Hospital digital: o que é e como funciona

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Com a integração cada vez mais presente dos procedimentos virtuais, muitas instituições do setor de saúde têm adotado ferramentas que automatizam e aperfeiçoam os serviços. O hospital digital, por exemplo, é um conceito moderno, que revolucionou a Medicina e a saúde como um todo.

Embora a utilização de tecnologias mais complexas acompanhe essa inovação, o conceito de hospital tecnológico se trata, especialmente, da troca de informações por meios virtuais e não apenas a implementação de máquinas e sistemas inteligentes.

Seu principal objetivo é proporcionar uma integração mais ágil e rápida entre os sistemas, possibilitando uma maior eficiência nas operações, melhores mecanismos de segurança e aumento na qualidade dos atendimentos.

Pensando na relevância dessa inovação, explicaremos, neste artigo, o conceito de hospital digital e como ele funciona, destacando as vantagens que a digitalização pode trazer. Boa leitura!

O que é um hospital digital?

Trata-se de uma instituição de saúde que adota as tecnologias de informação amplamente nos seus processos. Ou seja, ela dispensa totalmente o uso de papel, fazendo com que a troca de informações seja digitalizada, por meio da integração de sistemas internos e externos.

Nesse caso, em um hospital digital, todos os setores são integrados, do pronto-atendimento à contabilidade, e do centro cirúrgico e ao laboratório. Além disso, o conceito abrange o acesso a informações que facilitam a tomada de decisão dos gestores e a escolha por atividades que aproveitem ao máximo os recursos já existentes sem modificar a estrutura do cenário.

Por exemplo, imagine um hospital em que o prontuário dos pacientes é físico, as contas são impressas e os exames ainda são entregues em lâminas. Quais as chances dessa instituição permanecer no mercado competitivo atualmente?

Por isso o hospital digital garante que todas as suas informações sejam devidamente armazenadas em um sistema de gestão de saúde que comunica o tempo todo com os demais sistemas utilizados pela instituição e que são fundamentais para o seu pleno e eficiente funcionamento.

Como ele funciona?

Antes de mais nada, vale destacar que o hospital tecnológico se difere dos demais por causa da implementação intensa de práticas baseadas na tecnologia da informação. Isso porque os hospitais analógicos tendem a realizar suas atividades sem o uso de um software completo, capacitado para intensificar e aprimorar todos os processos existentes ou, ainda, sem a necessária interoperabilidade entre os sistemas utilizados.

De modo geral, para implementar a ideia, os gestores devem traçar planos e metas de acordo com o nível de digitalização que desejam atingir e, claro, que a estrutura do hospital consiga comportar.

Sendo assim, é preciso solicitar uma avaliação prévia que pode ser feita por consultorias. Depois que o cenário for analisado, inicia-se o processo com o apoio de estudos da infraestrutura de tecnologia da informação.

A Healthcare Information and Management System Society (HIMMS), ou Sociedade dos Sistemas de Informação e Gestão na Saúde, em livre tradução, é uma organização sem fins lucrativos orientada pela missão de reformar o ecossistema global de saúde por meio do poder da informação e da tecnologia. Portanto, como referência na área, a HIMMS estabelece alguns critérios que classificam esse processo de modernização dos hospitais, conforme a inserção das soluções para que a instituição seja considerada 100% digital. No próximo tópico, explicaremos quais são esses critérios!

Quais as particularidades do hospital digital?

Como mencionado, o hospital é considerado amplamente digital ao seguir todos os critérios da HIMMS — uma entidade internacional de apoio à implantação de novas tecnologias na saúde. Dessa forma, ele passa por oito fases para conseguir a certificação, veja quais são:

  • Fase 0: não existe suporte informatizado nos setores de laboratório, radiologia e farmácia;
  • Fase 1: apresenta instalação de sistema de informação laboratorial, radiológica e farmacêutica. Fornece resultados de exames de maneira online, através de prestadores de serviços externos;
  • Fase 2: tem repositório de dados clínicos (CDR) centralizado e utiliza o vocabulário médico controlado (CMV);
  • Fase 3: adota o prontuário eletrônico do paciente (PEP), sistema de suporte à decisão clínica e resultados de exames;
  • Fase 4: utiliza a prescrição de exames informatizados em ao menos uma área assistencial;
  • Fase 5: realiza a substituição dos filmes radiográficos pelos PACS, as imagens digitais;
  • Fase 6: apresenta sistema completo de suporte à decisão clínica, circuito fechado de gestão de medicação e análise estatística dos dados clínicos;
  • Fase 7: permite integração entre todos os departamentos do hospital.

Assim, todos os departamentos conversam e se atualizam em tempo real, além de alimentarem informações que geram relatórios com análises de atendimento e do serviço prestado.

Quais são as vantagens?

Apesar de parecer uma transição complexa, implementar a tendência de hospital digital pode trazer diversas vantagens para a instituição. A seguir, conheça algumas das principais ao avaliar essa possibilidade.

Diagnósticos mais assertivos

A utilização de ferramentas como a Inteligência Artificial e as estratégias de Big Data possibilita que os profissionais acessem os dados mais importantes para casos específicos no atendimento.

Desse modo, é possível elaborar diagnósticos mais assertivos e precisos, baseando-se em informações concretas, por meio de recursos inovadores, com o mínimo de incidência de erros. Portanto, os laudos poderão ser mais completos, e os tratamentos pensados de maneira mais apropriada.

Conhecimento amplo sobre o paciente

No hospital digital, o histórico médico do paciente se torna acessível a todo corpo clínico graças aos prontuários eletrônicos. Dessa maneira, os profissionais já sabem quais são as principais queixas e o que já foi recomendado por outros colegas.

Vale lembrar que as novas tecnologias na saúde também possibilitam verificar a adesão ao tratamento, além de compreender o porquê de algumas pessoas conseguirem seguir as recomendações médicas e outras não.

Redução de custos

O hospital digital também permite reduzir custos operacionais em diferentes níveis. Primeiramente, a manutenção e o armazenamento de documentos em papel apresentam gastos mais elevados do que em um sistema. Por isso, a migração pode trazer economia para a instituição.

Além disso, a eficiência das análises através de sistemas automatizados também pode diminuir o número de falhas a longo prazo. Com isso, também se reduz os custos com reparos posteriores.

Segurança do paciente

Por fim, a segurança do paciente é outro fator indispensável. Afinal, como todos os processos são circuitos fechados, operações como a prescrição e a liberação de medicamentos são conferidos pela inteligência do sistema. Além disso, em um hospital digital, os erros médicos são reduzidos significativamente.


Está preparado para digitalizar seus processos?

É importante destacar que não adianta implementar sistemas tecnológicos e informatizados se a cultura organizacional não acompanha esse processo. O hospital digital demanda alterações nesse sentido, e é necessário existir uma contribuição que proporcione uma melhor experiência para o paciente dentro do seu tratamento.

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