais até a utilização de material descartável em injeções, não o dividindo com outras pessoas, são exemplos disso. Em relação ao recebimento de órgãos e sangue em procedimentos hospitalares, a rede médica brasileira faz uma testagem completa, garantindo a segurança.

Por fim, tanto gestantes quanto mulheres que pretendem engravidar devem realizar os exames de diagnóstico. Em caso positivo, o acompanhamento pré-natal, cuidados durante o nascimento e a substituição do leite materno serão adotados para proteger o bebê.

Qual é a importância de rastrear esse vírus em gestantes?

Apesar do risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê no parto e na gestação ser considerado baixo, a amamentação é um dos momentos em que existem maiores chances disso acontecer.

Logo, rastrear o HTLV na gravidez é uma atividade central na hora de reduzir a disseminação e o número de infectados. Pois, possibilita a tomada de cuidados preventivos adequados.

Trata-se de uma tarefa de tamanha importância que a testagem foi ampliada pelo SUS recentemente. Por recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o Ministério da Saúde está implementando ações nesse sentido como:

O HTLV afeta o sistema imunológico do corpo, levando ao desenvolvimento de sintomas e doenças oncológicas, autoimunes ou neurológicos graves. Por não ter tratamentos capazes de erradicá-lo, a melhor forma de reduzir sua prevalência é freando a transmissão.

Entre as medidas nesse contexto, o rastreio em gestantes se posiciona como uma atividade-chave, uma vez que permite a tomada de ações para impedir que o vírus passe da mãe para o bebê em diversas situações.

Para acompanhar mais conteúdos informativos como esse em primeira mão, assine nossa newsletter!

HTLV: a importância do rastreio do vírus em gestantes

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Entenda o que é HTLV, como evitar o contágio e a importância desse rastreio do vírus em gestantes!

Pouco conhecido, o HTLV gera uma série de riscos para os portadores, afetando sua saúde e qualidade de vida. Entre as características, causas e sintomas que apresenta, um elemento chama atenção: a elevada possibilidade de transmissão pelo leite materno.

Diante disso, realizar o rastreio ainda durante a gestação é uma ferramenta determinante para reduzir o número de infectados e garantir o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos.

Entenda melhor o que está por trás desse vírus, como se precaver e quais medidas estão sendo adotadas para diminuir a contaminação nesse momento!

O que é o vírus HTLV?

Entre os vírus que afetam o sistema imunológico, o mais conhecido é o HIV devido à emergência da AIDS e seus efeitos. No entanto, outros retrovírus da mesma família também atacam linfócitos, interferindo na capacidade de defesa do corpo.

O HTLV é um deles. Classificado como oncológico e hematológico, ele infecta a célula T humana. Suas características distintas vêm sendo identificadas desde que foi isolado em 1980. Saiba mais a seguir!

Regiões com maior presença

Apesar de estar presente no mundo inteiro, o Vírus do Linfotrópico da Célula T Humana apresenta uma prevalência maior em algumas regiões. África Equatorial, onde é encontrado em ampla diversidade genética, sul do Japão, Caribe e América do Sul, especialmente.

Em nosso país, é mais comum na Bahia, mas os dados ainda são poucos. O Ministério da Saúde trabalha com a ideia de que entre 800 mil e 2 milhões e meio de pessoas são portadoras. Entre gestantes, chega a atingir 1,05%, a depender da região do país.

Diferentes tipos

Suas variantes mais comuns são HTLV-1 e HTLV-2 que se diferenciam pelas manifestações relacionadas. O primeiro gera quadros autoimunes, oncológicos, neurológicos e hematológicos que abrangem:

  • artrite;
  • paraparesia espástica tropical;
  • leucemia;
  • mielopatia;
  • polimiosite;
  • uveíte;
  • ceratite intersticial;
  • tireoidite de Hashimoto.

Em contraponto, o segundo tipo pouco apresenta sintomas, estando ligado a algumas doenças pulmonares crônicas. Assim, cabe a realização de exames para definir qual é o retrovírus presente.

Já o HTLV-3 e o HTLV-4 são raros. Não à toa, sua descoberta em 2005, na África Subsaariana, ocorreu por meio de descrições de sua presença em determinados grupos e testes em pacientes assintomáticos. Nesse contexto, ainda não há muitas informações sobre seus impactos.

Causas

O HTLV é um retrovírus que faz sinapse virológica — processo organizado e especializado que altera a fisiologia celular normal. Isso indica que a transmissão exige o contato de célula com célula, algo que acontece por meio de fluidos infectados como:

  • leite materno;
  • sêmen;
  • secreção vaginal;
  • sangue.

Sintomas

Muitas vezes os quadros que esse vírus acarreta começam com sintomas como:

  • dores nos membros inferiores e costas;
  • dormência e formigamento nos pés e pernas;
  • espasmos e rigidez muscular;
  • inchaço dos linfonodos e no abdômen;
  • febre;
  • sensação de fraqueza;
  • anemia;
  • lesões na pele e descamação;
  • dificuldade para urinar ou perda do controle;
  • mudanças na visão;
  • alterações no sistema ósseo.

Fatores de risco

Comportamentos que podem levar ao contato com fluidos contaminados são o principal fator de risco para o HTLV. No entanto, a falta de conhecimento sobre a doença e de ações de diagnóstico em larga escala também são parte disso.

Essas questões se tornam desafios para o controle e prevenção, à medida que pessoas infectadas assintomáticas, por desconhecerem sua condição, acabam adotando posturas que expõem outros ao vírus.

Principais riscos

Mesmo com quadros graves representando entre 5% a 10% dos infectados, o principal risco é o desenvolvimento das doenças associadas a cada tipo de HTLV em seu grau mais impactante.

Ademais, o vírus afeta a qualidade de vida dos pacientes pelos sintomas que apresenta, uma vez que alguns afetam as atividades do dia a dia. Outro aspecto nesse cenário é a transmissão não intencional descontrolada.

Diagnóstico

Exames de sorologia, imunoenzimáticos e quimioluminescência permitem identificar os anticorpos do vírus. Via de regra, é realizado um teste de triagem, como o ELISA, e depois um de confirmação, a exemplo do INNOLIA, Western-blot ou PCR. Os dois últimos ainda verificam o tipo do HTLV.

Formas de tratar

Até o momento, o HTLV não conta com vacina, tratamento preventivo ou capaz de eliminar o vírus. Assim, a ação terapêutica foca nas doenças relacionadas a ele por meio de medicamentos específicos para cada quadro e ações multidisciplinares que garantam a qualidade de vida do paciente.

Como evitar a contaminação?

Doenças como o Vírus Linfotrópico da Célula T Humana têm na prevenção a melhor estratégia de combate. Com base nas situações de exposição — sexo desprotegido, transfusões, transplantes, compartilhamento de agulhas ou seringas, gestão, parto e aleitamento —, adotar medidas de precaução se torna indispensável.

Desde o uso de preservativos em todas as relações sexuais até a utilização de material descartável em injeções, não o dividindo com outras pessoas, são exemplos disso. Em relação ao recebimento de órgãos e sangue em procedimentos hospitalares, a rede médica brasileira faz uma testagem completa, garantindo a segurança.

Por fim, tanto gestantes quanto mulheres que pretendem engravidar devem realizar os exames de diagnóstico. Em caso positivo, o acompanhamento pré-natal, cuidados durante o nascimento e a substituição do leite materno serão adotados para proteger o bebê.

Qual é a importância de rastrear esse vírus em gestantes?

Apesar do risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê no parto e na gestação ser considerado baixo, a amamentação é um dos momentos em que existem maiores chances disso acontecer.

Logo, rastrear o HTLV na gravidez é uma atividade central na hora de reduzir a disseminação e o número de infectados. Pois, possibilita a tomada de cuidados preventivos adequados.

Trata-se de uma tarefa de tamanha importância que a testagem foi ampliada pelo SUS recentemente. Por recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o Ministério da Saúde está implementando ações nesse sentido como:

O HTLV afeta o sistema imunológico do corpo, levando ao desenvolvimento de sintomas e doenças oncológicas, autoimunes ou neurológicos graves. Por não ter tratamentos capazes de erradicá-lo, a melhor forma de reduzir sua prevalência é freando a transmissão.

Entre as medidas nesse contexto, o rastreio em gestantes se posiciona como uma atividade-chave, uma vez que permite a tomada de ações para impedir que o vírus passe da mãe para o bebê em diversas situações.

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