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4.11.2022
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A cada dia que passa, a Medicina se aperfeiçoa para atender as pessoas transgênero da melhor maneira, com respeito, atenção e com os recursos certos para essa parcela da população.
De acordo com uma pesquisa recente inédita, realizada pela Universidade Estadual Paulista de Botucatu (Unesp), 2% da sociedade adulta brasileira (3 milhões de pessoas) são transgênero e não binárias. Isso significa que se identificam com um gênero diferente daquele que lhes foi atribuído ao nascer ou não se percebem como pertencentes exclusivamente ao gênero feminino ou masculino.
A temática da diversidade sexual e de gênero nunca havia sido contemplada pelos censos realizados no Brasil.
De olho nesse importante tema, selecionamos alguns direcionamentos sobre como deve ser um atendimento mais humanizado para pessoas transgêneros.
Confira:
Essa dica é primordial, pois nada mais incômodo do que ser tratado por “senhora” quando a pessoa se identifica como homem, por exemplo.
O uso de palavras específicas muito conhecidas no mundo LGBTQIAP+ é imprescindível para que o paciente se sinta à vontade em uma consulta.
Ter na sala do consultório informações que tratem do assunto, como cartazes, por exemplo. Dessa maneira, o paciente transgênero verá que não está sozinho.
“Orientação sexual” em vez de “opção sexual”, “homossexualidade” no lugar de “homossexualismo”. Certas palavras caíram em desuso quando nos referimos a essa comunidade. É importante atentar-se a esta e outras formas de preconceito mais graves, como agressões físicas e verbais e sempre se dispor a denunciar estes crimes quando preciso.
Na internet, é possível encontrar vários artigos e cartilhas que tratam exclusivamente sobre o atendimento aos transgêneros, como o site da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Esses conteúdos mostram como é a vida desses pacientes no trabalho, em casa, nas amizades e o quanto são violentados e discriminados.
Se especializar é essencial para o profissional que quer atender pacientes trans da melhor maneira possível. O atendimento médico humanizado e atento à pessoa trans será, em breve, foco de um novo curso na Afya Educação Médica, ex-IPEMED, que contará com um novo workshop chamado “Atendimento Ambulatorial Transgênero”, onde irá abordar este e outros temas relacionados às pessoas trans. Se você se interessa pelo tema, fique atento ao nosso site.
Você já atendeu pessoas trans no seu consultório? Como foi seu atendimento?